O presidente honorário da Confederação Africana de Futebol (CAF), Issa Hayatou, foi proibido de todas as atividades relacionadas ao futebol por um ano pela FIFA. O camaronês, que já foi presidente em exercício da federação e foi considerado culpado de violar o artigo 15 do Código de Ética da instituição.
A sansão foi imposta após uma investigação do Comitê de Ética da FIFA sobre um acordo entre a CAF e a rede de TV Lagardère Sports sobre os direitos de imagem e marketing para as competições africanas.
Em um comunicado enviado a imprensa, a Fifa informou que Hayatou violou o código de ética da instituição ao firmar um contrato que era anticompetitivo e causou danos financeiros e à reputação da CAF diante do Comitê de Ética da entidade.
O advogado de Issa Hayatou considerou parcial a decisão da Comissão de Ética da FIFA.
– A investigação da FIFA foi seletiva e tendenciosa, coletando apenas provas em detrimento da parte do acusado, não sendo conduzida de forma independente e não respeitando a presunção de inocência- declarou ao portal Inside Games.
A defesa também alegou que o acordo foi celebrado com o pleno conhecimento dos membros do Comitê Executivo da Confederação Africana.
No entanto, a Comissão de Ética da Fifa concluiu – que ao entrar, continuar e eventualmente prolongar uma relação contratual exclusiva com uma empresa, a CAF falhou em explorar adequadamente o potencial do mercado e possivelmente maximizar sua receita-. Clique aqui e leia documento na íntegra.
Após a condeção, Issa Hayatou também deverá pagar uma multa de cerca de 30.000 francos suíços (US $ 33.000) para a Federação.
No documento, divulgado pela Fifa, mostra que a Confederação Africana de Futebol perdeu centenas de milhões de dólares ao firmar uma prorrogação do contrato com a Lagardère sem explorar opções adequadamente ou considerar o lançamento de um processo de licitação aberto.
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O camaronês, Issa Hayatou foi presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF) no período de 1988 até 2017. Em 2002 concorreu à presidência da FIFA, mas foi derrotado por Blatter. O camaronês também é membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Além disso, o ex-atleta e ocupou a vaga de presidente interino da FIFA em 2015, logo após o banimento do suíço Joseph Blatter devido às investigações de corrupção na entidade.
