O ano de 2020 talvez tenha sido um dos piores para o torcedor do Coritiba quando se fala em acompanhar o time do coração. Foi uma temporada inteira com um time de empréstimo, sofrendo jogo após jogo e torcendo para aquele famoso gol na sorte. O time passava a impressão de que já entrava em campo perdendo de 1×0, algo que foi se repetindo durante toda a temporada. Com as eleições no final do ano, o candidato eleito, Renato Follador, deixou muito claro que o Coritiba precisava de uma mudança de postura, o Coxa precisava retomar o respeito que já teve em outros momentos. A reconstrução de um time não é algo fácil, mas o inicio da temporada de 2021 já dá ao torcedor coxa-branca uma esperança de que bons momentos estão a caminho.
Dois jogos e duas vitórias por 1×0. Esses foram os resultados até o momento do novo elenco coxa-branca, que mesmo sem ter feito exibições de gala, mostrou uma grande mudança de postura. As duas partidas ficaram muito marcadas pela organização técnica e a falta de ritmo de jogo dos jogadores. A equipe comandada por Gustavo Morínigo conseguiu demonstrar com os novos reforços, as ideias que o treinador paraguaio utiliza. Um futebol de alta intensidade, que usa principalmente os lados do campo para a criação de jogadas e o que talvez seja o mais importante: a mentalidade ofensiva mesmo após abrir o placar. Esse medo de tomar um empate foi algo que sempre assombrou os torcedores do Coxa. Como esquecer aquele gol do Fluminense no último minuto na temporada passada? Ou até mesmo aquela virada no final do Paranaense de 2020? Mesmo com apenas duas partidas, já é possível perceber que o elenco entra em campo sem medo do adversário e isso pode ser o essencial para a equipe paranaense voltar à elite do futebol nacional.
ANÁLISE DOS REFORÇOS
Até o momento foram 12 reforços anunciados pelo Coritiba, sendo que nove deles já fizeram sua estreia:
Luciano Castan e Wellington Carvalho: talvez sejam os dois contratados que tenham menos aparecido em campo. Com um time mais organizado taticamente, os dois adversários até o momento não conseguiram oferecer muito perigo aos novos zagueiros do Coxa.
Romário: teve uma importante participação na partida contra o União Rondonópolis. Com a má atuação de Natanael pelo lado direito, Romário foi um dos principais responsáveis pela criação de jogadas do Coxa. Foi bem tanto ofensivamente, quanto defensivamente.
Val: o meio campista teve um grande destaque na primeira partida. Conseguiu acertar vários passes em profundidade, além de ser ótimo no setor defensivo. Já na segunda partida, a atuação de Val não foi o que a torcida estava esperando. Com finalizações péssimas e uma grande quantidade de passes errados, o meia mostrou um futebol muito bom pelo lado defensivo, mas inconstante quando está com a bola nos pés.
William Farias: o capitão coxa-branca chegou com uma grande expectativa da torcida e não decepcionou. Com uma capacidade de desarme impressionante e uma habilidade com a bola nos pés, William Farias em duas partidas mostrou que será o dono da posição na temporada.
Valdeci: o extremo Valdeci ainda não conseguiu mostrar um futebol de qualidade. Jogou poucos minutos nas duas partidas e não demonstrou nada de extraordinário até o momento. Chegou a perder um gol cara a cara contra o Maringá e precisa melhorar seu desempenho para conquistar a titularidade.
Robinho: ainda sem ritmo de jogo, é difícil analisar o desempenho do meia ex-Grêmio. Com a bola nos pés, é nítida a habilidade que Robinho tem, porém até o momento não conseguiu se destacar nos minutos que jogou.
Waguininho: o extremo foi o primeiro reforço anunciado do Coritiba. Com uma grande desconfiança do torcedor coxa-branca, Waguininho mostrou que pode ser muito útil para o elenco nesta temporada. Sua exibições não foram nem um pouco brilhantes, mas conseguiu jogar um bom futebol e mesmo improvisado, foi o autor do gol na vitória contra o Maringá.
Léo Gamalho: o Ibra do Nordeste já está iludindo muita gente. Com apenas uma partida disputada, Léo Gamalho conseguiu fazer seu gol nos seus primeiros 22 minutos defendendo o Coxa. Mesmo sem criar muitas jogadas e sem demonstrar uma grande habilidade, o atacante chegou e fez o que queriam que ele fizesse: o gol.
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