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Primeiro título de Libertadores do Internacional completa 15 anos; relembre a campanha

Divulgação/Internacional

Este 16 de agosto de 2021 marca um dia especial de recordação para o Internacional. Nesta mesma data, em 2006, o Colorado arrancava um empate contra o São Paulo, no Beira-Rio, para garantir o primeiro título de Libertadores da história do clube – o segundo foi em 2010. Agora, 15 anos depois, relembre toda a campanha do time gaúcho, que conseguiu levar o troféu inédito sobre o Tricolor Paulista, que era o atual campeão.

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Fase de grupos consistente

Quando começou a Libertadores de 2006, o Internacional não era apontado como favorito. O grupo 6, com Nacional, Maracaibo e Pumas também não apontava facilidades, mas o Colorado conseguiu superar as adversidades e fazer uma primeira fase bastante consistente, se classificando com a segunda melhor campanha geral.

Logo na estreia, o Internacional saiu para enfrentar o adversário mais fraco do grupo. Jogando na Venezuela, contra o modesto Maracaibo, o Colorado sofreu para arrancar um empate em 1 a 1. O gol, que garantiu a igualdade foi do lateral-direito Ceará.

Depois de empatar fora de casa contra o Maracaibo, que era apontado como o mais fraco do grupo, o time gaúcho voltou ao Beira-Rio para disputar a segunda rodada diante do Nacional. Jogando em casa, e apoiados pela torcida vermelha, os gaúchos não tomaram conhecimento dos uruguaios, e arrancaram um 3 a 0 em atuação de luxo. Os gols do Internacional, naquela partida, foram de Michel, Fernandão e Rubens Cardoso.

Com a vitória sobre o Nacional, o Internacional ganhou confiança para os confrontos diante do Pumas. Como a tabela era espelhada, o Colorado enfrentou os mexicanos duas vezes seguidas e, em ambas, venceu de virada. Na altitude da cidade do México, o time gaúcho saiu atrás, mas reverteu o marcador com Rentería e Fernandão. Na sequência, no Beira-Rio, saiu perdendo de 2 a 0, mas reverteu na raça, graças aos tentos de Michel, Fernandão e Adriano Gabiru.

Na liderança do grupo, o Internacional, então, visitou o Nacional, no Uruguai. Em um jogo bastante nervoso, a defesa gaúcha conseguiu parar o ataque uruguaio, que era comandado pela então promessa Luis Suárez, e arrancar um empate sem gols, que encaminhou a classificação.

Na última rodada, o Internacional só não avançaria se fosse goleado pelo Maracaibo, no Beira-Rio. Apesar disso, a gana de vencer do elenco era forte, e o Colorado amassou os venezuelanos desde o primeiro minuto. Adriano Gabiru, Bolívar, Michel e Rentería foram os autores dos gols vermelhos, que sacramentara a segunda melhor campanha geral.

Oitavas contra o Nacional

Por conta da tabela espelhada, que colocava o melhor time da primeira fase contra o pior, e assim por diante, o Internacional reencontrou o Nacional, do Uruguai. No primeiro jogo, em Montevideo, o cenário de nervosismo e pressão parecia se repetir, mas um herói, em um lance magistral, apareceu. Quando o confronto estava 1 a 1, sendo que Jorge Wagner havia empatado em linda cobrança de falta, Rentería tabelou com Fernandão, deu um chapéu no zagueiro e, de fora da área, chutou sem deixar a bola cair. Tal golaço virou, inclusive, música da torcida colorada. Na sequência, o atacante colombiano ainda foi expulso, mas a defesa gaúcha segurou a pressão e garantiu a vantagem.

No jogo de volta, bastava ao Internacional repetir a atuação brilhante da fase de grupos, mas não foi o que aconteceu. Nervoso, o time gaúcho errou demais, e pouco conseguiu ameaçar o adversário. O Nacional, por sua vez, partiu para cima, e chegou a marcar duas vezes. No entanto, os lances foram anulados por impedimento duvidosos que, com a tecnologia atual (VAR), possivelmente seria validados. Mas, como não havia tal ferramenta, o Internacional segurou o resultado, e avançou para as quartas de final ainda invicto.

