Uma das lendas do futebol mundial, morreu na noite desta quarta-feira (horário de Brasília) Paolo Rossi, aos 64 anos. A informação foi divulgada pelo jornalista Enrico Varriale, da italiana RAI TV. Ao Brasil, o ex-atacante deixa lágrimas pelos três gols marcados na vitória da Azzurra sobre a seleção brasileira por 3 a 2, na Copa do Mundo de 1982, no jogo que em terras tupiniquins ficou conhecido como “Tragédia de Sarriá”. Aos italianos, Rossi deixou a glória pela conquista do Mundial da Espanha e da Bola de Ouro, ambos naquele mesmo ano. Segundo o jornal “Gazzetta dello Sport”, o ídolo da Azzurra foi vítima de um câncer de pulmão descoberto há pouco tempo.
Paolo Rossi deixa a mulher Federica Cappelletti, com quem era casado desde 2010, e três filhos: Sofia Elena, Maria Vittoria e Alessandro.
Rossi nasceu em 1956, na cidade de Prato, em Florença. Em 1972, chegou às categorias de base da Juventus, clube onde teve maior sucesso. Porém, sem espaço na Velha Senhora por conta de problemas físicos, foi emprestado ao Como em 1975 e se firmou no Lanerossi Vicenza a partir de 1976. Marcou 21 gols em 36 jogos e foi peça fundamental na subida na equipe para a Série A com o título da segunda divisão. Na temporada seguinte, ainda pelo Lanerrosi, marcou 24 vezes em 30 partidas, alçando o clube a um histórico 2º lugar na liga italiana, atrás apenas da Juventus. Em 1978, já como um dos atacantes mais promissores do futebol italiano, foi convocado para o Mundial da Argentino. Com três gols, ajudou a Azzurra chegar ao quarto lugar.
De volta a Juventus em 1981, conquistou seus principais títulos a nível de clube. Venceu duas vezes o Campeonato Italiano (1981/82 e 1983/84), a Copa Europeia (atual Liga dos Campeões da Uefa), em 1984/85, a Supercopa da Uefa em 1984, a extinta Recopa Europeia, em 1983/84, e a Copa da Itália, em 1982/83.
Em 1980, teve a principal mancha em sua carreira. Quando atuava pelo Perugia, foi suspenso por três anos ao ser acusado de envolvimento em um escândalo de manipulação de resultados conhecido como “Totonero”. Posteriormente, sua pena foi reduzida a dois anos, o que, apesar da longa inatividade, o permitiu ser convocado para o Mundial de 1982.
Paolo Rossi ainda jogou por Milan (1985/1986) e Hellas Verona (1986/1987). No entanto, devido a problemas crônicos no joelho, não conseguiu brilhar em seus dois últimos clubes. Em 1986, foi convocado para sua terceira e última Copa do Mundo, mas não chegou a atuar no México.
Esta reportagem será atualizada a medida que mais informações forem divulgadas pela imprensa italiana.
