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‘Sempre Vasco’ pede renúncia de Jorge Salgado e nota causa divergência interna no grupo

Brant e Salgado se reúnem por soluções financeiras para o Vasco
Foto: Reprodução/Twitter

Em meio a crise no futebol do Vasco, com a praticamente certa permanência na Série B para a próxima temporada, a política do clube volta a ferver. Na última sexta-feira, Sempre Vasco, grupo político com 30 cadeiras no Conselho Deliberativo cruz-maltino, emitiu uma nota em que pede a renúncia do presidente Jorge Salgado e a demissão do diretor de futebol Alexandre Pássaro.

Na nota, o grupo diz que disputar a Série B por dois anos seguidos seria o “maior desastre da história” do clube, além de acusar a atual gestão do clube de “estelionato eleitoral”, por supostas promessas não cumpridas.

Mas a dura nota da Sempre Vasco não foi bem aceita nem mesmo entre todos os membros do grupo. O Esporte News Mundo apurou que antes mesmo da publicação da mesma, alguns integrantes da Sempre Vasco discordaram do teor do comunicado e do momento para a publicação. Alguns defendiam que a nota só deveria ser divulgada se e quando fosse confirmada, de forma matemática, a permanência do clube na Série B. Outros, no entanto, eram à favor da publicação antes mesmo da partida contra o Guarani, na última quinta-feira. O texto, inclusive, já estaria pronto há alguns dias.

Além do mau momento do time na Série B, o estopim para a decisão da publicação da nota foi a coletiva de imprensa concedida pelo presidente Jorge Salgado nesta semana. Após as falas do presidente, Julio Brant, membro da Sempre Vasco e que concorreu a presidência do Vasco em 2020, foi as redes sociais criticar a postura de Salgado, que ele classificou como “derrotista”.

Apesar do teor da nota, a Sempre Vasco reconhece internamente que não há possibilidade de Salgado renunciar ao cargo de presidente do Vasco, mas o grupo deseja reforçar a imagem de oposição a atual gestão do Gigante da Colina.

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Gafe na nota

A nota da Sempre Vasco foi publicada em meio a comoção nacional em torno da morte da cantora Marília Mendonça, num trágico acidente aéreo na última sexta-feira. E uma palavra usada pelo grupo chamou a atenção dos torcedores. Em um primeiro momento, o comunicado chamava Alexandre Pássaro de “co-piloto”. Depois de muitas criticas, o grupo apagou a mensagem e a reescreveu, usando o termo “coadjuvante” para se referir ao diretor de futebol.

Confira a nota na íntegra

Jorge Salgado comanda e Alexandre Pássaro é o coadjuvante do que está para se tornar o maior desastre da história do Vasco: disputar mais uma Série B, em sequência. Uma humilhação para nós, torcedores vascaínos, que tanto torcemos e apoiamos o time.

A entrevista do Presidente Salgado (dia 03/11) mostrou a tônica desta gestão: apatia e atitude perdedora admitindo a derrota sem lutar até a última chance.

O vascaíno foi vítima de um estelionato eleitoral em que as promessas não foram cumpridas por falta de projeto e liderança.

Além dos vários alertas, toda ajuda oferecida por conselheiros e sócios foi desprezada, demonstração clara de que a preocupação com espaço político, a arrogância e a teimosia são mais valiosas do que o Vasco.

Jorge Salgado e Alexandre Pássaro são responsáveis por imensos prejuízos ao clube que vão desde de imagem até financeiros. Todos graves.

Sempre defendemos: quem causa prejuízo ao Vasco deve ser responsabilizado. A renúncia de Jorge Salgado é obrigatória, assim como a imediata demissão de Alexandre Pássaro.

O Vasco é um gigante de Série A pela sua torcida e pela sua história. Jorge Salgado é presidente de Série B.

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