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Rose Namajunas usa política como motivação para luta contra Weili Zhang

Rose Namajunas
Foto: Jason Silva/Imago Images

Política e esporte sempre foi uma relação conflituosa de parte a parte, com diversas visões sobre o envolvimento de um em outro. Rose Namajunas, lutadora do UFC, decidiu colocar tal discussão num nível bastante diferente em sua luta contra Weili Zhang.

                 

A americana enfrentará a chinesa no próximo dia 24 pelo cinturão dos palhas do UFC. E um dos fatores motivacionais que ‘Thug Rose’ encontrou para se preparar para o duelo é justamente a política. Na verdade, a história de sua família, originária da Lituânia.

Em entrevista à LRT, Namajunas contou de como a história de sua família e do país de onde vieram, que foi dominado durante anos pelo regime comunista da antiga União Soviética se relaciona com a luta contra Zhang, que vem de um país ainda sob domínio comunista, algo que o país de origem de seus familiares lutou para sair durante a Guerra Fria.

— Não odeio a Weili ou coisa parecida, mas sinto que há algo a mais que me motiva para esta luta e o que ela representa. Eu estava lembrando das minhas origens e de tudo que eu e minha família passamos para chegar até aqui. Me lembro de falar com meu colega de time, o Chico Camus, sobre o que os lituanos sofreram durante todo aquele tempo. Quando assistimos ‘The Other Dream Team’ (filme sobre a medalha de bronze do basquete masculino da Lituânia nos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992), entendemos o sentimento sobre o porquê lutamos. E, depois de assistir a isso, me lembra à mente ‘melhor morrer do que ser vermelha’ – disse Namajunas, se referindo a cor vermelha relacionada aos partidos de viés comunista.

— Não acho que é coincidência que ela também esteja no corner vermelho (destinado aos campeões no octógono do UFC). É aquilo que ela representa. Não tenho nada contra ela, mas isso me motiva sobre o porquê luto. Eu luto pela liberdade e eu tenho essa consciência cristã. Tenho sangue lituano e vivo o sonho americano e tudo isso é o que me leva para a luta – completou.

Apesar de Weili Zhang jamais ter feito comentários políticos de apoio ou protesto ao regime de seu país, o panorama histórico pode indiretamente até ajudar a promover a luta entre ambas no primeiro evento aberto.

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