Coritiba

Opinião: O que ainda falta no elenco do Coritiba?

Coritiba Couto
Foto: Coritiba

Nos últimos quatro jogos, o Coritiba perdeu um, venceu dois e empatou o último. A repercussão do resultado revela a instabilidade da torcida Coxa-Branca, que vai do céu ao inferno com um empate: no domingo (18), o Alviverde goleou o Toledo por 5×1 e muitos internautas apontaram o atual elenco como plantel para brigar por título na Copa do Brasil. Na quarta-feira (21), o Coxa conquistou um empate suado contra o Azuriz no Couto Pereira, e parte dos torcedores já aponta Gustavo Morínigo como responsável por um fracasso que está por vir na temporada.

A única unanimidade até o momento é Léo Gamalho, que já conquistou o coração da torcida e segue impressionando: são cinco gols em quatro jogos, mas o centroavante depende de um meio-campo que trabalhe por ele, e se isso não funcionar, seu rendimento pode cair. Diante dos elogios e críticas constantes ao atual plantel, fica a dúvida: o que falta para o Coritiba engrenar na temporada?

Defesa, meio e ataque

Ainda no começo da temporada, é difícil cravar uma opinião consolidada, mas pode-se dizer tranquilamente que o plantel de 2021 foi montado de forma muito mais inteligente que o de 2020, com um teto salarial compatível com a realidade do clube e jogadores com potencial para disputar um acesso de Série B. Ainda assim, o que se vê nos primeiros jogos do Coxa são erros que precisam ser corrigidos e posições que carecem de bons jogadores.

A começar pela pontaria: o ataque segue perdendo um caminhão de gols, Léo Gamalho atua bem nesse aspecto e tem um aproveitamento muito superior a qualquer outro atacante, mas Igor Paixão, Waguininho, Pablo Thomaz, Cerutti & Cia seguem desperdiçando oportunidades além do aceitável. Para um clube que quer brigar por acesso numa Série B contra Cruzeiro, Vasco, Goiás, Guarani, Ponte Preta e outros times, o pé torto deve ser corrigido.

Por isso é importante que mais um extremo, de velocidade e bom finalizador, seja incorporado ao elenco. Waguininho já mostrou que pode ser um bom reserva, mas não um titular imediato. Ele se aproxima do que seria Robson na temporada passada. No banco, Ezequiel Cerutti não serve para o papel de substituto, não vale o investimento do salário acima do teto e deve deixar o Coritiba em dois meses.

O Coritiba também carece de um meia armador, no bom estilo Alex, que carrega o time para o ataque e tem criatividade, um camisa 10. Rafinha tem um pouco desse espírito, mas aos 37 anos não tem o ritmo para isso e joga melhor pelas pontas. Robinho era outra possibilidade, mas ainda não mostrou muito serviço desde seu retorno. São medalhões que não podem carregar o protagonismo sozinhos nessa idade, e a diretoria deve buscar um reforço nesse sentido, coisa que é difícil de acontecer antes do meio da temporada.

Nos últimos cinco jogos, o Coxa tomou mais de um gol por partida. Foram seis no total. Isso revela outro ponto fraco do atual plantel: precisa de uma defesa mais compacta e de mais um zagueiro, que venha pela titularidade. Wellington Carvalho tem errado muito nos jogos, e Luciano Castán, aos 31 anos, não deve dar conta de todas as partidas da temporada, e ao menos um reserva para revezar e tapar os buracos é fundamental. Os rumores apontam que Henrique, revelado na base, deve retornar em Maio, ele defende o Belenenses e resolveria parte do problema lá atrás.

Uma posição que, momentaneamente, ainda preocupa, é o meio-campo, mas não é tão emergencial quanto as citadas acima. Jhony Douglas ainda não se apresentou e segue em observação no DM, ele pode ser uma opção para substituir Val como um meio-campista de transição. É uma função que cumpriu com eficiência no Paraná Clube e tente a repetir no Coxa, que precisa de alguém para levar a bola ao último terço do campo para Léo Gamalho fazer o que faz de melhor.

A temporada ainda está no começo e muita coisa pode mudar. Mas o que se observa dos primeiros sete jogos do Coritiba é que o plantel tem potencial e foi construído com peças de reposição eficientes, ainda faltam alguns reforços, mas Gustavo Morínigo deve colocar o Coxa entre os seis primeiros da Série B e brigar pelo acesso.

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