Grêmio

O Grêmio camaleão de Renato Portaluppi

Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Há certos momentos que a ideia que se prioriza precisa ser abdicada por um bem maior. Esta foi a maior mudança do Grêmio de Renato Portaluppi em 2020, aprendeu a ser um time camaleão e menos previsível em suas ações.

                 

Mas tal mudança acontece principalmente pela renovação de quase todo o elenco. No time considerado titular hoje, só Geromel e Kannemann são remanescentes das grandes conquistas de 2016/17. A manutenção da ideia com novas engrenagens é um mérito do treinador. Entretanto, é visível que o Grêmio não é o mesmo que encantou o Brasil. Isso não o torna menos perigoso.

É preciso também humildade para reconhecer que um adversário qualificado como o São Paulo apresenta tantos perigoso que, as vezes, o melhor é jogar com o resultado embaixo do braço. Renato Portaluppi reconheceu isso e falou sobre o treinamento para o jogo.

— Ontem (terça-feira) fiz três treinamentos especiais da parte tática para colocar em prática no jogo. Anulamos totalmente a equipe do São Paulo no primeiro tempo. No segundo, começou a alçar as bolas na área. A marcação encaixou, foi da maneira que treinamos e queria que a equipe jogasse. A estratégia deu certo e estamos felizes por colocar mais uma vez o Grêmio em uma final de Copa do Brasil — disse.

Qual o principal mérito do Grêmio na classificação?

A resposta para essa pergunta se resume em uma palavra: competitividade. O Grêmio soube competir e sabia o que queria dentro da partida. Foi o melhor time em campo no primeiro tempo mesmo com míseros 33% de posse de bola.

As vezes nos filmes, quem acaba se destacando pela atuação e levando um Oscar é o ator coadjuvante e não o protagonista. Saber interpretar tal fato e não precisar ser o dono das ações ou ir para a trocação com o adversário é necessário. Faltou essa interpretação contra o Santos, por exemplo.

Depois de algumas eliminações traumáticas nos últimos anos, o Grêmio volta a disputar o título da Copa do Brasil em sua nona final, a quarta do técnico Renato Portaluppi. Isso demonstra que ambos conhecem a competição e, mais do que isso, sabem os caminhos necessários para ganhar a taça. Estiloso ou pragmático, o que importa hoje para o Tricolor é voltar ao topo com uma conquista importante após três anos de “quases”.

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