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Presidente do Cruzeiro confirma nova punição da Fifa e comenta Série B: ‘É complicado’

Foto: Igor Sales/Cruzeiro

O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, confirmou, nesta quarta-feira (28), que o time mineiro recebeu mais uma punição da Fifa, dessa vez pela dívida que o clube mantém com o Mazatlán FC, do México, pelo atacante Riascos, no valor de R$ 6 milhões. Segundo o dirigente, trata-se de mais um transfer ban – impedimento de registrar novos atletas. Recentemente, a Raposa já havia sido punida com o mesmo bloqueio em razão da dívida com o Defensor, por Arrascaeta. 

A informação foi dada pelo presidente celeste em entrevista concedida ao SporTV. O dirigente já estava ciente da chegada dessa nova punição, já que em coletiva recente confirmou que a Raposa estava prestes a ser notificada. 

— Hoje temos dois transfer ban ativos, ou seja, temos limitações financeiras e também de punições para poder registrar. Mas claro que a gente trabalha pensando nisso, mirando para cima. A gente já viu histórias de outros times que engatam uma sequência boa. Por mais que esteja na parte de baixo, a diferença para a zona de acesso seria de dois ou três rodadas faltando mais da metade do campeonato para correr. Então a gente mira na parte de cima e pede o torcedor para acreditar nisso —, disse o presidente do Cruzeiro. 

Sérgio Santos Rodrigues também falou sobre a campanha ruim na Série B do Campeonato Brasileiro na atual temporada – a Raposa é a 19ª colocada com 12 pontos conquistados em 14 rodadas até aqui. Segundo ele, é uma situação complicada. “Obviamente não é a situação que a gente queria estar, mas todo mundo sabe dos problemas que estamos enfrentando”, declarou o presidente da Raposa.

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Para além das punições e do mal momento em campo, o presidente comentou sobre a também má situação financeira do clube. Conforme o presidente do Cruzeiro, a pandemia também afetou os cofres celestes, que já vinham em déficit nos últimos anos. O Cruzeiro perdeu mais de R$ 20 milhões só com bilheterias, de acordo com Sérgio Santos Rodrigues. Ele ainda disse que a Raposa não pretende contratar novos atletas, e isso nada tem a ver com a atual punição. 

— A gente não está pensando em contratar. Não é a realidade atual. Além de ter o transfer ban, não é uma coisa que estamos pensando, mas arrumar a casa é uma coisa que buscamos. Não que isso justifique, mas não é uma realidade que só o Cruzeiro passa. Temos atletas que estão com a gente e relatam que na Série A, em função da pandemia e do todo cenário, o ano em que o Cruzeiro menos faturou com público foi R$ 25 milhões. Com isso, a gente tinha mais do que salário pago. Estaríamos até com outras dívidas pagas. É uma realidade do mundo, macroeconômica, mais ainda do futebol, e mais ainda do futebol brasileiro. Eu destaco que quando cheguei, devia-se mais do que devo hoje. Eu paguei para trás. Em tese, nossa gestão era para estar em dia. Paguei folha administrativa, de jogador, de PJ, conta de luz, conta de água, contas básicas que seria cortada. Tivemos que cuidar do macro, e isso afeta a situação. Os colaboradores e jogadores sabem que nossa prioridade é essa —, afirmou o presidente celeste.

Quanto ao momento desportivo do Cruzeiro, a resposta pode ser mais imediata. É que o clube mineiro volta a campo nesta sexta-feira (30), às 21h30, diante do Londrina, pela 15ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, buscando voltar a vencer e conquistar melhores colocações na tabela de classificação. 

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