Coritiba

Otimista, Rodrigo Santana prefere não traçar meta de pontos: ‘Quando chegar em zona de Sul Americana, a gente começa a pensar’

Foto: Reprodução/Coritiba
POR BRENO ANTUNES E GABRIEL TASSI

O novo treinador do Coritiba, Rodrigo Santana, foi apresentado oficialmente pelo clube na tarde de terça-feira (03), em coletiva de imprensa. Samir Namur, presidente do Alviverde, também participou ao lado do técnico, esclareceu a escolha do nome de Santana e reforçou seu interesse na reeleição, programada para o dia 12 de Dezembro.

Rodrigo salientou que o bom desempenho do Atlético-MG contra o Coritiba, quando treinava o Galo, colocou seu nome no radar Coxa Branca, e também enalteceu seu bom histórico dirigindo o clube mineiro.  — [No Brasileirão] Das 25 rodadas que fiquei, acredito que em 16, 17 ficamos no G4. (…) Íamos muito bem em um ano atípico, onde o Flamengo, Grêmio e Palmeiras tinham um investimento muito grande (…) Nós, embora estivéssemos bem desacreditados, conseguimos brigar com esses grandes lá em cima, inclusive na frente deles.

Ainda sobre seu histórico, Santana explicou que a idade baixa não é sinônimo de inexperiência.  — É natural que alguns jovens treinadores chamam atenção nos clubes. No meu caso, eu já vinha treinando profissionalmente há 8 anos, passando por clubes menores, até chegar em um clube de elite. Quando tive essa oportunidade, consegui absorver da melhor forma, e isso se estendeu o ano inteiro, chegando na final de competições importantes, e aí eu consegui ganhar notoriedade no Brasil.

Após a demissão de Jorginho, muitos nomes ventilaram pela diretoria do Coritiba, que analisou a contratação de Ramon Menezes, Ney Franco, Tiago Nunes e o ex-auxiliar técnico, Mozart Santos, atualmente no CSA. Na coletiva, Samir negou ter feito propostas aos técnicos e destacou o interesse pelo ex-auxiliar.  — Não recebemos várias negativas de treinadores. Nós, da diretoria, tínhamos a ideia inicial de trazer o Mozart, e essa era nossa primeira opção, e por um motivo muito simples: é um profissional que conhece mais do que ninguém o nosso elenco atual. Conversamos com ele, e ele disse que não queria sair do CSA. Não fizemos proposta para nenhum outro profissional. Conhecemos outros técnicos, fizemos entrevista com profissionais livres no mercado. Tínhamos a tranquilidade do Pachequinho como interino, então tomamos alguns dias para encontrar alguém que se enquadrasse no que queríamos, e dentro desse processo escolhemos o Rodrigo.

Sobre a escolha de Santana, Namur garantiu que o nome do ex-Galo já rondava o Couto Pereira em momentos anteriores, e que se certificou da decisão antes de efetivá-lo.

 — É um profissional que já estava no nosso radar em outros momentos, cuja contratação foi considerada. Especialmente nesse momento, tivemos a indicação específica de um profissional que temos uma relação de confiança, que é o empresário do Sabino. Ele nos indicou o nome do Rodrigo, e o entrevistamos.(…) No meio disso, fomos buscar referência, eu conversei diretamente com o presidente do Atlético Mineiro, Sérgio Sette Câmara, e as referência do Rodrigo foram as melhores possíveis. Conversamos com o Ricardo Oliveira, que é um profissional experiente e que já trabalhou com o Rodrigo, e as referências foram as melhores possíveis, e isso nos deu segurança na contratação.

Rodrigo assume o Coritiba na 17ª posição do Campeonato Brasileiro, somando 19 pontos, logo após o fim do primeiro turno. É esperado que o treinador de 38 anos dê uma nova cara ao clube, que vem de uma estratégia mais defensiva sob a liderança de Jorginho. Namur revelou que a meta para o Alviverde é apresentar um esquema mais ofensivo.  — A mudança do estilo de treinador tem tudo a ver com o momento que vivemos. Sempre tivemos uma ideia de ter um futebol propositivo, essa sempre foi a vontade. Em alguns momentos, por conta de situação de campeonato, não conseguimos.

O treinador realçou a mudança de postura, e que espera explorar melhor o elenco.  — Nossa ideia é sempre propor o jogo, ser bastante ofensivo, mas com equilíbrio. [Ser] Uma equipe bem organizada e que saiba se defender, que não corra tantos riscos e não sofra tantos gols. Então vamos organizar ali atrás. (…) A gente tem que viver jogo a jogo, contando sempre com as lesões e suspensões. (…) No grupo, todos serão titulares, todos devem estar muito bem. Dependendo do adversário, vamos jogar com uma equipe, ou então jogar um pouco mais expostos. (…) Eu procuro buscar sempre o equilíbrio, saber se defender e, às vezes, se expor um pouco mais.

O Alto da Glória enfrenta um ano eleitoral. Com eleições para a presidência do clube programadas para o dia 12 de Dezembro, o contrato do novo treinador se estende até o fim da temporada, em Fevereiro de 2021. Na coletiva, Samir Namur esclareceu sua pretensão de estender o mandato.

 — [Minha candidatura] Depende dos 165 nomes que são necessários para a inscrição das chapas. Nós estamos em busca desses nomes, estamos trabalhando incansavelmente e estamos próximos de conseguir, mesmo que os prazos estejam se esgotando. Se tudo correr dentro daquilo que meu grupo planeja, nós vamos conseguir os 165 nomes, vamos inscrever a chapa e eu vou ser candidato nas eleições de 12 de Dezembro, sim.

A contratação de Rodrigo pode surtir efeito decisivo no resultado das eleições, e Samir Namur se mostrou seguro quanto ao bom desempenho que está por vir.  — É evidente que os resultados de campo, imediatos, influenciam o humor político do torcedor e do sócio, principalmente de quem vai votar. Nós temos perfeitamente essa ciência de que bons resultados na sequência podem influenciar ao meu favor, e maus resultados influenciem contra. Mas existe uma convicção grande também, nos princípios desse grupo político, nas convicções, isso tudo vai ser mostrado em campanha: uma defesa muito grande do bom trabalho administrativo que essa gestão fez, do bom legado que nós estamos deixando pro clube, da necessidade de continuidade dentro de um processo de longo prazo. Tudo isso tem que ser ponderado por quem vai votar. (…) Mas os resultados de campo serão, sim, importantes.

Santana faz sua estreia na direção do Coxa contra o Internacional, às 16h de Domingo, no Beira Rio. O treinador espera pontuar, segue otimista e salientou as boas primeiras impressões.  — Encontrei um ambiente muito bom, o grupo está centrado, fechado, motivado. Todo o staff e comissão técnica nos recebeu de braços abertos. Estão todos muito unidos para somar pontos a cada jogo. A estrutura do CT é muito boa, temos as condições necessárias para fazer um bom trabalho. O elenco está querendo e consegue colocar um intensidade boa no treino. A comunicação dos jogadores é muito boa.

Sobre suas metas para o campeonato, Rodrigo se mostrou confiante e tranquilo para tirar a equipe da Z4.

— A gente não vai nem tocar em assunto de Sul Americana, mas nosso objetivo é somar ponto atrás de ponto, e quando chegar em zona de Sul Americana a gente começa a pensar um pouquinho mais.  

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