Após a dura derrota do Vasco por 4 a 0 para o Botafogo e a praticamente certa permanência do clube na Série B para a próxima temporada, o diretor executivo de futebol Alexandre Pássaro concedeu entrevista coletiva ao lado do técnico Fernando Diniz e avaliou o desempenho do trabalho do seu departamento neste ano. Evitando fazer auto-críticas, o dirigente se esquivou de reconhecer erros e reafirmou a confiança no elenco cruz-maltino.
– A gente confia nos nossos atletas, no que a gente fez e, infelizmente, não deu certo a parte que a gente menos controla que é a parte esportiva. Mas com uma frustração enorme, decepção do tamanho do mundo, da torcida, hoje é um dia muito triste. isso é uma coisa que tem várias formas de ver. o time do Vasco já foi o melhor time da Série B e deixou de ser umas três quatro vezes ao longo do campeonato – afirmou Pássaro, em entrevista coletiva.
No Vasco desde o início da gestão de Jorge Salgado, Pássaro falou sobre a continuidade do seu trabalho e afirmou só sair em caso de “distanciamento” de projeto com a direção do clube.
– Tenho contrato até o final do ano que vem. Cheguei com o clube na A, sabendo do risco que tinha. Não quero ser parte do problema, já disse isso para o presidente. Até o jogo com o Londrina, eu não abro mão de estar com os atletas, comissão técnica, e as pessoas que querem o bem do projeto. A partir disso, se o entendimento for, até meu, de que os projetos estão se distanciando, ao invés de convergir, se tudo isso que o Vasco vive hoje, se estes problemas a solução estiver na minha saída, eu sou o primeiro a renunciar do contrato, da multa. Se a gente entender até 31 de dezembro que existe um interesse de uma continuidade do projeto, pode ser que a gente pense junto. Se não houver, eu sou o primeiro a ser humilde, a reconhecer todos os erros, e abrir mão de qualquer multa, salário, para que o Vasco suba e esteja onde o Vasco pode estar – disse Pássaro.
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Sobre a goleada sofrida para o Botafogo, o diretor de futebol tratou o resultado como “atípico” e “inaceitável”.
– Dia muito triste pra gente que trabalha nesse projeto, nesse clube. Frustração gigante, do tamanho da frustração da torcida. A gente praticamente não conseguiu nosso objetivo. Mas não foi em nenhum momento por falta de dedicação, de trabalho. É natural que estejamos aqui falando, como sempre foi ao longo desse ano inteiro. Hoje foi um jogo atípico, mas completamente frustrante, inaceitável. Único para nunca mais acontecer – finalizou o dirigente.
Com a derrota, o Vasco fica na nona colocação, com 47 pontos, oito atrás do Goiás, atual quarto colocado. O time volta a campo na próxima quarta-feira, às 21h30, contra o Vitória, novamente em São Januário.
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