Santos

Torcedora fanática do Santos fala sobre a sua paixão pelo clube no Dia Internacional da Mulher

Foto: Ivan Storti/ Santos Futebol Clube

Nesta data especial do Dia Internacional da Mulher, o Esporte News Mundo, entrevistou a torcedora do Santos, Dalila Henrique Barbosa de Souza Silva, de 29 anos.

                 

A santista, falou sobre a sua paixão pelos esportes em geral. Quando nasceu o vínculo de amor pelo Peixe. Suas lembranças e histórias durante as partidas do Santos. Comentou sobre a atual situação do futebol e na gestão do futebol masculino do Alvinegro e das Sereias da Vila.

Além disso, comentou sobre o processo de estrutura do futebol feminino e sua visão sobre a evolução na categoria. Abordou sobre o universo do futebol que ainda é visto como algo direcionado aos homens. E sobre o espaço que muitas mulheres profissionais estão conquistando na modalidade.

Dalila afirmou que sempre amou esportes em geral. Dentro disso, começou a assistir aos jogos do Santos, ao qual nasceu o amor pelo clube da Vila Belmiro. Por conta disso, acabou conhecendo a história do clube e criou um respeito a agremiação. Dentro disso, o carinho pelo Alvinegro praiano fez laços de amizades e influenciou membros da família.

Foto: Dalila Henrique Barbosa /Arquivo Pessoal

– “Sempre fui apaixonada por esportes no geral e, quando criança, gostava de assistir aos jogos. O amor pelo Santos, ocorreu de forma natural, salvo engano, iniciou-se lá pelos meus 8 anos, pois em minha casa ninguém era santista. Entretanto, a história do time é tão incrível, que não tem como respeitar. Desde então, ao declarar abertamente minha torcida pelo Peixe, passei a fazer amizades com outros torcedores santistas, tão fanáticos quanto eu e que cultivo até hoje. Ao fim das contas, consegui influenciar minha irmã e irmão a serem santistas” – destaca

A sua história marcante no estádio de futebol como torcedora, ocorreu em setembro de 2016. Em jogo válido pela vigésima sexta rodada do Campeonato Brasileiro daquela edição, Dalila passou por muitas emoções. Houve espera em fila de ingressos, correria para entrar no estádio e até carona.

– “A minha história (no estádio), foi na partida entre Santos e Santa Cruz pelo Campeonato Brasileiro de 2016. A dor de cabeça já começou na compra do ingresso. Estavam limitando a venda de 2 ingressos por pessoas, como precisava de três, fui com um amigo comprar. A fila (compra de ingresso) estava quilométrica na loja que era na Rua Augusta (localizado no centro da cidade São Paulo). Pois, no estádio do Pacaembu (local do confronto) tinha caído o sistema. Daí, após algumas horas, avisaram que o sistema tinha voltado. Então eu, e meu amigo, saímos correndo (literalmente) pela rua para pegar o carro e ir ao estádio e ainda demos carona para dois desesperados que estavam na fila” lembrou.

Porém, a emoção não ficou somente na véspera do confronto, a torcedora detalhou como ocorreu a partida. Teve chuva, apagão e emoção até o final.

-“Ingressos na mão, jogo rolando e começa o dilúvio, deve ter chovido o previsto para aquele mês naquele jogo e pra lascar o Santos estava empatado e tiveram que parar a partida porque acabou a luz no estádio. Depois de algum tempo, voltaram o jogo e no final, o Santos venceu por 3 a 2” – detalhou

Divulgação/ Santos TV

O atual momento do Santos no futebol masculino e feminino é de mudanças na gestão do futebol. Houve mudanças na direção e principalmente na comissão técnica de ambas categorias.

Nas Sereias da Vila, Christiane Lessa foi contratada em janeiro para ser a nova treinadora. No masculino, o argentino Ariel Holan foi anunciado em janeiro. A santista comentou sobre este atual momento.

– “Estamos no momento de transição para ambas equipes. Principalmente pela mudança dos técnicos e saída de jogadores importantes. Espero que após os altos e baixos de 2020, haja uma administração séria no clube para corrigir os problemas financeiros deixados por gestões anteriores. Quero ser otimista e acreditar que esse ano conquistaremos títulos tanto no feminino, como no masculino. Jogando bem em campo com aquele futebol criativo e veloz que gostamos de ver” – abordou

Dalila falou sobre o processo de estrutura que passa o futebol feminino no Brasil atualmente. Disse que apesar de uma melhora ‘tímida’ na questão de visibilidade. Existe uma diferença grande na remuneração financeira em relação ao futebol masculino.

– “No que tange (atingir) a estrutura, a discrepância é grande, embora tenha ocorrido uma melhora ainda que tímida no geral. Melhorar a visibilidade, transmitindo os campeonatos femininos em TV Aberta, contribuirá para que se popularize mais a categoria. Além de estimular o interesse dos torcedores em acompanhar seus clubes nas equipes femininas. Outro fator urgente, é a questão salarial, no qual obriga muitas jogadoras a procurarem outras fontes de renda. Seja por falta de patrocinadores, ou porque os salários são baixos ou simplesmente não são remuneradas” – indagou

Além disso, destacou que termos como “futebol é coisa de homem” é algo que ficou enraizado na cultura da sociedade.

“E por fim, acabar com esses estereótipos e pré-conceitos de que futebol é coisa de homem, algo que acaba sendo enraizado em nossa cultura. Mudar essa mentalidade, só será possível com educação e diálogo” – declarou

Nos últimos anos, muitas profissionais do gênero feminino ganharam espaço no universo do futebol, seja no futebol das quatro linhas, arbitragem e no jornalismo esportivo. A entrevistada, disse que o objetivo de direitos iguais, ainda está muito longe de ser alcançado. Porém, ter mulheres cumprindo sua função em espaços que são intitulados como somente para homens, é algo para comemorar.

– “Ainda estamos muito aquém do desejado no que tange (atingir) a equidade de gênero no futebol, sobretudo na participação de mulheres em organizações como Fifa, CBF, CONMEBOL e por aí vai. A administração dessas organizações é majoritariamente masculina, o que também contribui para este cenário desigual. Entretanto ter essas mulheres ganhando destaque à frente do jornalismo esportivo, arbitragem e como jogadoras, são motivos a serem comemorados e usados como exemplos para incentivar outras meninas que amam o futebol. E, dizer que sim, esse mundo também é delas” –

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