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Quarenta anos da conclusão do Olímpico: A trajetória do monumental gremista

Estádio Olímpico
Estádio Olímpico Monumental Foto: Divulgação/Grêmio

Em 1950, quando o arquiteto Plínio Oliveira Almeida recebeu o projeto do novo estádio do Grêmio, ele não imaginava que levaria mais de vinte anos para concluir. Apesar da obra ter sido inaugurada em 1954, ela não estava finalizado, faltando o anel superior. Era 21 de junho de 1980 quando o Estádio Olímpico teve sua construção concluída, vinte e seis anos após sua inauguração oficial  O estádios das glórias, considerado por muitos torcedores gremistas como o maior monumento à história do clube. Lá em 1980, o Olímpico recebia o nome de Estádio Olímpico Monumental e, sete anos após a sua última partida, ainda é uma das partes mais importantes do tricolor gaúcho. Nele, o Grêmio construiu sua era de ouro, vivenciou as batalhas mais importantes e saiu de lá como vencedor. A primeira partida do estádio reformado foi um amistoso contra o Vasco da Gama, com vitória do time da casa por 1 a 0. O último jogo oficial, em 2013, foi contra o Veranópolis pelo Campeonato Gaúcho.

                 

Foi logo depois, em 26 de abril de 1981 quando o Olímpico registrou o maior público de sua história: 98.471 pessoas, numa partida contra a Ponte Preta. Mas esse foi apenas o primeiro passo. Em 1983 veio o primeiro grande título do Monumental: o tricolor conquistou o Bicampeonato da Libertadores. Com De Léon e Renato Portaluppi, o time gaúcho venceu o Peñarol em casa. Nos anos seguintes o Grêmio venceu mais uma vez a Libertadores, venceu a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e muitos outros. Ao todo, em 59 anos de Olímpico Monumental, somaram 47 títulos. Foram 1767 jogos, com um total de 1159 vitórias, 381 empates e apenas 227 derrotas.

Hoje, o Estádio Olímpico, no bairro da Azenha em Porto Alegre, está bem diferente do que já foi um dia. Desde que o Grêmio foi para a Arena, sua nova casa, o Monumental vive sozinho. As chaves seguem sob o domínio do clube, mas um impasse com a construtora OAS deixou o Olímpico sem ver as cores do futebol. O que restou do Monumental ainda atrai gremistas que passam para matar a saudade dos velhos tempos, mas ninguém está autorizado a entrar. O acordo feito entre o Grêmio e a OAS previa a construção de um novo estádio, a Arena, e como parte do pagamento o tricolor cederia o Olímpico. Antes da entrega, porém, houve mudança na direção gremista. Paulo Odone deu lugar a Fábio Koff, que pediu a revisão dos contrato com a empreiteira. No meio das revisões, a OAS caiu na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que desvendou esquema de propina em obras da Petrobras. Hoje o Grêmio busca assumir completamente a gestão da Arena, mas mantém o Olímpico com garantia, mesmo que seja a garantia de um estádio vazio. 

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