Basquete

Protagonista no Lynx, Damiris projeta evolução na Seleção Brasileira

Damiris Lynx
Stephen Gosling/NBAE via Getty Images

Há seis anos na WNBA, principal liga de basquete do mundo, Damiris Dantas tem alcançado cada vez mais destaque na equipe do Minnesota Lynx. A jogadora de 28 anos vive o melhor momento na carreira e agora quer alcançar o status na Seleção Brasileira.

Desde 2010 no time nacional, a ala vê com bons olhos os últimos passos na Seleção Brasileira desde a chegada do técnico José Neto, mas lamentou a falta da vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Para Damiris, o time passa por uma “evolução e coisas boas vão acontecer com o grupo”.

— Me sinto mais madura, experiente, confiante e acredito que isso possa acrescentar muito na Seleção Brasileira. Infelizmente a última competição não foi como esperado e não conseguimos a vaga, mas sinto que é um grupo em evolução e coisas boas vão acontecer com o grupo — afirmou Damiris, em entrevista coletiva.

De volta desde o final de julho, a WNBA vive a fase dos playoffs e definirá todos os confrontos da segunda fase da liga nesta terça-feira (15). Com o Minnesota Lynx, Damiris bateu todos os seus números pessoais na liga e, como um prêmio, alcançou a renovação de contrato por mais dois anos. Única brasileira na competição, a jogadora contou os bastidores do acerto e disse estar “ansiosa” com a definição do adversários do mata-mata.

— Esse era um dos meus objetivos para essa temporada. Na semana passada, a técnica entrou em contato com a minha empresária e buscou a renovação. Eu fiquei surpresa pois imaginava que aconteceria apenas no final do ano, mas eu feliz por que eu não tinha o que pensar, apenas aceitar e jogar as duas temporadas bem […] Escolher um adversário não é algo que eu gosto pois na WNBA não tem jogo fácil. Estou ansiosa para saber que será o adversário. Eu prefiro esse esquema por que há uma definição mais rápida dos confrontos.

Inspiração para a próxima geração, Damiris é uma das vozes do Minnesota Lynx na luta contra o racismo e por igualdade de gênero. Em um ano atípico na liga, a brasileira revelou como foi o histórico momento da paralisação dos jogos devido a brutalidade policial que assassinou George Floyd e Breonna Taylor, cidadãos estadunidenses.

— A conversa começou um dia antes sobre o que poderíamos fazer. Houve uma reunião da comissão de atletas e sabíamos apenas de detalhes. Fomos jogar no dia seguinte, mas quando chegamos vimos os times de Washington, Atletas e Los Angeles e falaram que a liga estava se dedicando para combater o racismo, mas não houve melhoras e precisávamos fazer algo para as pessoas ouvirem. Surgiu a ideia de não jogarmos e assim aconteceu. Nós temos que aproveitar essa plataforma e visibilidade para fazer isso, lutar pela nossa voz.

O episódio citado por Damiris inclusive foi motivo de elogios de uma das principais figuras políticas dos Estados Unidos. Um dia após o protesto, o ex-presidente, Barack Obama, foi as redes comentar a atitude dos jogadores da NBA e WNBA e pediu que todas as instituições lutassem pelos valores do povo afro-americano.

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