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Roger Machado vê superioridade do Fluminense no segundo tempo: ‘Fomos premiados’

Foto: Lucas Merçon/FFC

O Fluminense voltou a vencer no Campeonato Brasileiro após quatro partidas. O Tricolor virou a página da goleada sofrida para o Athletico-PR e venceu o Flamengo por 1 a 0, neste domingo, na Neo Química Arena, pela 9ª rodada do Brasileirão. O resultado espantou a má fase e fez a equipe de Roger Machado saltar na classificação, superando o próprio rival.

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A equipe tricolor chegou pressionada e precisando dar uma resposta após a sequência de quatro partidas sem vitória. O Fluminense foi dominado no primeiro tempo, mas cresceu na etapa final e venceu com gol de André, aos 45 minutos. O técnico Roger Machado exaltou a recuperação do time e celebrou a reabilitação no campeonato.

– Nós sempre temos que contextualizar a capacidade e tipo de jogo do adversário. Gostaria de poder ter ficado mais com a bola, de ter feito o Flamengo sofrer através da posse, mas nosso time não nos permite muitas vezes ter esse tipo de jogo. Temos que nos adaptar às características dos nossos jogadores. Na segunda etapa, buscando mais a velocidade em função até do Flamengo buscar o gol, a gente teve espaço e conseguiu aproveitar as costas. Foram dois tempos distintos. Fomos premiados com o gol no final, que garantiu a vitória e nos recoloca nos trilhos – avaliou o treinador.

Fluminense voltou a vencer após quatro partidas (Foto: Lucas Merçon/FFC)

Para o Fla-Flu 438, o técnico Roger Machado promoveu uma mudança na equipe titular: o treinador manteve Cazares entre os titulares e deixou Nenê no banco de reservas. O camisa 77 entrou no segundo tempo e mudou a partida. O comandante explicou a decisão e isentou o equatoriano de críticas pela atuação discreta.

– Acreditei que precisávamos ter um pouco mais do jogo de posse, um meia mais articulador do que o Nenê, que também articula, mas joga mais em profundidade. O que não aconteceu no primeiro tempo. Nos momentos que o Cazares chegava perto da bola, a gente levava a bola para longe dele, não acionava devidamente para que ele pudesse articular. As poucas vezes que ele tocou na bola, ele conseguiu dar prosseguimento ao jogo, principalmente nas inversões de corredor – disse.

– O Nenê é sempre uma opção. Quando você entra depois que o jogo já está quente, você perde ritmo. Isso é a parte ruim do processo. Mas você com o tanque cheio e os jogadores já com a energia reduzida, pode dar vantagem para um jogador com as características dele. Tudo é possível. Ele entrou bem nas duas vezes que saiu do banco. Agora depende muito do que a gente espera para a partida. Hoje ele foi muito bem – completou o treinador.

Confira outros trechos da coletiva:

Críticas dos torcedores

– Eu não tenho mídia social, não olho o que escrevem a respeito de mim e do time. É uma forma da gente se blindar, mas evidentemente que a atmosfera e o ambiente pesado ficam perto de você. É tentar lidar com naturalidade, mas entendo esse movimento da internet. O problema acontece quando cada um quer entrar no ambiente do outro, quando eu quero pautar o que vocês vão perguntar ou falar que a pergunta é ruim ou boa, quando o torcedor quer fazer jornalismo ou futebol pelas redes sociais, ou a imprensa quer fazer futebol muitas vezes se manifestando como torcedores. Eu não me movo pelas críticas, preciso ter autonomia pra tomar minhas decisões. Eu respeito as opiniões, mas não abro mão das minhas convicções. Não vejo também quando sou elogiado, porque seria injusto.

Substituições

– Eu me movimento com o que está acontecendo no jogo. A intenção de muitas vezes você não trocar no intervalo quando o placar está zerado, é você acreditar que com a conversa vai voltar diferente. A partir do momento que isso não acontece, vamos para as substituições. Nunca pensando na estrutura. A estrutura se altera e pode ser alterara com a mexida de características das posições, o que aconteceu hoje. Ao colocar o Lucca na frente, que é um jogador de velocidade, fiquei com a mesma estrutura, mas mudei a característica. A gente não pode ficar muito preso ao desenho que está dentro de campo sem pensar na característica dos jogadores. Eu posso alterá-la de várias formas, inclusive mudando a característica, que foi o que eu fiz hoje. Não tem muita mágica no futebol, pedem alternâncias, mas como o treinador vai ter alternâncias de estrutura dentro de um cenário que você tem um jogo a cada três dias. Hoje o treinador de futebol vai se basear naqueles que escalam e trocam bem, porque não há tempo para mexer em estrutura, que aí sim você corre o risco de desestabilizar o mecanismo que vinha dando certo.

Ausência de centroavante no banco

– O John Kennedy não vem sendo relacionado pelo fato de não estar à minha disposição ainda. O João Neto eu coloquei um pouquinho no outro jogo, ainda falta muita estrada para ele, e hoje era um jogo decisivo, clássico. Preciso também entender que há um processo a ser cumprido. Eu levei para aquele jogo para colocar um pouquinho em campo, mesmo diante daquela adversidade, para ver como o jogador se comporta. Esse processo é gradativo, assim como foi com o Luiz (Henrique). Hoje a gente já viu um Luiz diferente, já renovado, indo para cima, dentro da sua características. Isso faz parte das minhas atribuições.

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