Atlético-MG

Rafael Menin, mecenas do Atlético, explica gestão do clube: ‘Chegar até 2026 devendo apenas o Profut’

Foto: Divulgação / MRV

O Atlético é um dos clubes que mais chama atenção no futebol brasileiro ultimamente, não só pelo que apresenta em campo, como também pelo que apresenta fora dele. As grandes contratações e o time forte, com estrelas, mesmo com a dívida em mais de R$1 bilhão, causam questionamentos. Um dos gestores e investidores do clube, Rafael Menin, falou sobre o que está acontecendo no Galo, para o canal Fala Galo, no youtube.

Explicando um pouco sobre o início desse projeto, Rafael contou que o Atlético pagou mais de R$ 500 milhões só de juros na última década. Além disso, as despesas não pagas do passado, impedem o clube de ser um “clube viável” já hoje, pois teria essa condição.

O fluxo de caixa do clube é altamente comprometido – Rafael Menin

+ Arena MRV 500 dias: estádio do Atlético está 35% concluído e com arrecadação acima do esperado

Segundo Rafael, o Atlético hoje, com despesa administrativa, viagem, impostos, time feminino, masculino, base, comissão técnica, entre outros, custa cerca de R$ 300 milhões por ano. A folha de pagamento atual gira em torno de 13 e 15 milhões de reais por mês:

— Se excluirmos esses efeitos do passado, e pegarmos apenas a despesa corrente, o clube tem toda as condições, sem a Arena (MRV) pronta, de ter uma receita de R$ 350 a R$ 400 milhões. Então o Atlético de 2021, seria um clube viável. Com a arena pronta, essa receita vai pra uns R$ 450 milhões. Se tivermos uma divisão de base de altíssimo nível e conseguirmos vender atletas no preço correto, chegaremos aos R$ 500 milhões.

Para tentar diminuir essa dívida que impede o clube de ser viável, o gestor revelou que o pensamento é chegar até o fim de 2026 devendo apenas o Profut, que são cerca de R$ 300 milhões que o Atlético já tem acertado o pagamento ao longo dos próximos 25 anos: “Então temos que pagar, de 2021 a 2026, por volta de R$ 800 milhões em dívida“.

Parte da dívida vai ser pago com resultado operacional, a partir de 2023 o clube passa a ter bons resultados nesse quesito. E parte da dívida, de acordo com a consultoria que a gente contratou, acha que o Atlético deveria fazer uma otimização do seu ativo imobiliário, que é de mais ou menos R$ 400 milhões – explica Rafael Menin, afirmando que o Galo é um dos poucos clubes que tem essa condição

+ Torcedor do Atlético, rapper Djonga alfineta o Cruzeiro: ‘Podendo acabar, que acabe’

Rafael Menin ao lado de Ronaldinho Gaúcho, em visita do ex-jogador as obras da Arena MRV – FOTO: BRUNO CANTINI / AGÊNCIA GALO / ATLÉTICO

+ Atlético-MG é o segundo time sul-americano que mais gastou na última década; foram 74 contratados

Para fechar o ano de 2021, Menin afirmou que é muito difícil que o clube feche o ano já com a dívida abaixo do R$ 1 bilhão, mas que é possível a depender de vendas e desempenho esportivo: “Vamos ter que ter um atleta bem vendido na janela de dezembro“. Esse atleta, citado, como exemplo, pelo próprio Rafael, pode ser Guilherme Arana, talvez hoje o maior ativo do elenco atleticano.

Mas o torcedor pode ficar despreocupado com as possíveis vendas de jogadores, segundo rafael, o clube já tem hoje o mapeamento de vários jogadores para substituir qualquer um que seja negociado pelo alvinegro:

— A gente tem o que chamamos de ‘time fantasma’. Pegamos cada atleta do nosso elenco profissional e temos mapeado no futebol brasileiro, sul-americano e europeu, atletas com desempenho parecido. Então temos duas ou três opções pra cada atleta do time principal”

Por Alecsander Heinrick

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo