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Presidente do Bahia opina sobre fim da transmissão do Carioca: ‘Teoria do Caos parece chegar no futebol’

Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia

A decisão da TV Globo de não transmitir mais o Campeonato Carioca gerou muita repercussão. Para o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, esta será uma oportunidade para revolucionar o futebol brasileiro, o que posto por ele seria a Teoria do Caos. Em várias postagens na última quinta-feira, o mandatário opinou sobre a situação e sugeriu que ela seja o começo de uma mudança de estratégia dos clubes brasileiros.

– Teoria do Caos. Futebol brasileiro passa por impressionante oportunidade de mudança. Direitos do mandante, streaming, calendário ameaçado, contratos cancelados, Coronavírus, PIB negativo. A Teoria do Caos parece chegar ao futebol – escreveu o mandatário.

Pelo significado que ouvimos no cotidiano diríamos que se trata de algo ruim. Mas, ao contrário do que parece, nem sempre “caos” quer dizer algo negativo. Tratando-se da Teoria do Caos, podemos dizer que se trata de algo bom, pois essa teoria traz explicações de fenômenos não previsíveis. Portanto, a Teoria do Caos seria, neste caso, algo revolucionário.

O dirigente ainda argumentou que a competição nacional pode ocupar nove meses do calendário, enquanto os estaduais seriam disputados por jovens e jogadores com pouco espaço no time principal.

– Com calendário 2020 invadindo 2021, é o momento de transformarmos os estaduais em competições de acesso para os clubes pequenos e de revelação de atletas para médios/grandes. Bahia e Vitória já decidiram que jogarão Baiano só com jovens que precisam mostrar talento – disse.

Guilherme também comentou sobre a medida Provisória 984, ajustada por Bolsonaro e que pautou o Flamengo na escolha de transmitir seu jogo na TV oficial do clube.

– Essa crise não é só da MP 984/20. É dificuldade da TV manter produtos de pé, é retração de anunciantes, é falta de liquidez dos clubes, é excesso de jogos. Mas é também oportunidade. Por trás da imprevisibilidade há uma ordem. O caos não é necessariamente algo ruim. O caos anima – disse.

Veja na íntegra o post do presidente do Bahia:

“Teoria do Caos. Futebol brasileiro passa por impressionante oportunidade de mudança. Direitos do mandante, streaming, calendário ameaçado, contratos cancelados, coronavírus, PIB negativo. A Teoria do Caos parece chegar ao futebol. A seguir, Efeitos Borboletas e possíveis tufões. A retirada dos investimentos nos estaduais é desejo antigo da Globo, que agora parece ter encontrado o momento certo. Confirmado o Carioca, faltará o Paulista. Os demais já estavam com desinvestimento programado. Que bom viver isso, mesmo de um jeito atravessado. A chance é única. Não é razoável que os clubes mantenham zumbis esportivos e comerciais em nome de um dinheirinho de curto prazo. Talvez nós, clubes, tenhamos que agradecer à Globo mais adiante por fazer esse movimento. Cultuar zumbis esportivos é sermos zumbis esportivos. Com calendário 2020 invadindo 2021, é o momento de transformarmos os estaduais em competições de acesso para os clubes pequenos e de revelação de atletas para médios/grandes. Bahia e Vitória já decidiram que jogarão Baiano só com jovens que precisam mostrar talento. Alguns clubes brasileiros sonham se tornar globais jogando estaduais. É como o Barcelona jogar o campeonato da Catalunha. Quando um clube usa time reserva no Brasileiro para jogar Libertadores ele faz isso porque jogou o Estadual. Algo parece estar fora da ordem há muito tempo. Um Brasileirão de 9 meses com pré-temporada de 40 dias deixaria tudo melhor. E eu troco fácil um título estadual por 3 pontos a mais no Brasileirão, em vez de precisar poupar titular. Clubes nacionais nunca serão mundiais jogando estaduais. Essa crise não é só da MP 984/20. É dificuldade da TV manter produtos de pé, é retração de anunciantes, é falta de liquidez dos clubes, é excesso de jogos. Mas é também oportunidade. Por trás da imprevisibilidade há uma ordem. O Caos não é necessariamente algo ruim. O Caos anima.”

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