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O Atlético-MG se tornou uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) em 2023, sob o comando central da família Menin. Desde então, o grupo responsável pela administração do clube, que inclui nomes como Ricardo Guimarães, Renato Salvador e outros, não conseguiu organizar as finanças de maneira muito efetiva. A dívida do Galo segue na casa dos 2 bilhões de reais e o futebol em si, que agrupa a categoria masculina, feminina e base, acumula fracassos dentro de campo.
A situação ganhou contornos ainda mais delicados após o empresário Márcio Cadar afirmar, nas redes sociais, que ofereceu um aporte financeiro ao clube e foi ignorado pelos controladores da SAF. A declaração contrasta com o posicionamento de Rafael Menin, que, cerca de 30 dias antes, defendeu publicamente a entrada de um investidor para reforçar o modelo de negócios do Atlético.
É aí que entra o egoísmo dos donos. Um novo investidor, além de significar ajuda financeira, significaria também um novo membro responsável direto por tomar decisões dentro do clube. É evidente que a SAF no Atlético é um fracasso completo, já que foi observada pouca ou nenhuma melhora significativa na estrutura do Galo. Mesmo assim, Rubens Menin e sua trupe não largam o osso ou deixam o ego de lado nem quando alguém tenta os ajudar.
Recentemente, o Galo atrasou o pagamento salários dos próprios jogadores que atuam pelo clube. Este é mais um entre os diversos vexames financeiros que a SAF vem aprontando. Se os donos não pagam nem os próprios funcionários, como querem se tornar confiáveis o suficiente para convencer algum apoiador a entrar no modelo de investimento?
A entrevista coletiva de Rafael Menin, por exemplo, foi concedida em um tom extremamente arrogante por parte do acionista. A postura de bater de frente com jornalistas que apenas cumpriam o papel profissional, como Guilherme Frossard, dá o tom de como a SAF é administrada. A soberba soa ainda mais deslocada diante do cenário caótico que o clube atravessa. Para falar, é preciso fazer — e a SAF claramente não está entregando o necessário.
A SAF precisa se ajustar com urgência. Recusar ajuda é seguir um caminho para o fracasso, e é justamente isso que os donos estão construindo. Está na hora de dar o braço a torcer e admitir que o atual momento não está de acordo com o planejado. Ainda há tempo de recalcular rota e fazer o Galo ser um clube forte em todas as frentes, dentro e fora de campo.
