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‘Poder da superação’, pede Moreno para Ponte Preta na final do Interior

'Poder da superação', pede Moreno para Ponte Preta na final do Interior
Crédito: Álvaro Júnior / AA Ponte Preta

Fábio Moreno pediu para Ponte Preta encarnar o espírito de superação na final do Troféu do Interior, diante do Novorizontino, nesta quinta-feira, a partir das 19h15, no Estádio Jorge Ismael de Biasi.

                 

Com chance de levantar primeiro caneco na carreira à beira do gramado, treinador descartou favoritismo do Tigre, por ter melhor campanha no decorrer do Campeonato Paulista, em cima da Macaca.

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“Existe o poder da superação. Existe o poder do empenho e daquela concentração. Então, se fosse analisar antes do dérbi, quase 80% achava que a gente seria goleado e não foi assim. Contra o Bragantino, também davam a gente como eliminados e também não foi assim. A gente trabalha com muita humildade e com muita seriedade para que a gente vá quebrando essas barreiras pouco a pouco, vá quebrando essa desconfiança e vá quebrando todos esses tabus e esses prognósticos negativos que todo mundo faz sobre a nossa equipe”, pontuou o comandante, em coletiva.

“Vamos tentando ir destruindo um a um para que a gente vá se fortalecendo de dentro para fora. Em uma hora que as coisas estiverem andando de uma maneira positiva, todo mundo passa a ver a Ponte Preta como a gente vê daqui de dentro. É uma Ponte Preta que respeita todo mundo e que sabe da força dos seus adversários, mas também entende da sua capacidade e entende daquilo que a gente está fazendo, acredita e confia”, acrescentou.

DETALHES

Estudioso, Fábio Moreno comentou o que a Ponte Preta deve encontrar contra o Novorizontino, sob ponto de vista de estilo de jogo, e ainda deu mais detalhes sobre o posicionamento dos jogadores no meio-campo no atual esquema tático.

“A gente, realmente, joga contra um adversário que trabalha muito as bolas longas. Trabalha muito essa bola esticada para raspada e velocidade dos extremos, que têm essa característica. Mesmo quando a linha adversária consegue ganhar a bola, o meio de campo do Novorizontino está sempre bem ajustado para ganhar essa segunda bola. Isso daí dá um volume bom para equipe deles. É bem verdade que, no primeiro tempo, o Bragantino levou vantagem, mas no segundo não”, pontuou o treinador.

“A gente procurou ajustar a equipe, povoando um pouquinho mais o meio de campo e corrigindo o posicionamento, principalmente do Camilo, do (Vini) Locatelli e do Dawhan. E aí a gente passou a controlar o jogo. É porque cada adversário impõe uma dificuldade diferente. A gente precisa ajustar, muitas vezes, antes da partida e, outras vezes, no transcorrer. Contra o Botafogo, não. Já tivemos muito mais segunda bola e muito mais possibilidade por a característica ser diferente do adversário. Então a gente imagina uma dificuldade parecida, sim, com o que a gente enfrentou com o Bragantino. É por isso que ajustamos para tentar ganhar essa segunda bola. Quando temos o domínio dessa segunda bola, o jogo da Ponte Preta flui muito melhor. Normalmente, saímos vencedor das partidas”, fechou.

PRA CIMA

Adepto do futebol ofensivo, Fábio Moreno reiterou necessidade de a Ponte Preta atacar o Novorizontino no tempo normal para faturar o título do Troféu do Interior sem necessidade das cobranças de pênalti como foi contra Botafogo-SP e Red Bull Bragantino, nas fases anteriores.

“Dependendo dos jogadores que iniciam a partida ou estejam em campo, essa compactação fica mais fácil ou mais complicada. É um custo benefício que você tem. A Ponte Preta é uma das equipes que mais finaliza em gol no Campeonato Paulista. É uma das equipes que mais trocam passes em velocidade no campeonato. A cada minuto de posse de bola, são 16 passes trocados. Isso é um número alto. Para realidade de São Paulo e do Brasil, é um número bastante significativo. A gente tem essa postura de tentar agredir os nossos adversários. Muitas vezes, quando você agride muito, você sente um cansaço e sente o desgaste”, falou o técnico, em coletiva.

“A gente procura trabalhar da melhor maneira possível, aproximando os volantes um do outro. Se pelo menos a gente estiver bem estruturado com os volantes encostando nos meias adversários e a nossa linha de trás ajustada, por mais que fique descompacto, você ganha tempo. Você consegue temporizar a jogada e fazer com que a equipe retorne e retarde o ataque. A gente não pode sofrer vários contra-ataques. Eu não vejo que a Ponte tem sofrido tantos contra-ataques assim. Muitas vezes, pela nossa postura em campo, a gente sofre os ataques sim, mas isso é, até de certa forma, controlado”, continuou.

“A gente procura fazer, mesmo quando está atacando, posicionar os nossos atletas próximos aos adversários para que, em uma perda de bola, a gente esteja próximo. Quando tenha o tempo hábil, a gente retorne com os extremos, que têm mais características ofensivas do que defensivas. Os nossos atacantes são mais jogadores de proposição e de técnica do que de força física. Então a gente ganha um tempinho para conseguir recondicionar eles em campo e posicionar para que o adversário tenha mais dificuldade de chegar ao nosso gol”, completou.

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