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Sem conciliação, Cruzeiro e Mano se encontram na Justiça em discussão milionária sobre dívida

Mano Menezes acionou o Cruzeiro na justiça em função de valores não recebidos Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

POR JÉSSICA MAYARA E MATHEUS RIBEIRO

O Cruzeiro e o ex-técnico do clube, Mano Menezes, se encontraram, nesta terça-feira (28), por meio do Sistema Nacional de Videoconferência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para acordarem, sob a direção da juíza Solainy Beltrao dos Santos, a respeito da Ação Trabalhista – Rito Ordinário número 0010315-28.2020.5.03.0180.

O Esporte News Mundo teve acesso aos autos do processo, corrido na 42° Vara do Trabalho de Belo Horizonte, nesta terça-feira, e de acordo com o documento, a conciliação foi rejeitada pelas partes envolvidas. Dessa forma, uma sentença será proferida pela juíza dentro do prazo legal estabelecido e, para isso, Luiz Antonio Venker Menezes, o conhecido Mano Menezes, e o Cruzeiro Esporte Clube serão intimados novamente.

A primeira instância, o depoimento pessoal de Mano Menezes, reclamante da ação, foi o de que um acordo verbal, para extinção contratual, havia sido firmado na presença do diretor executivo do clube na época, Marcelo Djan e, também, do ex-diretor de futebol Marcone Barbosa.

— O referido acordo abria mão da indenização do FGTS e reciprocamente das multas pela iniciativa da extinção contratual; o termo de resilição foi apresentado ao depoente pelo preposto e a única coisa que o depoente pode discutir foi o parcelamento; concordou com as cláusulas constantes na resilição por confiar na relação de três anos mantida com clube e cerca de 30 dias após a resilição com o reclamado, o depoente se recolocou no mercado de trabalho —, informa o documento.

Contra-argumentando, o reclamado Cruzeiro, representado por Benecy Queiroz, afirmou que a rescisão contratual foi encaminhada à Mano Menezes, que estava em São Paulo, e este, concordou e devolveu o termo. Ainda, de acordo com a defesa do clube, o ex-técnico da Raposa, poderia não concordar com os termos e modificá-los.

— A intenção era adimplir o que foi pactuado com o reclamante, mas devido a problemas financeiros supervenientes não foi possível cumprir o pactuado; não tinha ideia de que não poderia cumprir a primeira parte do acordo, pois quando foi firmado com o reclamante, acreditava que seria possível o pagamento —, disse a defesa do clube, em alegação feita nos autos do processo.

A dívida

Em informação divulgada pelo site Uol, o ex-treinador do Cruzeiro acionou à justiça, em maio deste ano, para cobrar, do clube, valores referentes à rescisão contratual. Ao todo, Mano pede R$ 5,3 milhões no processo trabalhista.

Ao deixar o clube, ficou acordado que Mano Menezes receberia R$ 1,9 milhão pela sua demissão. Como não recebeu o montante, o treinador preferiu acionar à justiça.

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