Campeonato Paulista

Palmeiras amassa o São Paulo no Allianz e garante o título do Campeonato Paulista

NELSON ALMEIDA/AFP via Getty Images

Avassalador, imponente, dominante. Se estava em desvantagem antes da bola rolar, o Palmeiras não deixou dúvida que merecia o título do Campeonato Paulista. Com uma atuação muito superior ao São Paulo, o Palestra não deu chance para o azar e venceu neste domingo por 4 a 0, no Allianz Parque e ficou com a taça do Paulistão 2022.

Pressionando e dominando a partida desde o início da partida, o Palmeiras não deu chance para o São Paulo e foi certeiro para reverter o 3 a 1 sofrido no Morumbi na última quarta-feira. Contando com um ataque veloz e envolvente, principalmente pelo lado direito, o Palestra terminou o primeiro tempo com 2 a 0 no placar, Danilo e Zé Rafael marcaram. Na segunda etapa, quem apareceu para liquidar a faturar e garantir o título foi Raphael Veiga, que com dois gols, transformou o placar em goleada e desencadear a festa no Allianz Parque.

Irreconhecível, o São Paulo não mostrou nem uma fração do time consistente e envolvente que venceu por 3 a 1 no Morumbi. Muito nervoso e sem criatividade no ataque, o Tricolor também não se encontrou na defesa e sucumbiu diante de um Palmeiras avassalador.

No Allianz Parque, a festa do Palmeira foi intensa pelo 24º título do Campeonato Paulista. Agora, o Alviverde volta suas atenções para estreia na Libertadores, onde vai em busca do tricampeonato seguido. Na quarta-feira, o Palmeiras visita o Deportivo Táchira, na Venezuela, às 21h (horário de Brasília).

Já para o São Paulo resta a decepção de ter a vantagem e desperdiçar no jogo de volta. Agora o Tricolor passa a pensar na estreia na Copa Sul-Americana. Na quinta-feira, às 21h30 (horário de Brasília), a equipe do Morumbi visita o Ayacucho, no Peru.

O JOGO

Em desvantagem mas com o ambiente do Allianz Parque propenso para ser impulsionado, o Palmeiras tinha uma dificil missão para reveter o placar montado pelo São Paulo no primeiro jogo, no Morumbi. Mas não tardou para o Alviverde mostrar qual seria a tônica da partida: Pressão do inicio ao fim.

Principalmente explorando o lado direito de ataque, o Palmeiras levava muito perigo com Dudu, que fazia um verdadeiro salseiro para cima de Wellignton. Aos 8′ veio a primeira polêmica da partida. Danilo chutou da entrada da área e a bola explodiu na mão de Éder, que estava junto ao corpo do camisa 23. Após revisão no VAR, Raphael Claus não assinalou o pênalti.

Acuado na defesa, o São Paulo não conseguia achar espaço para reduzir a pressão do Palmeiras e achar o caminho de algum tipo de alívio. Completamente ligado, o Alviverde seguiu na pressão para reverter a desvantagem. Aos 21′, Danilo deu o primeiro passo para reação. Gustavo Scarpa cruzou da direita e após desvio na zaga, a bola sobrou livre para o camisa 28 do Palmeiras escorar para o gol. 1 a 0 e o Allianz Parque virou um caldeirão.

Sempre pelo lado direito, o Palmeiras achava muito espaço e liberdade para atacar. Aos 27′, Raphael Veiga recebeu na lateral e cruzou para área. A zaga do São Paulo afastou de mal jeito e Zé Rafael aproveitou a sobra de bola para acertar um lindo chute no cantinho de Jandrei. 2 a 0 e vantagem do Tricolor liquidada. Naquele momento, a final seria decidida nos pênaltis.

Atordoado pelo domínio do Palmeiras, o São Paulo tentava achar algum tipo de espaço para reagir, mas esbarrava na forte marcação do Alviverde no meio-campo, que dominava e seguia pressionando para chegar ao placar que iria garantir o título em casa. Até o fim do primeiro, o Palestra continuou levando perigo, principalmente com Dudu pelo lado direito e faltou pouco para marcar o terceiro.

Na volta do intervalo, Rogério Ceni mexeu na estrutura da sua defesa e tirou Wellignton, que foi amplamente envolvido pelo ataque do Palmeiras, para dar lugar a Arboleda. Mas a mudança não surtiu o efeito esperado. Logo no primeiro bom lance da segunda etapa, Dudu partiu pela direita, tirou Diego Costa para dançar com um drible desconcertante, foi na linha de fundo e achou Raphael Veiga livre para desviar e colocar o Palestra em vantagem pelo título.

Qualquer estratégia traçada por Rogério Ceni foi por água abaixo após o terceiro gol do Palmeiras. Agora em desvantagem, o São Paulo precisava partir para o ataque se ainda queria sonhar com o bi do campeonato Paulista. Porém, a maior dificuldade do Tricolor era justamente a criação na parte ofensiva. Quem mais tentava e se apresentava para o jogo era Calleri, mas parecia ser o único.

Somente aos 30′, o São Paulo finalmente conseguiu levar perigo ao gol de Weverton. Após cruzamento na área, a bola sobrou para Calleri finalizar e passar muito próximo da trave esquerda. O Tricolor dominava a posse de bola, mas não produzia muito perigo. Aos 35′, veio a pá de cal. Erro na saída de bola, Zé Rafael recuperou, passou para Gabriel Verón, que serviu Raphael Veiga, sozinho dentro da área, finalizar para transformar o placar em goleada.

Perdido de vez na partida, o São Paulo estava com os nervos a flor da pele e sem conseguir achar um modo de reagir. Tranquilo e seguro, o Palmeiras apenas tocava a bola a espera do fim da partida para soltar o grito de campeão. Ainda teve tempo para confusão no fim da partida. Rafinha se desentendeu com Wesley e acabou expulso já nos acréscimos.

FICHA TÉCNICA

Palmeiras 4 x 0 São Paulo

Local: São Paulo (SP)
Estádio: Allianz Parque
Horário: 16h
Árbitro: Raphael Claus
Gols: Danilo (PAL – 21′ – 1ºT), Zé Rafael (PAL – 27′ – 1ºT), Raphael Veiga (PAL – 02′ – 2ºT, 35′ – 2ºT)
Cartão Amarelo: Rogério Ceni, Luan, Luciano (SAO); Gustavo Gómez, Raphael Veiga, Wesley (PAL)
Cartão Vermelho: Rafinha (SAO)

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez (Jorge); Danilo, Zé Rafael, Raphael Veiga; Gustavo Scarpa (Wesley), Rony (Gabriel Verón) e Dudu (Mayke). TÉC: Abel Ferreira

SÃO PAULO: Jandrei; Rafinha, Diego Costa, Léo e Wellignton (Arboleda); Pablo Maia, Rodrigo Nestor (Nikão), Igor Gomes e Alisson (Patrick); Calleri e Éder (Luciano). TÉC: Rogério Ceni

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