Única derrota foi nas quartas de final

Na fase seguinte da Libertadores a tabela colocou o Internacional frente dois adversários temíveis: o bom time da LDU e a altitude de Quito. Jogando a primeira na casa do adversário, o Colorado sentiu a pressão, e acabou sofrendo aquela que seria a única derrota na competição. Após abrir o placar com Jorge Wagner, o time gaúcho sentiu o ar rarefeito, e viu os equatorianos virarem para 2 a 1.

Atrás no placar pela primeira vez na competição, o cenário apontava um Internacional nervoso no jogo da volta, no Beira-Rio. E isso foi o que aconteceu na primeira etapa, aonde a LDU poderia ter ampliado a vantagem. No entanto, confiante após não sofrer gol no primeiro tempo, o Colorado voltou arriscando mais, e, com gol de Rafael Sóbis, assumiu a dianteira no confronto. Depois, já nos acréscimos, Rentería conseguiu ampliar e sacramentar a classificação para as semifinais.

Semifinal contra o Libertad

Chegar as semifinais, sendo que nem favorito era no começo da competição, já era um fato a ser comemorado pelo Internacional, mas os jogadores queriam mais. O adversário seria o Libertad que, apesar de bom time, era claramente inferior ao Colorado. Mesmo assim, a pressão de nunca ter levantado um troféu continental recaia sobre os ombros gaúchos que, no jogo de ida, no Paraguai, não conseguiram sair do empate sem gols.

No jogo de volta, no Beira-Rio lotado, o filme que aconteceu contra a LDU se repetiu. Após um primeiro tempo tenso, em que inclusive poderia ter saído atrás no placar, o Internacional cresceu na segunda etapa. Ao 18 minutos, Alex arriscou uma bomba, de muito longe, para vencer o goleiro rival e colocar o Colorado em vantagem no agregado. Na sequência, então, Fernandão tratou de decretar a classificação para a final.

Título sobre o atual campeão

O Internacional estava na final. O sonho de levantar o troféu era mais real do que nunca antes, mas o adversário não era qualquer um. Do outro lado estava o São Paulo de Rogério Ceni, atual campeão da Libertadores e do Mundial, sobre o Liverpool. No entanto, o Colorado, internamente, sabia que havia chego a hora de finalmente levantar o caneco da principal competição da América do Sul.

O favoritismo no jogo de ida, no Morumbi, era todo do São Paulo. A torcida paulista lotou o estádio para ver um tricolor dominante, mas acabou vendo um show de Rafael Sóbis. Após um primeiro tempo nervoso, o jovem atacante Colorado voltou com tudo e, em apenas 8 minutos, marcou dois gols que deram grande vantagem ao Internacional. No entanto, na sequência, o volante Fabinho acabou expulso, e o adversário cresceu na partida, diminuindo com Edcarlos. Mas, para alegria vermelha, a defesa segurou a pressão final, e trouxe a vantagem para o Beira-Rio.

Rafael Sóbis comemora gol contra o São Paulo, no Morumbi. Foto: Divulgação/Internacional

Então chegou a grande noite de 16 de agosto de 2006. Mais de 50 mil colorados lotaram as arquibancadas do Beira-Rio para ver o primeiro título de Libertadores do Internacional. Mas o jogo não foi fácil. O time gaúcho até saiu na frente com Fernandão, mas viu o São Paulo reagir rapidamente com Fabão. Depois, Tinga recolou os gaúchos na frente, só que acabou expulso, deixando o time gaúcho com um a menos.

Depois da expulsão de Tinga começou, então, uma das maiores pressões que o Beira-Rio já viu. A defesa do Internacional fazia o que podia para segurar o ímpeto do São Paulo, que acabou empatando novamente, desta vez com o Lenílson. Com o 2 a 2 no placar, mais um tento levaria a decisão para os pênaltis, mas o goleiro Clemer, e toda a defesa do Internacional, não estavam disposto a permitir isso. Com verdadeiros milagres, o sistema defensivo Colorado segurou a pressão, e garantiu o primeiro título de Libertadores do Internacional.

Clemer leva o troféu da Libertadores para a torcida do Internacional. Foto: Divulgação
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