Olimpíadas

Olimpíadas de Tóquio: 10 atletas brasileiros que podem surpreender

(DIVULGAÇÃO/TIME BRASIL)

Os Jogos Olímpicos de Tóquio começam nesta sexta-feira (23) e, com eles, a expectativa de medalhas para os atletas brasileiros. Desta vez, o Comitê Olímpico Brasileiro leva 302 esportistas para tentar quebrar o recorde de 19 medalhas, conquistadas na Rio 2016. Para alcançar o feito, o Brasil não conta só com aqueles atletas experientes e “favoritaços” ao pódio. Além deles, muitos que estão fora de foco podem ser uma grata surpresa em Tóquio 2020. O Esporte News Mundo lista alguns atletas brasileiros que podem surpreender nesses Jogos Olímpicos:

LUIZINHO E PEDRO QUINTAS – SKATE

Luiz Francisco, nascido na cidade de Lorena-SP, é vice-campeão mundial na modalidade. O skatista teve uma infância muito difícil, por conta de problemas financeiros, mas também teve uma família que fazia sempre o possível para o atleta seguir seu sonho. Às vezes, trocava os pés pelas mãos por Luizinho, que hoje ocupa o 3º lugar no ranking mundial. Pedro Quintas, 19, ganhou seu primeiro skate aos três anos de idade e aprendia com o seu pai a dar os primeiros passos no esporte. Ele ocupa o top 3 de skatistas do Brasil e é o 10º do ranking mundial.

MILENA TITONELI – TAEKWONDO

A medalhista de bronze mundial será a única mulher a disputar na modalidade entre os atletas brasileiros. Natural de São Caetano do Sul, São Paulo, a lutadora da categoria de 67kg acumula um bronze no Campeonato Pan-Americano de Taekwondo, em Spokane, nos Estados Unidos; ouro no Campeonato Mundial Militar de Taekwondo, no Rio de Janeiro; bronze no Mundial, em Manchester, na Inglaterra; e ouro no Pan de Lima 2019. Ela foi a primeira brasileira a ser campeã da modalidade em Jogos Pan-Americanos. Hoje, a atleta de 22 anos ocupa a 8ª colocação no ranking mundial.

TATIANA WESTON-WEBB – SURF

Estranhou o sobrenome? Tatiana Weston-Webb é gaúcha de Porto Alegre, mas se mudou para o Havaí com apenas dois meses de idade. Filha de Tanira Guimarães, uma bodyboarder brasileira que tem dupla nacionalidade, e de Douglas Weston-Webb, surfista inglês, Tatiana venceu a WQS de 2015, aos 19 anos. Desde então, a atleta performa com regularidade na WSL — a elite do surf mundial — e já conquistou sua primeira vitória em bateria, em 2016. Ela é top 10 mundial. Tatiana chega a Tóquio 2020 em 4º lugar no WSL e com uma vitória de bateria em março deste ano.

FLÁVIA SARAIVA – GINÁSTICA

A jovem e sorridente atleta vem mais experiente. Na Rio 2016, com 16 anos, ela estreava em Olimpíadas, encantando a todos com seu carisma. Mas a ginasta de 1,45m não conquistou medalhas, ficou em 5º na trave e em 8º em equipes. Daí para frente, a atleta só cresceu, conquistando ouros, pratas e bronzes em etapas de Mundiais. Já tinha ouro e prata, no solo e na trave, em São Paulo, em 2015 — sem contar os bronzes em Toronto 2015. O ano de 2019 foi bom, faltando apenas um décimo para o pódio no solo, no mundial, além dos bronzes no Pan de Lima.

Flavinha tem o solo como carro-chefe, mas ainda não disputou neste aparelho em 2021. A atleta também vem de uma pequena lesão, que a tirou do último Pan de Ginástica. Alguns fatores como estes a retiram do favoritismo entre os atletas brasileiros, mas o talento de Flávia Saraiva é reconhecido até por Simone Biles.

