Campeonato Brasileiro

Preparador alerta sobre alto desgaste físico para a temporada de 2021: “Será necessário um cuidado especial com a parte física”

Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro EC

Que o ano de 2020 foi totalmente atípico para o esporte de modo geral e, em especial, o futebol, já nem precisamos mais comentar. Prova disso é que, no Brasil, a temporada de 2020 se encerra, apenas, entre o final de fevereiro e o início de março. A pandemia causada pela Covid-19 paralisou as atividades, em alguns casos, por mais de quatro meses. E esta interrupção foi extremamente prejudicial para o condicionamento físico dos atletas, conforme avalia o preparador José Mário Campeiz.

   “Tivemos um ano muito difícil para todos que militam no meio do esporte. Os atletas ficaram muito tempo parados e, posteriormente, fizeram um período de treinos isolados, em suas casas, sem as especificidades do campo de futebol. Logo em seguida, após pouco tempo de treinos, já retomaram as competições, com um calendário extremamente apertado. Isso causou um grande número de lesões”, destacou o preparador.

   Campeiz é Mestre em Ciências do Esporte e acumula passagens por grandes clubes do futebol brasileiro como São Paulo, Cruzeiro, Athletico-PR, Sport e Figueirense, além de passagens pelo futebol japonês. Analisando o calendário da temporada de 2021, Campeiz ressalta que, para a próxima temporada do futebol brasileiro, a questão física irá necessitar de ainda mais atenção por parte dos clubes.

   “Devido ao avanço do calendário para os primeiros meses de 2021, o período de pré-temporada para os times de futebol será ainda mais enxuto. Os atletas já virão com uma carga alta da atual temporada, então será necessário um cuidado especial com a parte física e até mesmo clínica dos jogadores, para que o número de lesões não seja muito elevado. Caso contrário, os clubes podem ser muito prejudicados durante as competições, com a perda de muitos atletas”, afirmou Campeiz.

   “As equipes não terão o tempo ideal para o condicionamento físico dos jogadores. Mas nós, membros de comissões técnicas, não podemos ficar lamentando. Precisamos dialogar, de forma multidisciplinar, e buscar soluções, conhecendo e ouvindo os atletas, para que possamos minimizar as lesões durante o ano”, finalizou.

*Com Assessoria

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