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Retrospectiva 2021: o ano da frustração para o Vasco da Gama

Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

Mais um ano chegou ao fim para o Vasco da Gama, e, dessa vez, o torcedor não levará com ele muitas lembranças positivas de 2021. Considerado por muitos o pior ano da história do Vasco, o clube se viu numa enorme crise dentro de campo, culminando em um rebaixamento, ainda no Brasileirão 2020, e em uma frustrante Série B terminada na 10ª posição.

                 

Apesar de tamanha frustração, o time também viveu momentos de alegria em 2021 e, por isso, convidamos você a relembrar os principais capítulos do ano Cruzmaltino com nós do Esporte News Mundo nessa retrospectiva.

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Para começar, vale lembrar que o fim da temporada de 2020 foi disputada no início de 2021 por consequência dos efeitos da pandemia do COVID-19 no Brasil. Com isso, o Vasco iniciou o ano ainda na Série A lutando por sua permanência e vivendo um período de troca no comando. Vanderlei Luxemburgo era a aposta da diretoria para 2021 após um trabalho abaixo do esperado de Ricardo Sá Pinto. No entanto, a esperança trazida junta com o novo técnico foi, aos poucos, se transformando em frustração e logo culminou numa queda praticamente decretada, na 35ª rodada após uma acachapante derrota por 3 a 0 para o Fortaleza, concorrente direto na tabela naquela altura.

Ainda no Brasileirão 2020/21, o atacante Germán Cano protagonizou um dos lances mais dramáticos para os torcedores ao perder o pênalti que daria o empate contra o Internacional – até então, líder do campeonato – que manteria viva uma certa esperança de permanência na Série A.

Com a sua quarta queda para a Série B decretada, o Vasco foi ao mercado para se reforçar e apostou em alguns jogadores mais experientes na esperança de que eles acrescentassem mais ao elenco e facilitassem o tão sonhado acesso. Nomes como Michel, Zeca, Marquinhos Gabriel e Zeca foram alguns exemplos. Além disso, como Luxemburgo só permaneceria no time caso não fosse rebaixado, o clube foi atrás de um novo técnico e apostou em Marcelo Cabo, que terminou o Campeonato Brasileiro em 13º com o Atlético-GO após uma curta passagem.

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Com as apostas na mesa, o Vasco iniciou a temporada 2021 no dia 3 de março no Campeonato Carioca em uma derrota de 1 a 0 para a Portuguesa-RJ. Na Taça Guanabara (1ª fase do Cariocão), o time oscilou bastante e conseguiu apenas quatro vitórias em onze jogos. Como consequência disso, não ficou entre os quatro primeiros e, portanto, não se classificou para as finais da competição. Mas, apesar do Carioca ruim até então, o clube passou invicto pelos clássicos com dois empates por 1 a 1 contra Botafogo e Fluminense e uma incontestável vitória por 3 a 1 diante do Flamengo – um dos melhores momentos na temporada do Cruzmaltino.

Fora das finais, o Vasco foi disputar a Taça Rio, que se tratava, praticamente, de um torneio de consolação para os clubes que ficaram abaixo na tabela. Na semifinal venceu o Madureira após dois jogos muito apertados e na final derrotou o Botafogo nos pênaltis no segundo jogo e conquistou o título da competição.

A vitória recente sobre o Flamengo e o título da Taça Rio terem acontecido praticamente no intervalo de um mês, animaram a torcida e ajudaram a construir o momento de mais harmonia e esperança entre o clube e seu torcedor. No entanto, a Série B, principal objetivo da temporada, ainda estava por vir e era taxada por muitos como a maior de todos os tempos. Logo na estreia, o Gigante da Colina sofreu um choque de realidade e perdeu para o Operário por 2 a 0 dentro de São Januário.

A primeira vitória na segunda divisão veio apenas na terceira rodada diante do Brasil de Pelotas, fora de casa. Entretanto, em nenhum momento a equipe de Marcelo Cabo convencia, e isso era refletido nos resultados. O clube oscilava e em nenhum momento conseguiu manter, ao menos, uma sequência de três vitórias seguidas. Nesse cenário, Cabo parecia estar com os dias contados e sua demissão não demorou para chegar. Após o empate contra o Náutico – até então líder da competição – dentro de São Januário, o técnico não resistiu e caiu.

Lisca era o nome da vez para tentar reerguer e embalar o Vasco na Série B. Com muita experiência na competição e depois de bons trabalhos recentes, o técnico chegava com aprovação de quase todos os torcedores e era tido como solução dos problemas. Vale lembrar que antes mesmo de assumir o Vasco, Lisca chegou a rejeitar proposta do Botafogo que passava pelo mesmo período de transição.

Todavia, o que vimos do Gigante, em termos de resultado, foi mais do mesmo. Vitórias isoladas e muita oscilação fazendo com que o time jamais entrasse na briga direta pela vaga no G4 e estacionasse quase na metade da tabela. Com isso, Lisca não resistiu muito tempo no cargo e logo deu lugar a Fernando Diniz. Ao contrário do ex-técnico, Diniz chegava ao Gigante com uma boa parcela de rejeição devido aos seus últimos trabalhos terem sido muito criticados e por conta de seu estilo de jogo não encaixar com as peças presentes no elenco até então.

Além do novo comandante, o Vasco contava com o retorno de um querido jogador da torcida, Nenê, que estava de saída do Fluminense. Com a chegada da nova dupla, que já havia trabalhado junta antes, o time voltou a sonhar com o acesso para a Série A após conquistar pela primeira vez uma sequência de três vitórias. Nesse período de esperança, o clube chegou a conquistar quatro vitórias, três empate e apenas uma derrota nos oito primeiros jogos de Diniz.

No entanto, o caminho para percorrer era longo devido aos diversos tropeços ao decorrer do ano e a boa fase citada acima não foi suficiente para o Vasco se recuperar. A vitória sobre o Coritiba, no dia 16 de outubro, foi a última felicidade que o torcedor Cruzmaltino teve porque, depois disso, o time passou os últimos oito jogos da Série B sem vitórias e perdendo cinco deles. A permanência na Série B por mais um ano doeu tanto no torcedor como um novo rebaixamento e, novamente, proporcionou momentos trágicos para a história do clube; como foi na derrota para o Guarani, na qual o clube teve um pênalti aos 43 minutos do 2º tempo e Cano, mais uma vez, desperdiçou, culminando em uma inacreditável derrota para um concorrente direto e dando adeus para o sonho do acesso.

E, além de não vencer, o Vasco passou por certas humilhações nas rodadas finais, como foi na goleada sofrida pelo Botafogo por 4 a 0 em São Januário, a derrota por 3 a 0 para o Vitória (clube que viria a ser rebaixado) no mesmo lugar e o final de competição lastimável na última rodada perdendo novamente por 3 a 0, dessa vez para o Londrina, com Cano desperdiçando um pênalti mais uma vez.

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Enfim, 2021 foi um ano esquecível para os torcedores do Vasco e a esperança é que a reformulação no elenco, que já está sendo feita, seja suficiente para o clube retornar à elite em 2022. O principal objetivo será o retorno para a Série A, para, a partir disso, visar um novo caminho para que o clube não se limite à brigas contra o rebaixamento.

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