KENO MARLEY – BOXE

Keno Marley pode surpreender nesses Jogos Olímpicos (Pedro Ramos/Rede do Esporte)

Siga o Esporte News Mundo no TwitterFacebook e Instagram

O nome Marley foi batizado pelo irmão, que é fã incondicional de Bob Marley. Baiano de Conceição do Almeida, o boxeador, de 21 anos, chega com pompa para Tóquio 2020 após a conquista da medalha de prata em Lima 2019. No mesmo ano, ficou em 8º no Mundial. Em 2020, ficou em 7º lugar no ranking de boxeadores do mundo. Keno, apesar de jovem, coleciona disputas internacionais, como Strandja, Balcãs e Tammer. E, em 2021, o atleta se sagrou campeão do Cologne World Cup, na Alemanha. Marley já é campeão olímpico — só que da juventude —, com a conquista de 2018, na Argentina.

ÉRICA SENA – ATLETISMO

Natural de Camaragibe-PE, a especialista em marcha atlética bateu um recorde continental há pouco tempo. Em março, em uma etapa do Campeonato Nacional do Equador, a pernambucana venceu o percurso de 35km em 2:51:11 e bateu o recorde sul-americano, de Paola Pérez, que tinha três minutos a mais. Érica foi prata em Toronto 2015 e bronze em Lima 2019.

Érica tem boas chances de medalha (Divulgação/CBAt)

Na Rio 2016 ficou em 7º lugar (melhor resultado de uma marchadora brasileira na história das Olimpíadas), mas depois deste ano, como já observado nos Pans, a atleta coleciona bons resultados e vitórias em etapas, não ficando atrás do 6º lugar em disputas. Foi 4º lugar nos dois últimos mundiais. Agora, em junho, foi bronze no 34º GP Internacional de Marcha Cantones de La Coruña, na Espanha.

LAÍS NUNES – WRESTLING

Laís tem 28 anos e nasceu em Barro Alto-GO. Na Rio 2016, era a mais jovem entre as atletas brasileiras a competir na modalidade em Jogos Olímpicos: acabou eliminada na primeira etapa. Laís coleciona cinco ouros em Campeonatos Pan-Americanos, além de um ouro e uma prata em Jogos Sul-Americanos. A atleta vem embalada por um bom ciclo olímpico, com um segundo lugar no ranking mundial em 2019 e o bronze no Pan daquele ano.

Em 2021, a lutadora vem de um bronze no Troféu Matteo Pellicone, conseguindo chegar à 3ª colocação no ranking mundial até 62 kg. Depois, no Torneio Internacional Dan Kolov-Nikola Petrovd de Wrestling, em Plovdiv, Bulgária, Laís venceu suas quatro lutas e foi campeã. Ainda tem a prata no Campeonato Pan-Americano de 2021. Em seu último teste, no Aberto da Polônia, parou nas quartas de finais.

FERNANDA OLIVEIRA E ANA LUIZA BARBACHAN – VELA

As velejadoras, que disputam na classe 470 são bons nomes entre os atletas brasileiros, apesar de não deterem o favoritismo. Elas não vêm de um grande ciclo olímpico, mas reafirmaram o porquê de estarem entre as melhores do mundo na modalidade há mais de 10 anos com o quinto lugar no último Campeonato Europeu. Em Londres, a dupla foi sexta colocada e na Rio 2016 ocupou a oitava colocação.

Fernanda e Ana podem colaborar com a hegemonia do Brasil na vela (Divulgação/Instagram)

+ Bruno Guimarães fala em ‘energia alta’ da Seleção e se diz satisfeito com a estreia nas Olimpíadas

As velejadoras são experientes, especialmente Fernanda Oliveira, que, aos 40, vai para a sua sexta Olimpíada, tendo disputado Sydney, Atenas, Pequim, Londres e Rio de Janeiro. A gaúcha de Porto Alegre tem um bronze e quer fechar a carreira com medalha de ouro. Ana Luiza, 31, começou na vela aos 10, depois de praticar balé, ginástica, futebol, basquete, entre outros. A dupla concorrerá pela terceira vez em Olimpíadas juntas.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo