Automobilismo

Red Bull brilha na estratégia e Sérgio Pérez vence GP de Mônaco

Perez Red Bull
Divulgação/Red Bull Racing

Quem esperava tédio no GP de Mônaco recebeu, neste domingo (29), uma das provas mais estratégicas da temporada. A chuva pouco antes da largada bagunçou o planejamento das equipes e premiou os mais ousados: Sérgio Pérez, da Red Bull, venceu a prova, seguido por Carlos Sainz, da Ferrari. Ambos arriscaram na hora certa. Max Verstappen, da Red Bull, fechou o pódio.

Charles Leclerc largou na pole, mas sofreu com o péssimo timming da Ferrari para os pits stops. Na troca dos intermediários para os slicks, perdeu tempo esperando Sainz ser liberado – e a reclamação, pelo rádio, foi ouvida em alto e bom tom.

Com a vitória, Pérez foi a 110 pontos, na terceira posição. Verstappen ainda é líder (125 pts), seguido de perto por Leclerc 116 pts). Entre os construtores, a Red Bull mantém a liderança (195 pts), com a Ferrari em segundo (169 pts).

A F1 segue nos circuitos de rua, com o GP do Azerbaijão no próximo dia 12 de junho.

A corrida

A chuva deu as caras minutos antes da largada, obrigando a direção de prova a adiar o início do GP de Mônaco. Nem a volta de apresentação atrás do safety car convenceu sobre as condições de segurança e a bandeira vermelha segurou a ação por mais de uma hora além do horário marcado.

A largada em movimento facilitou o trabalho de Carlos Sainz, que não teve trabalho com os ataques de Verstappen. Na frente, Leclerc precisou de braço para segurar o carro, que perdeu aderência e quase foi parar no muro.

A pista bastante escorregadia impunha um desafio duplo à pilotos e equipes: tracionar nos pontos certos para evitar uma batida e escolher a melhor hora de abandonar os pneus de chuva forte e optar pelos intermediários. Pierre Gasly foi um dos primeiros a trocar e teve melhores condições para atacar Guanyu Zhou e Daniel Ricciardo.

Nas estratégias de troca, melhor para Sergio Pérez e Carlos Sainz, que pararam na hora certa para colocar pneus de pista seca e superaram Verstappen e Leclerc, assumindo as duas primeiras posições. O monegasco deu mais azar, com a trocas ocorrendo em momentos de maior tráfego – na mudança para slicks duros, perdeu tempo esperando Sainz sair dos boxes.

A segunda bandeira vermelha do dia foi causada por Mick Schumacher, da Haas. O alemão perdeu o controle na área da Piscina e bateu na barreira de pneus. O carro partiu ao meio, mas o piloto não sofreu lesões.

Nesse ponto, Ferrari e Red Bull seguiram caminhos diferentes: enquanto os italianos permaneceram com pneus duros, os rubro-taurinos optaram por médios, ajudando Pérez a manter a liderança da prova, mesmo com o DRS liberado.

Nas últimas voltas, os quatro primeiros colocados andaram colados. Infelizmente, o traçado de Mônaco travou qualquer chance de uma briga mais franca entre eles. A única reclamação gira em torno de Verstappen: o holandês cruzou a linha amarela ao sair dos boxes, o que não é permitido – os comissários, porém, não chegaram a investigar o incidente.

Com todas as interrupções, a prova terminou no estouro do tempo máximo de três horas previsto em regulamento. Como os pilotos percorreram ais de 75% das voltas, a pontuação completa foi atribuída.

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