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Nenê defende Zé Ricardo e diz que pressão afeta elenco do Vasco: “Falam que estamos fora do G4 há 40 rodadas”

Foto: Daniel Ramalho/Vasco

Recuperado de dores na coxa, o meia Nenê concedeu entrevista nesta quarta-feira no CT Moacyr Barbosa. Segundo o atleta, existe uma pressão descomunal no grupo do Vasco por resultados imediatos, que levam tempo devido à equipe ser nova. O meia também eximiu Zé Ricardo das críticas, chamando para si e para o grupo parte da responsabilidade, exemplificando o jogo com o Tombense, quando na primeira etapa a equipe se perdeu em campo.

– A gente tem que estar todo mundo na mesma direção, entendo a frustração da torcida, de querer ganhar todos os jogos e a gente também, e às vezes acabam falando de um ou de outro, principalmente em relação ao Zé, acho que muito disso também é do nosso grupo, por exemplo, contra o Tombense, como a torcida é muito apaixonada e está em todos os lugares, a gente acaba empolgando e desorganizando, e isso não é culpa do treinador, porque ele fez uma estratégia, e isso é culpa nossa, a gente também tem que assumir esse papel, a gente não pode desorganizar e fazer uma coisa diferente do que foi treinado, a gente treinou a semana toda de uma maneira, ai você acaba tomando um gol, às vezes até eu que sou experiente acabo indo nessa empolgação de querer fazer o gol, de atacar todas de uma maneira que a gente não treinou, isso aconteceu no primeiro tempo do jogo do Tombense, ficou muito visível isso aí.

– No intervalo, o Zé estava bastante chateado, conversou com a gente, a gente entendeu e melhoramos muito no segundo tempo e quase viramos o jogo, então é entender melhor esses momentos, acho que é um peso e uma impaciência que acaba afetando o grupo, não é assim, e isso não é só culpa do Zé, claro que recai mais sobre o treinador, mas eu estou falando do ponto de vista meu, no primeiro tempo do Tombense, fomos nós dentro de campo que desorganizamos, tanto que no segundo tempo foi muito melhor, para o torcedor tentar entender melhor esse lado em relação à nossa comissão técnica e ao Zé, que não é só ele que faz tudo. Peço que a torcida possa estar com a gente, possa nos apoiar dentro de casa como foi contra a Ponte Preta, a gente tem que fazer um grande jogo, e voltar no G4 o mais rápido possível.

Com três partidas em casa nos próximos quatro jogos, Nenê considera crucial emplacar vitórias para fazer o Vasco entrar no G4 e se aproximar no bloco de subida à elite do futebol brasileiro logo, para aliviar a pressão e dar mais confiança ao elenco e aproveitou para convocar a torcida.

– É vital, muito importante a gente ganhar os pontos dentro de casa, entrar no G4 o mais rápido possível, por mais que não estamos no nosso melhor momento, estamos a um ponto do G4, estávamos a três do primeiro, agora o Bahia deu uma distanciada, mas vamos jogar contra eles também, então é jogo de seis pontos, jogo muito importante, mas primeiro é o jogo do CSA, acho que a gente precisa jogar de uma maneira totalmente organizada, concentrada e continuar durante todo o jogo, não só no começo ou depois do intervalo, como aconteceu no último jogo. A gente precisa do torcedor estar junto com a gente, a gente sabe que eles querem e a gente também quer ganhar todos os jogos.

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Nenê afirmou que o torcedor do Vasco está chateado pelos últimos anos da equipe, e essa pressão descomunal acaba refletindo na ansiedade do time, que acaba oscilando nas partidas. O meia fez uma comparação do elenco cruzmaltino com o time do Bahia e pediu paciência ao torcedor.

– O torcedor está há muitos anos já sofrendo, sobe, desce, o torcedor sofreu muito ano passado, de não ter subido, e eu entendo totalmente, mas isso acaba afetando, já é uma coisa que não é da gente, a gente está no campeonato em cinco rodadas e ficam falando que a gente está fora do G4 há 40 rodadas, o que aconteceu no passado acabou, agora é um time novo, a gente não tem um time do Bahia que era da Série A, estava com a mesma base, é praticamente o mesmo time, jogando junto há dois anos, a gente é totalmente novo, claro que a gente quer resultado imediato, mas isso às vezes não acontece, a gente está começando a encorpar, criando uma identidade, isso acaba afetando alguns jogadores mais que outros, não é que a gente não quer fazer ou dando tudo de si em campo. Com essas oscilações no início a pressão é normal, time grande como o Vasco, o jogador que está aqui tem que saber levar isso, só que eu acho emocionalmente, involuntariamente acaba afetando um pouco, acaba desorganizando, muda toda a tática.

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O veterano afirmou ainda que a lesão foi mais fadiga da sequência de partidas e a idade, e que não deverá ser problema para o jogo contra o CSA. Elogiou o meia Palacios e disse não ver problema em atuar junto com ele no meio-campo. E foi só elogios ao meia Andrey, garoto que entrou no time recentemente e tem feito partidas excelentes.

– Nem parece que ele é esse jovem que acabou de completar 18 anos. Ele tem uma maturidade incrível nos treinos, parece que está conosco há muitos anos. Ele tem uma visão de jogo, muita qualidade e gosta de romper linhas. É uma grande joia do Vasco, que possa ser lapidada da melhor forma possível. É um menino bastante tranquilo, humilde. Tem a cabeça muito boa. Ele já está na seleção sub-20 e quem sabe logo logo ele estará brilhando na Seleção. Vai ser um grande jogador.

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