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Pedro e Gabigol juntos: O que o Flamengo perde e ganha com a dupla em campo;

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

É duro ao torcedor Rubro Negro ver um jogador como Pedro ser reserva do seu time e não formar uma dupla com Gabigol. Realmente, é difícil entender como dois dos melhores atacantes do continente, ao defenderem a mesma camisa, não têm uma parceria consolidada. Fato é, botar os dois em campo não é algo simples de se fazer e logo, existem prós e contras. O ponto é saber o que pesa mais para realizar o tão sonhado desejo da torcida.

NÃO É TÃO SIMPLES…

A primeira coisa a analisarmos é que, para um entrar, outro tem que sair. E em uma equipe cheia de estrelas como a do Flamengo, tirar um jogador pode significar mais do que uma simples substituição. Para que Pedro possa jogar ao lado de Gabigol, Arrascaeta, Éverton Ribeiro ou Bruno Henrique teriam que sair, para então se ter duas opções de formação: Fazer um 4-4-2, com a dupla de atacantes como referência de área, ou manter o 4-3-3, com Gabriel aberto e o camisa 21 centralizado.

O problema é que o meia uruguaio talvez seja peça insubstituível no elenco do Mengo e sem ele em campo, o time perderia grande parte da sua qualidade de criação e finalização. Sem Éverton, a recomposição defensiva e a rápida ligação nos contra-ataques não seriam as mesmas. Sem BH, o Fla perderia a profundidade, a velocidade e o forte jogo aéreo que o atacante oferece. Além disso, ao pensar no camisa 9 como um ponta, pode-se perceber que ele ficaria com “menos espaço para preencher” no ataque, e perderia a possibilidade de “flutuar” entre as linhas adversárias, algo que Gabriel está acostumado e faz muito bem. De fato, Rogério Ceni tem motivos para ainda não consolidar a dupla de artilheiros como titular.

É O SUFICIENTE?

Nesta temporada, Pedro e Gabigol estiveram juntos em campo em três partidas. A primeira delas foi diante do Volta Redonda, quando os dois iniciaram o jogo como titulares. Ao contrário do normal, nenhum deles marcou. Contra o Unión La Calera, no Maracanã, jogaram juntos por cerca de 10 minutos, tempo que foi suficiente para o camisa 21 fazer um gol antológico. Depois, mais uma vez diante do Voltaço, a dupla voltou a funcionar. Nessa noite, Gabi fez dois e no primeiro deles, foi assistido com um belo passe de Pedro, que o deixou cara a cara com o goleiro. Na última atuação dos dois atacantes juntos, novamente contra os chilenos, ambos jogaram pouco mais de 30 minutos. Nessa ocasião, a dupla pôde criar pelo menos duas chances claras de gol. Ainda perderam outras oportunidades individualmente e não conseguiram ser efetivos. Para resumir, os dois atacantes jogaram juntos nessa temporada, mais ou menos 117 minutos e participaram diretamente de três gols.

TEMPO AO TEMPO

Com tantos fatores a serem esclarecidos, escalar Pedro e Gabigol não deve e não será feito de uma hora para outra. Rogério Ceni precisa de tempo para testar e analisar todas as questões envolvidas. Ao torcedor, paciência e mente aberta para compreender: impossível não é, tampouco é algo fácil de se resolver.

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