Ponte Preta

Movimento AR premia Ponte Preta com selo de combate ao racismo

Ponte Preta torna-se o primeiro clube do país a receber selo de combate ao racismo

No mês de celebração ao Dia da Consciência Negra, a Ponte Preta torna-se o primeiro time do Brasil a receber o selo de combate ao racismo concedido pelo Movimento AR.

Brasão é um reconhecimento pelo fato de a Macaca ser considerada a primeira Democracia Racial do futebol local e será estampado na manga do uniforme a partir desta sexta-feira, diante do Brasil de Pelotas, no Moisés Lucarelli.

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Fundada em 11 de agosto de 1900, Alvinegra tinha negros tanto dentro de campo como no quadro diretivo.

Segundo nota do clube, ‘comprovadamente, Migué do Carmo, um dos fundadores e meio-campista da equipe, foi o primeiro negro a jogar futebol em um time de futebol do Brasil’.

“Em nome da diretoria, torcida e de todas as pessoas que são amantes do futebol e que lutam contra qualquer tipo de preconceito e discriminação, expresso nosso agradecimento. Sermos reconhecidos como primeira Democracia Racial pelo Movimento AR – uma articulação que envolve empresas públicas e privadas, personalidades, intelectuais, artistas e pessoas de bem -, sobretudo em 2020, quando completamos 120 anos, é um orgulho para todos nós”, declara o presidente Sebastião Arcanjo, em entrevista ao site oficial.

“Nossa responsabilidade aumenta ainda mais em virtude desse reconhecimento. Cada vez mais, temos a obrigação de sinalizar para as próximas gerações que é possível conviver com as diferenças, em paz e harmonia”, acrescentou o mandatário.

O QUE É?

O ‘Movimento AR’ é uma mobilização voluntária com propósito de realizar mudanças sociais através de ações efetivas de combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação racial contra negros.

O movimento é liderado pela Universidade Zumbi dos Palmares e pela ONG Afrobras.

“Conceder este selo à Ponte Preta é uma forma de reconhecimento pelo protagonismo desta agremiação no combate ao racismo e à intolerância racial desde sua criação”, destaca o professor José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares e líder do Movimento AR.

“É incrível que a Ponte Preta tenha conseguido quebrar as barreiras apenas doze anos após o final da escravidão ao mesmo tempo em que é inacreditável que hoje, 132 anos depois da abolição, ainda tenhamos tristes episódios de racismo em todas as frentes, inclusive no esporte”, completa.

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