Futebol Internacional

Sete anos sem Alfredo Di Stéfano, lenda do Real Madrid

Di Stefano
Foto: Arquivo/Real Madrid

Há exatos sete anos, o mundo perdia um pouco da sua magia, arte e encanto. Alfredo Di Stéfano, uma das maiores lendas do futebol, ganhador do Bola de Ouro de 57 e 59 e do Super Bola de Ouro de 1989, se despedia da vida terrena aos 88 anos, em Madri, em decorrência de sequelas de uma parada cardíaca.

Inicio de tudo

Nascido na Argentina, em Barracas, Buenos Aires, no dia 4 de julho de 1926, o craque deu seus primeiros passos no River Plate, mas teve passagens por Huracán, Millionarios antes de chegar ao Real Madrid. Pelo River Plate foi campeão argentino em 1945 e 1947. Na Colômbia vestindo a camisa do Millionarios foi tricampeão nacional, conquistando os campeonatos de 1949, 1951 e 1952.

Com atuações irretocáveis, o atacante recebeu propostas do futebol espanhol. A América do Sul ficava pequena para o futebol gigante de Alfredo.

A chegada à Madri

Di Stéfano chegou a Espanha inicialmente para fechar contrato com o Barcelona, tendo inclusive disputado um amistoso com a camisa blaugrana. No entanto, na última hora acabou aceitando uma proposta do Real Madrid. Os “Blancos” não conquistavam um campeonato espanhol há 20 anos e viviam tempos difíceis.

Em seu primeiro ano levou o Real Madrid ao seu terceiro título espanhol de 1953-54 e foi artilheiro absoluto da competição com 29 gols. Iniciava assim uma relação intensa de muito amor, idolatria e glórias.

A geração de ouro

Alfredo Di Stéfano liderou uma das gerações mais vitoriosas da história do futebol mundial. Ao lado do craque búlgaro Ferenc Puskás, guiou o Real Madrid a oito títulos espanhóis consecutivos 53-54, 54-55, 56-57, 57-58, 59-60, 60-61, 61-62, 62-63, 63-64. Além das conquistas nacionais, o Real Madrid encantou toda a Europa vencendo cinco Copa dos Campeões Europeus (antecessora da Champions League) 55-56, 56-57, 57-58, 58-59, 59-60.

O craque argentino com suas madeixas loiras, uma velocidade fora do comum, dotado de uma técnica incrível e um faro de gol apurado, recebeu o apelido da imprensa espanhola de “La Saeta Rubia” (A flecha loira).

Ganhar era a única palavra que existia no dicionário de Di Stéfano, com a camisa dos merengues marcou 308 gols em 396 jogos e conquistou 18 títulos em 11 temporadas. Jogador decisivo em todas as finais da Copa dos Campeões Europeus anotou pelo menos um gol em cada jogo.

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Di Stéfano jogando pelas seleções

Naturalizado espanhol, vestiu a camisa da ‘’La Furia” em 31 oportunidades. Antes disso já havia defendido a seleção argentina e também integrou os selecionáveis da Colômbia. Apenas pela seleção argentina foi campeão, venceu a Copa América de 1947.

A vida após a aposentadoria

Após se retirar dos gramados, Alfredo Di Stéfano virou treinador de futebol e teve passagens por clubes de tradição como Valencia, Boca Juniors, River Plate e o próprio Real Madrid. Como técnico conquistou títulos importantes como o Campeonato Argentino de 1969 pelo Boca Juniors e em 1981 pelo River Plate. Além dessas conquistas, foi campeão espanhol pelo Valencia em 70-71.

O ídolo dos merengues foi presidente honorário do Real Madrid de 2000 a 2014 e da Uefa de 2008 a 2014.

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