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Renato Gaúcho faz mistério antes da final da Libertadores: ‘Não vou falar quem está 100%’

Renato Gaúcho faz mistério antes da final da Libertadores: ‘Não vou falar quem está 100%’
Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

Na última entrevista coletiva antes da final da Copa Libertadores da América, marcada para este sábado (27), às 17h (horário de Brasília), no estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai, o técnico do Flamengo, Renato Gaúcho, foi questionado se Bruno Henrique e Arrascaeta serão titulares. O treinador fez mistério, no entanto, comemorou o fato de ter todo o elenco, exceto o zagueiro Léo Pereira, suspenso, à disposição para a decisão com o Palmeiras.

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– Acho que o importante é que a gente seguiu o nosso planejamento visando essa partida da final da Libertadores, contra o Palmeiras. Tudo que nós poderíamos ter feito a gente fez para recuperar todos os jogadores. Lógico que eu não vou falar quem está 100% e quem não está, a sua pergunta é válida. Acho que o importante é que todo grupo está à disposição para a partida de amanhã – disse.

Como técnico, Renato Gaúcho irá disputar a sua terceira final de Libertadores. Em 2008, o treinador foi vice com o Fluminense, já em 2017 foi campeão com o Grêmio. O comandante rubro-negro afirmou que isso “é para poucos” e falou que espera muitas emoções pela maneira que Flamengo e Palmeiras jogam.

– O sentimento é de um sonho realizado. Mais uma final de Libertadores. É para poucos treinadores. Estou tendo esse privilégio pelo Flamengo. O Abel (Ferreira) também. O sentimento é dever cumprido à frente de um grupo maravilhoso, de uma torcida imensa e uma cobrança enorme. Estamos preparados para isso. Espero que o Flamengo consiga o tricampeonato. Sabemos que nosso adversário também quer. Mas nós fizemos tudo o que poderíamos fazer para esse jogo. São times que jogam para frente, que buscam o gol, e chegaram por méritos. Acredito em muitas emoções – falou.

Renato Gaúcho voltou a mostrar incômodo com a insinuação de que teria “aliviado” para o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro.

– Meu coração está ótimo. Estou bem preparado. Não deveria falar isso hoje… mas o que posso dizer para alguns colegas seus, que insinuaram… não entendem nada de futebol. São escrotos. Não tem um aqui na frente para me perguntar. A escrotidão não vou tirar nunca. Mas o coração está bem, com adrenalina a mil. Uma final da Libertadores é para poucos. Estou muito honrado e feliz – disse.

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Vai usar Michael?

– Fico feliz de termos recuperado o Michael. Lembro o estágio que ele estava quando cheguei. O Flamengo tem grandes jogadores. Tem Arrascaeta, Bruno Henrique, Gabigol… essa dor de cabeça é boa para todo treinador. Não sou eu quem faço as regras, só podem começar 11. O importante é eu estar com todos à disposição.

Avaliação do trabalho

– Quem tem que responder é o Marcos Braz, junto com o presidente. Minha consciência está tranquila, os números não mentem. Estou vacinado com isso. Minha cabeça está voltada para decisão, quero ser campeão pelo Flamengo. No futebol, ou ganha, ou perde. Mas fizemos tudo o que poderíamos ter feito.

Muitas finalizações dos adversários nos últimos jogos

– Ficamos mais expostos na nossa forma de jogar. Mas foram equipes diferentes. Apesar desses números, vencemos o Inter e empatarmos com o Grêmio. Jogamos para frente. Na década de 80 o Flamengo fazia muitos gols e levava também. Nós temos os cuidados defensivos, treinamos para não dar chances. O mais importante é que criamos muitos e temos feitos os gols. Em uma decisão, temos que dar menos chances possível.

Alternância de favoritismo

– Nem vocês (jornalistas) se entendem… Uma hora um é favorito, depois é o outro. Para mim, não vejo favorito, conversei isso com Marcos (Braz) e Bruno (Spindel) vindo para cá. São duas grandes equipes, com jogadores de seleção, os dois últimos campeões. Chegam com méritos. Eu não acredito em favoritismo. Todas as equipes se preparam bem. Tudo pode acontecer.

Estilo de jogo do Flamengo na final

– Não podemos ficar só no plano A, tem que ter o B, C… O mais importante é poder ter essa mudança durante o jogo. Treinamos de várias maneiras. Vão acontecer de acordo com o que acontecer no jogo. Mas todos sabem a maneira que gosto. Os números dos gols dizem tudo. A equipe gosta de jogar com a posse de bola, mas com objetividade. Às vezes cedemos contra-ataque sim, mas faz parte. Quanto mais ataco, estou mais perto da vitória.

“No Brasil, só dão importância para quem ganha”

– Trabalhamos em busca dos resultados, dos títulos. Entramos para ganhar, mas o adversário também. Amanhã temos uma decisão. O mais importante é que chegamos por méritos. Aqui no Brasil, infelizmente, só dão importância para quem ganha. No Fluminense, em 2008, perdemos e ninguém era bom no dia seguinte. Na Europa é diferente. Mas estou vacinado.

Chance do tricampeonato pessoal

– Ontem disse aos jogadores: durmam e deixem o filme passar na cabeça. Vejam o quanto é bom, e eles sabem, já foram campeões. Está passando na minha cabeça há um mês. Sonhem com isso e realizem dentro do campo. Todos buscam. Para a carreira de todos é importante o tri. O Flamengo, depois de 40 anos, ganhou. Muito tempo para um clube grande. Agora, dois anos depois, está na final de novo. Se Deus quiser vamos nos abraçar depois do jogo. Vamos procurar realizar esse sonho.

Torcida do Flamengo

– Pode esperar uma entrega muito grande, determinação. Trabalhamos para isso. O torcedor pode ficar tranquilo. O Flamengo é sempre muito forte nas decisões. Fizemos tudo que era possível. Recuperamos os jogadores, e agora podem esperar uma garra muito grande.

Arbitragem experiente

– É um grande árbitro, tenho acompanhado o trabalho dele. Confiança total. Acho que o Palmeiras ficou satisfeito também. É conhecido mundialmente. Minha preocupação foi em armar o time e deixar o árbitro fazer o trabalho dele.

“Controlar as emoções”

– Final vai sempre ser um jogo tenso, cada lado tentando neutralizar o que outro tem de melhor. Temos conseguido controlar as emoções nas finais. Acreditamos no que estamos fazendo, e amanhã não será diferente. Tentar fazer nosso melhor possível e reduzir os erros.

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