O presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho, concedeu entrevista à TV Galo, canal oficial do clube no YouTube, e teceu duras críticas à recepção que a delegação atleticana teve na Argentina, antes do jogo de ida contra o Boca Juniors, pela Libertadores. Segundo ele, foi uma “decepção total”.
Sérgio detalhou os problemas sofridos por toda a delegação antes de chegar ao hotel em Buenos Aires. Segundo o presidente, toda a comissão passou por outra bateria de exames de Covid-19 e tiveram que esperar o resultado ser liberado de madrugada.
— Foi uma decepção total. Começando pela chegada chegando no aeroporto já era quase meia noite, fizeram com que todos os membros da nossa delegação fossem testados pela Covid-19, sendo que todos nós havíamos sido testados no próprio domingo, no dia da viagem, e estávamos com os testes todos negativos. Ficamos duas horas esperando sair o resultado, de madrugada, muito frio na Argentina, e chegamos no hotel já era próximo de três horas da manhã.
Ainda, se mostrou indignado com a postura da diretoria do Boca Juniors durante a partida na La Bambonera. Sérgio Coelho detalhou que membros da comissão técnica, juntamente com o treinador, fizeram pressão em Cuca com ofensas morais.
— Não fomos recebidos conforme a gente esperava e como é o de costume. Começar pela comissão técnica do Boca, que pressionou insistentemente, durante todo o jogo, o nosso treinador, inclusive com ofensas morais, eles fizeram pressão do início ao fim do jogo, com a participação do treinador do Boca Juniors.
GOL ANULADO
Perguntado a respeito do gol anulado do Boca Juniors, Sérgio Coelho disse que a decisão dos árbitros foi acertada e que não entendeu a reclamação dos argentinos, já que o empurro, em seu ponto de vista, havia sido claro.
— Olha o lance era para ser anulado sim, todos podem comprovar vendo o vídeo. O atacante do Boca empurrou com as duas mãos o nosso defensor, Nathan, é claro para todo mundo que ele foi empurrado, não tem como discutir, isso é fato. Além da decisão do juiz ter sido correta depois que ele viu o VAR, os árbitros do VAR também confirmaram que havia uma falta, não tem dúvidas disso, que inclusive tem gravação da conversa deles. Então não tem o que reclamar. Reclamar porque anularam um gol que tinha que ser anulado? Não tem o que reclamar, no meu ponto de vista.
No entanto, no dia seguinte, afirmou ter acompanhado os noticiários da televisão argentina, onde o lance estava sendo muito criticado com a intenção de pressionar a Conmebol.
— Eu acordei próximo de seis horas da manhã, liguei a televisão até quando saímos do hotel. A mídia só noticiava esse lance, com nítida intenção de pressionar a Conmebol. Nós não vamos aceitar pressão.
No dia seguinte à partida, a Conmebol, em comunicado oficial, decidiu suspender o árbitro de campo e o árbitro do VAR, por tempo indeterminado, de suas competições, por “erro grave” no lance do gol do Boca Juniors.
VAI TER VOLTA
Sérgio Coelho, ainda, pediu a palavra para ressaltar que a delegação do Boca Juniors será recepcionada da mesma maneira que a do Atlético foi na Argentina. E, por fim, fez um pedido público para que a Conmebol escolhesse um árbitro inseto e que a escolha não fosse feita por peso da pressão que está sendo feita.
— Quero dizer duas coisas. A primeira: que eles serão recepcionados da mesma forma que eles nos receberam, exatamente igual. Segundo: acreditamos na Conmebol, acreditamos na isenção da identidade. Pedimos aqui, publicamente, que eles indiquem um árbitro de primeira linha, um árbitro que vem apitar sem ter o peso da pressão que vem sendo feito. Esperamos um árbitro neutro, que venha e faça um trabalho corretamente e honestamente. É o que a gente espera e publicamente pedimos a Conmebol que indique um árbitro desses.
Atlético-MG e Boca Juniors se enfrentam pelo jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, no Mineirão, na próxima terça-feira (20), às 19h15. O primeiro jogo, na Argentina, terminou em 0 a 0.
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