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Nino, do Fluminense, opina sobre caso de racismo e gritos homofóbicos no clássico Fla-Flu: ‘Não podemos tolerar’

Foto: Lucas Merçon/FFC

O zagueiro Nino, do Fluminense, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, no CT Carlos Castilho. O defensor foi questionado sobre o suposto caso de racismo contra o atacante Gabigol, do Flamengo, no clássico Fla-Flu, no último domingo, pela quarta rodada da Taça Guanabara. O atleta foi bem claro ao deixar sua opinião.

                 

– Em relação ao caso de racismo, é lamentável. As medidas precisam ser tomadas. E ficamos felizes nesse ponto de saber que o Fluminense está tomando essas medidas. Não podemos tolerar. E a gente espera que não aconteça mais nos estádios e nenhum ambiente da nossa sociedade – disse.

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Ele também foi questionado sobre os gritos homofóbicos por parte da torcida do Flamengo no Nilton Santos também na partida. Ele voltou a falar que “não se pode tolerar isso em qualquer outro ambiente da sociedade”.

– Sobre os gritos homofóbicos, é algo que muitas vezes na concentração e no calor do jogo a gente presta pouca atenção, mas é algo que nos incomoda como cidadãos, é claro, a gente é contra todo tipo de discriminação. Não tem como tolerar mais isso, nem no estádio, nem em qualquer outro ambiente da sociedade – ressaltou.

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Além disso, Nino também falou pela primeira vez sobre a sua permanência no Fluminense após quase acertar com o Tigres, do México. O zagueiro recebeu uma proposta de U$ 5 milhões de dólares (R$ 28,3 milhões na cotação atual), mas o valor considerado baixo pela diretoria, que tentou negociar com o Criciúma, dono dos outros 40%, para aumentar sua fatia. Porém, não houve acordo com o clube catarinense, com isso o Tricolor recusou a oferta.

– Sobre a quase ida ao México e toda negociação, o presidente já foi muito bem, já esclareceu tudo, não vou acrescentar nada ao que ele falou, porque ele realmente falou toda a verdade, inclusive o que ele falou da nossa conversa após a negociação, outras pessoas foram testemunhas. Isso responde um pouco sobre como é continuar no Fluminense. Falei pro presidente que continuaria muito feliz, e tô muito feliz, sempre deixei muito claro o meu orgulho e o prazer por estar jogando no Fluminense. Isso segue, com toda certeza.

O zagueiro também comentou sobre o estilo de jogo adotado por Abel Braga, que está utilizando três zagueiros. Nino frisou que precisa de adaptação e que confia nas ideias do treinador.

– Em relação a jogar com três zagueiros, formação que o professor Abel tem escolhido, como em todo começo de trabalho, exige uma adaptação, e a gente está nessa fase. Estamos fazendo de tudo para que essa adaptação aconteça da melhor maneira e da maneira mais rápida. A gente confia muito nas ideias do professor e de que vai dar certo.

O Fluminense volta a fazer outro clássico no Nilton Santos nesta quinta-feira, Desta vez, o Tricolor enfrenta o Botafogo, às 20h, pela quinta rodada da Taça Guanabara. O zagueiro Nino ressaltou o foco do time para o duelo.

– É um jogo muito difícil, mais um clássico. No vestiário, depois do jogo passado, a gente já comentou: “Olha, vamos continuar focados, porque quinta-feira tem mais um clássico”. O jogo vai ser muito difícil, como você falou, o Botafogo vem em uma caminhada muito boa desde o acesso do ano passado, esse início de Campeonato Carioca, o treinador que eles conseguiram manter. Então, a gente sabe que vai enfrentar um time muito organizado, mais um clássico, que muitas vezes é decidido no detalhe. A gente precisa de toda atenção e todo foco para que a gente possa fazer mais um grande jogo.

Foto: Lucas Merçon/FFC

OUTROS TRECHOS DA COLETIVA:

Evolução

Creio que a cobrança seja normal, quando a gente tá jogando no Fluminense tem que estar acostumado a essas cobranças. A gente entende que precisa evoluir, sim, e é uma evolução constante. A gente também entende que tem muitos pontos positivos nos jogos que já fez, essas três vitórias não vieram à toa, três vitórias sem sofrer gol. A gente  tem tentado manter um equilíbrio de saber que precisamos melhorar, mas também não tem tantos negativos e a gente pode tirar algumas coisas positivas do nosso jogo. A gente confia muito no professor Abel e sabe que o nosso time vai continuar evoluindo, a gente vai continuar se entrosando, e a tendência é que a gente chegue muito bem pra pré-Libertadores.

Pré-Libertadores

Creio que vamos ter o tempo necessário para evoluir, para melhorar. Mais do que o treinamento, temos usado os jogos pra isso. Alguns períodos a gente só tem oportunidade de evoluir jogando, ganhando ritmo de jogo, entrosando, tendo problemas durante os jogos para que as soluções surjam. A gente está muito tranquilo em relação a isso, usando o máximo de tempo e todos os jogos para que essa evolução seja constante e para que a gente chegue na pré-Libertadores bem, que possamos fazer dois grandes jogos.

Jogar em São Januário

Nós jogamos alguns jogos em São Januário no ano passado, fizemos bons jogos lá. É um bom estádio, como o Engenhão, o Maracanã… É claro que a escolha do estádio para um jogo tão importante assim envolve outros fatores também, que não cabem a nós, jogadores, mas a gente sabe que a melhor decisão vai ser tomada.

Felipe Melo

Jogar com Felipe Melo é um prazer, uma honra, sempre acompanhei a carreira de sucesso dele, os títulos que conquistou em outros clubes. Hoje, estar podendo dividir o campo com ele é um prazer, é algo que tento puxar dele, aprender com ele tudo o que tem pra me passar. É um cara muito vitorioso, um cara que se entrega dentro de campo, um cara que – muitas vezes a gente não fala – é muito técnico, muito bom tecnicamente. Então, com um jogador desse é muito difícil você dizer que não encaixa com seu jogo, é um cara que facilita pra todo time, então é realmente um prazer ter um companheiro desse nível e poder dividir o campo com ele.

Marcos Felipe

É um cara que sempre teve a nossa confiança, é um ótimo goleiro, que também transmite muita confiança. A gente sabe que, quando precisar, pode contar com ele. E ele mostrou isso no Fla-Flu, como mostrou em outros jogos do ano passado também, então a gente fica muito feliz com a partida que ele, pela confiança que tem ganhado, pela evolução dele. E a gente está muito bem servido nessa posição, como no ano passado.

Seleção

A seleção brasileira é um sonho, acredito que não só pra mim, mas para todos os jogadores. É um sonho que eu alimento comigo, e eu trabalho para que um dia eu alcance. Levo com muita naturalidade isso, sou muito feliz no Fluminense e sei a visibilidade que ele tem. Fico focado em fazer o meu melhor aqui, trabalhar para evoluir o máximo possível, para que se um dia for acontecer, que essa oportunidade chegue pra mim.

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