Eurocopa

Renovação, reconstrução e chance de fazer história: como chegam Itália e Inglaterra à decisão da Euro 2020

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COLORSPORT ANDREW COWIE via Imago Images

No próximo domingo, dia 11 de julho, iremos conhecer a seleção campeã da Euro 2020. Em uma edição marcada por surpresas boas, como Suíça e Dinamarca, e também por surpresas ruins, entre elas França, Alemanha e Portugal, Itália e Inglaterra chegam à decisão em Wembley com boas credenciais.

São várias as palavras-chave que descrevem o processo de reestruturação da Azzurra e de mentalidade vencedora do English Team. E você acompanha no Esporte News Mundo a caminhada das duas seleções até a final da Euro em Wembley.

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ITÁLIA: RENASCIMENTO DE UMA SELEÇÃO TIDA COMO MORTA

Quando se fala em renascimento, não se pode deixar os italianos de fora. Berço da renascença artística, cultural e social após a idade média, com grandes artistas e pensadores, a Itália conquistou seu espaço no futebol praticamente desde o início. Tetracampeã do mundo (1934, 1938, 1982 e 2006), a Azzurra, no entanto, perdeu seu brio após seu apogeu no século XXI.

Após a conquista do mundial de 2006, a Itália adentrou em um mar de humilhações em torneios de primeira grandeza. Eliminada na fase de grupos em 2010 disputando contra Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia e repetiu o vexame em 2014, quando deixou a competição junto, curiosamente, da Inglaterra na mesma fase e viu Uruguai e Costa Rica avançarem.

Mas o pior veio em 2017, quando pela terceira vez em sua história, a Azzurra ficava de fora de uma Copa do Mundo e não iria disputar o Mundial de 2018 na Rússia. Ali, parecia o fundo do poço, a morte da seleção italiana, o fim.

Entretanto, estamos falando da terra da renascença. Após o ídolo e ex-centroavante italiano, Roberto Mancini, assumir o comando técnico da Itália, a coisa tomou um rumo diferente: 33 jogos de invencibilidade. A Azzurra não perde uma partida desde 2018. Aliado aos resultados, vem o belo futebol apresentado com nomes resgatados do futebol italiano.

Apesar de, historicamente, ter seu estilo de jogo associado à uma escola de grandes defesas, a Itália de Mancini prefere jogar com a bola no pé e dominar seus adversários. E foi assim que, desde a fase de grupos, a Azzurra deu show na Euro de 2020 e chegou até a final, batendo equipes de renome e qualidade como a Bélgica nas quartas e Espanha na semifinal. Na fase de grupos, 100% de aproveitamento contra Turquia, País de Gales e Suíça. Nas oitavas, vitória difícil contra os austríacos.

No domingo, os italianos tem a chance de reescrever seu nome na história do futebol e recuperar a essência vitoriosa da Itália, que ficou perdida por mais de uma década.

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INGLATERRA: AGORA VAI?

Do outro lado do ringue, os ingleses chegam à sua primeira final de Eurocopa em toda a longeva história do futebol. Desde 1966 que a Inglaterra não alcança uma final sequer, sendo a última há 55 anos no mesmo Wembley, quando derrotou a Alemanha por 4 a 2 e sagrou-se campeã do mundo, de forma polêmica.

Ao longo dos anos, o English Team acumulou fracassos e derrotas vexatórias na hora do “vamos ver”. Tida como “mãe-fundadora” do futebol como conhecemos hoje, a Inglaterra viu uma grande geração nos anos 2000 ser batida com facilidade em Copas do Mundo. Nem o mais pessimista britânico imaginara.

No entanto, a coisa mudou de 2018 para cá. Sob o comando do questionado Gareth Southgate, os ingleses surpreenderam na Copa da Rússia e chegaram à semifinal, mas acabaram derrotados por um ótimo time croata, na prorrogação. Apesar da eliminação, o clima de otimismo desde então aumentou, aliados à uma seleção renovada e ao campeonato nacional, a Premier League, sendo o mais forte do mundo na atualidade.

Na Euro, a Inglaterra sofreu apenas um gol e tem a melhor defesa da competição. E conta com nomes como Harry Kane, Raheem Sterling, Phil Foden e Mason Mount no ataque. E chegam à final em sua casa histórica, Wembley, onde há 55 anos conquistou o mundo. No caminho, o English Team passou de um grupo que tinha Escócia, República Tcheca e Croácia.

Na fase final, eliminaram a grande rival Alemanha nas oitavas e a Ucrânia nas quartas. Na semifinal, o jogo mais complicado, contra a Dinamarca. A classificação inglesa foi definida na prorrogação, com gol de Kane após rebote de pênalti controverso.

O destino futebolístico quis que Itália e Inglaterra, duas seleções marcadas pelo fracasso recente, se cruzassem na chance de exorcizar um fantasma que incomoda. Para a Itália, vale o símbolo de reconstrução e de sobrevida. Para a Inglaterra, vale a chance de, finalmente, expurgar todos os seus demônios de gerações passadas que tinham tudo para ser vitoriosas, mas deixaram a desejar. Vale a consolidação no hall de grandes do futebol, nos gigantes da história.

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