Fluminense

Roger destaca blindagem após protestos e vibra com classificação: ‘Vamos competir até o final’

Foto: Lucas Merçon/FFC

O Fluminense teve uma semana agitada. Após a derrota para o Criciúma no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o Tricolor chegou a três derrotas consecutivas e gerou uma insatisfação na torcida. Na véspera do jogo decisivo contra o time catarinense, torcedores protestaram em frente ao CT Carlos Castilho e os principais alvos foram o técnico Roger Machado, o lateral-esquerdo Egídio e o meia Paulo Henrique Ganso.

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Sob pressão, o Fluminense conseguiu reverter a derrota no placar agregado após vencer o Criciúma por 3 a 0, neste sábado, no Maracanã, e garantiu a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Após a classificação, o técnico Roger Machado compreendeu as críticas dos torcedores, mas ressaltou a competitividade do elenco e destacou as atuações dos jogadores questionados, como Egídio, que colaborou com uma assistência.

– Por mais que as manifestações mostrem uma insatisfação por parte de alguns torcedores, o que a gente trata internamente é sempre manter tranquilidade, analisando com outra ótica, mais positiva e realista. A impressão que dá nesses momentos, sobretudo com as manifestações, é que a decisão já estava direcionada a favor do Criciúma. Nós sabíamos que era bem possível revertê-la – disse.

– Penso que nós atuamos bem. O resultado, talvez, não traduza a dificuldade que o adversário nos impôs. Isso gera confiança. Os jogadores questionados a gente passa confiança. Entendo opiniões externas, as preferências sobre quem deve estar em campo, mas analisamos com mais profundidade. Que bom que os questionados puderam responder. Isso tudo eleva a moral do grupo – completou.

Gabriel Teixeira marcou um dos gols da vitória do Fluminense sobre o Criciúma por 3 a 0 (Foto: Lucas Merçon/FFC)

Após a classificação na Copa do Brasil, o Fluminense terá outra decisão pela frente. O Tricolor recebe o Cerro Porteño-PAR, na próxima terça-feira, às 19h15 (de Brasília), pelo jogo de volta das oitavas de final da Libertadores. Na partida de ida, o Flu venceu por 2 a 0 e, com isso, pode perder até por um gol de diferença para avançar.

Confira outros trechos da coletiva:

Protestos da torcida

– Por maiores que sejam os problemas, nós buscamos sempre tentar manter a estabilidade que temos na parte interna. É buscar trabalhar diariamente para que as nossas emoções não estejam relacionadas ao que acontece no ambiente externo, tampouco as decisões que tomo em relação ao time, estratégia, escalação, etc.

Recado para a torcida

– Penso que convencemos com o resultado. Não vejo que você vai dominar um adversário o tempo inteiro. Mesmo estando duas divisões abaixo. Foi um jogo de características distintas. Maracanã ficou fechado 50 dias para a Copa América e o gramado está horrível. As dificuldades vão aparecer. O que eu gostaria de falar para o torcedor é que quando a gente tiver a oportunidade de atuar bem tecnicamente e não dar nenhuma chance pro adversário, vamos buscar fazer. Não temos um super time, temos um time competitivo. Não vamos fazer um futebol brilhante, como se imagina que o torcedor mereça ver. Esse grupo se caracterizou por não desistir nunca. O que eu diria é isso, acreditar que é possível sempre, mesmo que em algum momento eles se sintam menos representados dentro de campo. Esse time vai sempre competir até o final.

Criciúma

– O resultado, talvez, não traduza a dificuldade que o jogo foi, na verdade. Foi um placar de 3 a 0, que nos deu a margem para classificação, mas o Criciúma valorizou muito a nossa classificação, fez um jogo duríssimo, provando que, mesmo duas divisões abaixo, pôde fazer frente a um time da primeira divisão. 

Dificuldades

– Tivemos dificuldade na saída de bola. Precisa ter um campo em boas condições para sair lá de trás tocando. Não temos jogadores que tem a destreza de sair driblando lá de trás. Saímos tocando ou na condução do Martinelli. Criciúma encaixou bem a marcação e nos dificultou. Em função disso, preferimos brigar pela segunda bola e construir a partir dali. Algumas vezes conseguimos, outras tentamos levantar a bola desnecessariamente. Encontramos a solução quando não tivemos condição de fazer o jogo apoiado. Foi algo motivado pelo adversário, pelas nossas características e pela condição do gramado.

Luiz Henrique e Gabriel Teixeira

– Vou buscar posicionar os jogadores na maior parte do tempo, sobretudo os atacantes, para que eles corram o menor espaço de campo para trás. O que a gente precisa sempre lembrar é que não jogamos futebol americano, que tem um time ofensivo e outro defensivo. Preciso da participação deles. Marco zona com encaixe dentro das zonas. Tento diminuir o desgaste. Dos 105 metros de campo, vão fazer na maioria do tempo 70 a 80 metros, mas vão ter que voltar. Não dá para abrir mão disso. Não existe mais no futebol moderno o ponta descansar na frente da bola. Tento fazer com que eles consigam guardar energia para atacar. Luiz Henrique vem recuperando o seu jogo gradativamente, tem muito potencial. Temos alguns jogadores que nunca jogaram com presença da torcida no estádio. Biel tem valências físicas absurdas, tecnicamente é inteligente. Que bom que puderam decidir.

Nonato

– É um jogador que já esteve no meu radar em outros momentos, mas sempre foi difícil conseguir essa aproximação. É um grande acréscimo de qualidade que conseguimos. Primeiro, segundo e até terceiro homem de meio. Conduz muito bem a bola e tem capacidades defensivas. Podendo ser utilizado numa trinca de meio e até como meia. Estamos bem felizes de contar com ele.

Expulsão do Manoel

– O árbitro não percebeu que o Manoel já tinha amarelo. E quando foi dar o segundo não tinha mais como voltar atrás. Houve um excesso ali naquele lance. Não era para expulsão.

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