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Ricardo Oliveira diz que Sampaoli o pediu para brigar com o Atlético-MG para se transferir ao Santos

Ricardo Oliveira diz que Sampaoli o pediu para brigar com o Atlético-MG para se transferir ao Santos
Foto: Bruno Cantini/Atlético

O atacante Ricardo Oliveira foi até o canal do jornalista Jorge Nicola, no YouTube, onde deu uma entrevista sobre sua carreira e seu futuro. Durante uma de suas falas, o jogador soltou uma declaração forte envolvendo a sua estadia no Atlético-MG em 2019, quando Jorge Sampaoli era técnico do Santos e queria a contratação de Ricardo. De acordo com o atleta, o treinador argentino teria pedido ao centroavante para que brigasse com o Galo no intuito de se transferir para o Santos.

— O Jorge Sampaoli tinha acabado de chegar (no Santos), ele me queria no Santos em 2019, conversamos, trocávamos mensagem, ele insistiu para que eu pudesse brigar no Atlético para ir para o Santos e eu falei que não era do meu perfil brigar, que eu não vou brigar com o Atlético, não vou fazer isso. Se eu tiver que sair, vai ter que ser por um bem meu e do clube. O clube vai ter, de alguma forma, que ser compensado. O presidente na época era o Sérgio Sette Câmara ligou para mim e falou ‘Ricardo, por favor, não saia agora, eu que te trouxe para cá , você é uma aposta minha, você é um líder importante dentro do elenco, não saia agora. Eu posso falar que você vai permanecer aqui?’ Eu disse que pode, que ele tinha a minha palavra. No dia seguinte, ele deu a entrevista dizendo que eu não saio, que eu era a aposta dele, que ele que me trouxe, que é importante para o meu elenco e que era um líder positivo e que não ia sair, estava resolvido — contou Ricardo Oliveira.

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Ricardo Oliveira também contou como houve uma desorganização dentro do Atlético-MG durante a sua estadia no clube, com diversas trocas de treinadores e diretores técnicos.

— Eu fiquei muito decepcionado com a forma que aconteceu. Porque é o seguinte, se o jogador está produzindo, ele vale alguma coisa, mas se não, não vale o jogador e a pessoa. Se mistura isso e como é que você separa? A gente vive de fases, de momentos. Quando eu cheguei no Atlético em 2018, foi uma grande aposta, dei resultado, fui o artilheiro do time nesse ano, chegamos à final do Campeonato Mineiro e fiz dois gols no primeiro jogo. Em 2019 eu também fui artilheiro junto do Roger Guedes e em 2020 aconteceu da gente ter muitas mudanças. Eu sempre fui um cara muito sincero, quando eu não estava bem, eu sabia que estava devendo e eu vou e dou a cara para bater, eu não fujo disso, não fico dando voltinha e fico dando desculpa. Bato no peito e falo que sou culpado, digo que não estou bem, tenho que trabalhar para que eu volte à minha melhor forma. Infelizmente, em 2019, a gente já vinha sofrendo com muitas trocas de treinadores no Brasil. Eu tive, acho, que três ou quatro treinadores, e teve a mudança de diretor técnico do Alexandre Gallo para o Marques e depois ainda veio o Rui Costa, uma loucura, uma mudança dentro do clube, um entra e sai de jogadores — relatou o atacante.

Por fim, Ricardo Oliveira contou como teve a sua saída do Atlético-MG de uma forma conturbada no ano passado. Em 30 de julho de 2020, após ser afastado da equipe por opção técnica de Jorge Sampaoli, Ricardo conseguiu a rescisão unilateral de seu contrato com o Atlético alegando atraso de pagamentos.

— Enfim, eu comecei 2019 voando na pré-Libertadores, fazendo gols maravilhosos, mostrando que eu estava em forma. Começa 2020, vem a pandemia e todo mundo sumiu, não me atenderam e me comunicaram depois da reapresentação que eu não iria me reapresentar no primeiro momento, porque no início da retomada tinha que ser em grupo reduzido. Aí o tempo foi passando, ninguém me mandou mensagem, eu comecei a me manifestar até que me disseram: ‘Não contamos mais com você’, mas depois de tanto tempo e sem me pagar os vencimentos. Eu esperei até que não tive mais saída para resolver a situação, porque eu já vi que era algo mais pessoal e tive que entrar com um processo na Justiça — finalizou Ricardo.

Ricardo Oliveira, de 41 anos, marcou 37 gols em 110 jogos pelo Atlético-MG, sendo campeão mineiro com o Galo em 2020, sob o comando de Jorge Sampaoli.

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