Com tanto tempo sem futebol, a memória do torcedor serviu de alento durante a paralisação dos jogos e competições, em função da pandemia causada pelo novo coronavírus. Momentos de glórias, títulos e goleadas.
No entanto, com a proximidade do retorno do Campeonato Mineiro, uma lembrança celeste tende a voltar com tudo: o título da competição conquistado pelo clube no ano passado, um início feliz para uma campanha desastrosa e um fim trágico e inesperado.
Nem o torcedor mais pessimista ou mesmo o maior rival imaginaria que o clube passaria por tantos problemas, dentro e fora de campo, e terminaria o ano de 2019 amargando a queda inédita à Série B do Campeonato Brasileiro.
Após a conquista do bi campeonato estadual pela Raposa, que vinha de duas temporadas brilhantes com a conquista do também bi campeonato da Copa do Brasil, de forma consecutiva, o Cruzeiro se perdeu.
Naquela final, a Raposa encarou o Atlético-MG, seu maior rival, e se sagrou campeão invicto após o empate por 1 a 1, no Estádio Independência. Isso porque a equipe celeste havia derrotado o time alvinegro na partida de ida, no Mineirão, por 2 a 1, com gols de Marquinhos Gabriel e Leo.
O troféu levantado pelo capitão celeste, Henrique, no dia 20 de abril de 2019, se juntou aos outros 37 canecos do Campeonato Mineiro conquistados pela Raposa.
Porém, as conquistas do ano ficaram por ali, e aos poucos o cenário atual da equipe estrelada foi sendo desenhado. Após denúncias, veio à tona uma série de problemáticas. Foram descobertas empresas de fachada, contratos errôneos e dívidas enormes que o clube mantinha.
O extra campo influenciou e a campanha do Cruzeiro, que já não era muito boa nas demais competições do ano, desandou. O desempenho dos jogadores caiu, técnicos foram derrubados e o elenco, rachado.
O clube, já eliminado da Libertados e da Copa do Brasil, tentava com todas as forças não cair para a Série B do Campeonato Brasileiro, algo inédito para o torcedor celeste. Mas, com o mal futebol apresentado e os problemas envolvendo o time azul e branco, a queda foi inevitável.
O cruzeirense, talvez, gostaria de voltar no passado e viver para sempre naquela ou nas demais conquistas do clube, para que esse novo início de Campeonato Mineiro não relembrasse todos esses episódios.
Mas, aconteceu, e se tem, domingo, às 11h, contra a URT, um novo início para a competição, paralisada devido a pandemia, e, também, para o Cruzeiro. Qual será a nova lembrança celeste?
