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Renato Portaluppi fala da saída do Grêmio e detona dirigente

Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Renato Portaluppi não é mais técnico do Grêmio desde o dia 15 de abril, quando foi anunciada de forma oficial seu desligamento do clube. Depois de quase um mês longe dos holofotes, o técnico voltou a tona na última segunda-feira (10), passou a limpo sua saída do tricolor e falou de outros assuntos polêmicos.

O técnico participou do programa “Bem, Amigos!”, no canal SporTV. Entre vários assuntos, o técnico destacou a sua saída do clube e sua relação com o presidente Romildo Bolzan Júnior.

– Todas as decisões que eram tomadas eu tomava diretamente com o presidente. Sempre procuramos tomar as melhores decisões para o clube. E foi assim que nesse tempo conquistamos os títulos. Então acho que a maior prova disso é que na véspera da minha viagem, quando já estava recuperado da Covid-19, o presidente Romildo foi me visitar no hotel e chorou bastante, eu assinei algumas camisas para ele. Eu chorei também. Até porque não jogamos fora quatro anos e sete meses assim. Foi um grande trabalho, de muitas conquistas e eu fiquei muito feliz com a despedida da torcida. Vou mandar um abraço especial para a Geral do Grêmio – disse.

Imagem: Reprodução/SporTV

Renato Portaluppi também citou, sem se referir a pessoa diretamente, a entrevista dada pelo vice-presidente gremista Cláudio Oderich como um dos fatores que o levaram a tomar a decisão de encerrar o ciclo no time. Na ocasião, o dirigente afirmou que o trabalho deveria ser reavaliado. O ex-técnico do Grêmio foi enfático que aquilo o deixou descontente.

– Muitas coisas foram faladas depois que o Grêmio foi eliminado do jogo da pré-Libertadores. Eu estava ainda me recuperando da Covid-19 e ouvi certas coisas de uma pessoa. Não vale a pena comentar, mas eu não gostei. Aí eu fui dormir. No dia seguinte, tocou o telefone. Era a minha esposa. E ela falou assim: arruma as malas e vem embora. Todo ciclo tem um início, meio e fim – disparou.

– Não vou dar moral para gente que não ajuda, bem pelo contrário, atrapalha. (Ele) Tem vontade de ser presidente do Grêmio, mas não vai ser nunca. Essa é a verdade. Escutar algo de quem faz pelo clube, você engole. Se eu contasse minhas histórias dessa pessoa, não sei como iria viver em Porto Alegre. Então eu fico calado – complementou

Despedida do Grêmio e perspectiva para o futuro

Renato Portaluppi também relembrou o fato da despedida proporcionada pelos jogadores do clube. A equipe estava concentrada no mesmo hotel em que o técnico morava em Porto Alegre dois dias após confirmada a sua saída e invadiram o quarto de Renato.

– Aquilo mexeu muito comigo. Mandei eles embora dali e fiquei mais umas três horas chorando. Matheusinho, Diego, todos diziam que iam fazer churrasco de despedida. Pensei e não quis que fizessem porque meu coração não ia aguentar – afirmou.

Outra questão levantada pelos participantes do programa, foi sobre a vontade do técnico trabalhar na seleção brasileira. Portaluppi reafirmou seu desejo e revelou que não pretende sair do Brasil antes de ganhar esta oportunidade.

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