São Paulo

Com veto europeu, São Paulo pode ter novos convocados para as Eliminatórias

Miranda, atualmente no São Paulo, pode voltar a receber convocação para a seleção brasileira
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O boicote das ligas europeias pode impactar diretamente o São Paulo e outras equipes sul-americanas. Com o polêmico veto dos jogadores que atuam na Europa, as seleções da América do Sul podem ter que convocar atletas do próprio continente para as Eliminatórias para a Copa do Mundo.

Durante a última semana, algumas ligas europeias anunciaram a não liberação de seus atletas para a disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. No Reino Unido e na Itália, o veto às seleções se dá por conta das estratégias dos governos locais para evitar o contágio pelo coronavírus. Enquanto isso, na Espanha, a ampliação das rodadas na data FIFA é o motivo da proibição.

Com a imposição dos países europeus, a seleção brasileira perderia ao menos 20 dos 25 jogadores convocados para as eliminatórias em setembro, nos jogos contra Chile (02), Argentina (05) e Peru (09).

Outras ligas, como as da França, Rússia e Portugal não se manifestaram, mas em caso de proibição, Tite poderia contar apenas com os atletas que atuam no Campeonato Brasileiro: Weverton, Guilherme Arana, Dani Alves, Everton Ribeiro e Gabigol.

NOVOS CONVOCADOS?

Caso o veto europeu se concretize, as seleções sul-americanas terão que achar soluções no próprio continente para a disputa das Eliminatórias. No São Paulo, alguns nomes podem aparecer na nova lista de convocados.

MIRANDA

Miranda vestiu a camisa da seleção brasileira pela última vez em 2019. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

No Tricolor Paulista, além do já convocado Daniel Alves, outro nome que pode aparecer na lista de Tite é o do zagueiro Miranda. Vivendo bom momento, o defensor já disputou 27 partidas desde o retorno ao São Paulo, perdeu apenas cinco e saiu de outras doze sem levar gol.

No empate em 2 a 2 contra o Fortaleza, o preparador físico da seleção brasileira, Fábio Mahseredjian, estava presente no Morumbi para acompanhar Daniel Alves e pode ter observado, também, Miranda.

O zagueiro tem na bagagem 58 jogos pela Seleção Brasileira e a disputa da Copa do Mundo de 2018. A última convocação do atleta aconteceu há dois anos, pouco antes de se transferir para o futebol chinês.

O retorno de Miranda à seleção pode acontecer já que todos os zagueiros convocados (Éder Militão, Lucas Veríssimo, Marquinhos e Thiago Silva) não seriam autorizados a defender o Brasil.

RIGONI

Rigoni foi convocado apenas uma vez para a seleção argentina, em 2017. Foto: Divulgação/AFA

Em grande fase, o argentino Emiliano Rigoni é outro que pode reforçar a seleção de seu país em razão do veto europeu. Ao contrário de Miranda, o atacante soma menos participações pela ‘seleção hermana’, no entanto, a boa fase pode favorecer a presença do atleta na lista do técnico Lionel Scaloni.

Com a camisa do São Paulo, Rigoni soma nove gols e cinco assistências em 20 partidas disputadas, média de quase um gol produzido por jogo. Além disso, tornou-se o vice-artilheiro do Tricolor na temporada, atrás somente de Pablo (13).

Assim como a seleção brasileira, a Argentina também sofreria com muitas baixas em virtude do bloqueio europeu. Apenas dois dos 30 atletas convocados não atuam no velho continente: Julián Álvarez e Franco Armani, ambos do River Plate.

Assim, Rigoni surgiria como uma ótima opção a curto prazo para o técnico Scaloni. O problema é que o atleta tem apenas uma convocação para a seleção do seu país, há quatro anos, quando atuou em duas partidas, uma das Eliminatórias para a Copa de 2018 e outro amistoso.

Após os dois gols marcados diante do Fortaleza, o camisa 77 do Tricolor revelou ainda sonhar em vestir a camisa da seleção de seu país:

“Eu jamais vou deixar de sonhar em voltar para a seleção argentina”

Emiliano Rigoni, meia-atacante do São Paulo.

Há menos de uma semana para a disputa das partidas das Eliminatórias, as seleções participantes deverão ter uma resolução nos próximos dias sobre a situação dos atletas que atuam na Europa. O astro do Liverpool, Mohamed Salah, vive situação semelhante e não poderá defender o seu país, o Egito.

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