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Questionado sobre Zé Gabriel, Coudet diz: “No Inter não há titulares”

Ricardo Duarte/Internacional

O Internacional venceu o Botafogo por 2 a 0 nesse sábado (29) no Engenhão, consagrando-se líder da rodada. O colorado tomou a frente do placar logo no inicio do primeiro tempo e abriu espaços para atrasar as linhas de marcação para tentar conter o adversário. Coudet demonstrou saber aproveitar a vantagem além de ter um time que está bem estruturado defensivamente. Questionado sobre a titularidade de Zé Gabriel em entrevista coletiva o treinador respondeu:

– No Inter não há titulares. Temos um grupo de jogadores e deixo bem claro que nenhum é titular. Vou tratar de alinhar o que cada um tem de melhor para dar – disse Coudet.

ZÉ GABRIEL OU MOLEDO?

Ricardo Duarte/Internacional

A visão do treinador vai além da ideia de titulares e reservas para um modelo que se adapta com a proposta de jogo. Isso é exposto quando Coudet opta pela escolha de um volante novato para compôr a dupla de defesa – mesmo tendo um zagueiro experiente à disposição.

A justificativa do treinador para começar com Zé Gabriel – priorizando a posse de bola e a qualidade na saída do time – pode ser demonstrada em números: nas bolas longas o jogador acertou 4 das 5 tentativas. Entre os 58 passes dados por ele, 55 foram certos – uma precisão altíssima de 95%. Para além da qualidade ofensiva, Zé Gabriel teve também 3 cortes pontuais e 3 interceptações.

A entrada de Rodrigo Moledo, mesmo sendo devido à câimbra sentida por Zé Gabriel, compactua com a ideia de Coudet. Moledo é requisitado pela torcida porque entra exatamente para garantir o que fez: blindar completamente o setor defensivo. Com apenas 12 minutos de participação, o zagueiro teve 3 disputas de bola aérea e ganhou todas, em um momento onde o time estava sendo mais agredido na partida. A entrada do camisa 4 nunca foi descartada e pode ser essencial para garantir vantagens conquistadas por um Inter que procura decidir a partida cedo.

SEM TITULARES, SEM RÓTULOS

No Brasileirão o Inter tem 83% de aproveitamento, 10 gols marcados – melhor ataque – e apenas 2 sofridos. A política do treinador vem dando certo e fica clara até mesmo nas atuações e palavras de Galhardo, multifuncional dentro do elenco de Coudet. Também em coletiva, o jogador disse ficar confortável abrindo espaço entre os dois zagueiros com o suporte de D’alessandro. Antes meia, depois segundo atacante e agora encarregado de carregar uma “camisa 9 temporária”, a flexibilidade de Galhardo impressiona, assim como a do restante do time:

– A forma como o Chacho joga, obviamente, facilita o meu trabalho porque ele nos dá liberdade total de flutuação […] se quiserem rotular assim, como atacante, centroavante, não tem problema – comenta Galhardo.

A TRINCA DO MEIO

Edenílson: Botafogo 0 x 2 Inter – mapa de calor (Reprodução/Sofascore)

Se não é possível rotular o artilheiro do campeonato com 4 gols até aqui, rotular Edenilson também não é tarefa fácil. Motor do time de Coudet no meio campo, o jogador vem se adaptando às necessidades do elenco a cada partida, dando suporte por ambos os lados ofensivos. Constantemente troca de posições com Boschilia pela direita dando dinamismo para infiltração vertical. Patrick permanece mais pela esquerda permitindo ao time ter uma ideia de ataque mais marcada pela imposição física.

Alternando posições e seguindo a dinâmica de Edenílson que aproveita a velocidade de Boschilia pela direita ou a força de Patrick pela esquerda, o trio de meias define o ataque com bola do time. Para Coudet pode não haver titulares, mas para não começar jogando com esses três alguma necessidade específica deve ser apresentada.

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