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Opinião: Contra tudo e contra todos, atletas brasileiros fazem história nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Rebeca Andrade Brasil
Divulgação/Time Brasil

Os Jogos Olímpicos de Tóquio chegaram ao fim neste domingo, 8, após mais de 20 dias de disputas intensas e que teve novamente o Brasil com uma campanha histórica. Apesar de muitos poréns em toda a trajetória de cada atleta, 21 deles subiram ao pódio, mas todos os 303 nomes que estiveram representando as cores do nosso país conseguiram dar muito orgulho em um cenário completamente desfavorável para a maioria deles.

Contra tudo e contra todos, os brasileiros desafiaram situações precárias, lutas diárias, e claro, muito esforço de uma infinidade de pessoas para que isso acontecesse. Diante de um cenário de pandemia que por si só seria complicado, muitos atletas sofreram severamente com a questão financeira. Além disso, a falta de estrutura, o pouco apoio num geral causaram ainda mais dificuldade para esportistas que se desdobraram para chegar ao olimpo do esporte.

Sem romantizar toda a trajetória individual, é preciso novamente atentar-se as críticas feitas de um modo geral. Somos um país que produz talento com muita facilidade, mas que pouco se aproveita devido as condições ofertadas por clubes e governo federal. A realidade é que o país do futebol sempre teve outros esportes olímpicos dando muito mais orgulho e alcançando outros feitos tão grandes quanto em toda a história dos Jogos. Não podemos desmerecer o fato do bicampeonato conquistado pelo time de Andre Jardine, mas ele não pode se sobrepor ao fato de Rebeca Andrade, Alison dos Santos, Ana Marcela Cunha e de tantos outros que possuem infraestruturas inferiores.

O momento olímpico não acaba aqui e nem de longe pode chegar ao fim com o apagamento da pira olímpica. É preciso mais de todos nós como imprensa, Governo Federal e sociedade para que todos esses atletas sejam valorizados igualmente. Já passamos da hora de entregarmos uma situação muito melhor para que todos os nossos atletas possam ter um nível de competição muito mais favorável em relação a grandes potências mundo afora.

A pergunta que deixo para que todos reflitam é: Se em uma situação desconfortável, sem infraestrutura, com poucos ou nenhum patrocínio, com a existência de trabalhos paralelos e diante de potências os atletas brasileiros conseguem se sobressair, o que seria do Brasil se tudo isso fosse arrumado e entregássemos algo completamente diferente para todos os nossos atuais e futuros atletas?

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