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Siston acha derrota do Vasco injusta, elogia estreantes e indica mudanças para sábado: ‘o jogo me deu respostas’

O Vasco estreou no Campeonato Carioca com derrota por 1 a 0 para a Portuguesa, em São Januário. O time, somando titulares e reservas, era 100% formado por crias do clube. Até mesmo o técnico era da equipe sub-20. Diogo Siston, que também foi jogador e revelado pelo Cruz-Maltino, avaliou que a equipe merecia pelo menos o empate, considerando ainda que teve pouco tempo para preparar os seus jogadores.

— Primeiro a gente pegou 4, 5 dias de trabalho efetivo, com alguns jogadores que estavam no profissional. Lucas, Vinícius e Tiago tiveram oportunidade por conta dos treinamentos. Por conta de alguns erros, mudei no intervalo. Quis mudar a referência deixando de ter um camisa 9 para a entrada do Laranjeira, que joga entre as linhas. Tivemos chances, mas não conseguimos concluir. Eu acho que pelo segundo tempo seria mais merecido o empate.

Dos que foram a campo, quatro jogadores estrearam pelos profissionais e receberam elogios do treinador. Siston comparou a situação com a própria estreia para evidenciar a dificuldade atual dos jovens debutantes.

— Matías, Arthur, Laranjeira e João Pedro tiveram uma boa estreia. Quando se estreia pelo Vasco a gente sempre espera vitória. A estreia foi só com jogadores da base. Na minha estreia foi contra o Corinthians, em um Rio-São Paulo e tinha Romário, Jorginho. Claro que dá uma sustentação ainda maior e isso acaba interferindo no jogo. Individualmente, foi positiva. Lucas Santos, Vinícius e Tiago Reis jogaram porque fizeram bons treinamentos durante a semana. Eles evoluíram depois que chegaram cabisbaixo após o rebaixamento. Temos que ter calma e paciência.

A partida foi acompanhada pelo técnico Marcelo Cabo, comandante da equipe profissional. Siston revelou como foi o primeiro contato com o novo treinador, mas lembrou que sábado o comando da equipe ainda é dele.

— O Marcelo Cabo esteve aqui e com toda a qualidade que tem, com certeza tem um diagnóstico. Estou aqui para ajudar com todas as informações e com mais exatidão sobre esses jogadores. O primeiro contato foi bom. Para sábado temos dois fatores. Lamentamos a derrota, mas temos que viver esse momento ruim, mas temos que dar a volta por cima e já começa amanhã no trabalho, com a cabeça no Volta Redonda. O jogo me deu respostas para o próximo jogo.

Outras respostas

Importância dos crias de São Januário

— A (categoria de) base é a base da pirâmide. Eles são muito identificados com o Vasco. Essa geração vem desde 2018 disputando campeonatos e chegando nas fases finais. O Vasco não à toa começa com V de Vitória. Eu fui criado aqui. Eu sinto que hoje nosso time mereceu um resultado melhor. Estamos vivendo um processo de transição, encorpando isso para a promoção ser mais suave. Estamos produzindo jogadores campeões e vitoriosos.

Trabalho psicológico desenvolvido com jogadores da base

— A gente como Vasco estamos vivendo uns anos que eu não passei. Eu vi o Vasco como vitorioso e favorito. Tudo que aconteceu no profissional causa uma pressão ainda maior. Então esses jogadores são sim assistidos na questão psicológica. Então temos que ter cuidado para quando o jogador não for bem, não marcar um xis, dizendo que ele não presta. Eles representam um clube vencedor.

Críticas da torcida para o Lucas Santos

— Desde que ele subiu, eu não trabalho com ele. É um jogador de qualidade técnica, que bate bem na bola e agora eu vejo ele sem muita confiança. Ele evoluiu nos treinos e mereceu essa oportunidade. A torcida é o termômetro do clube e não podemos dizer que a opinião deles não vale. Quando foi campeão da Supercopa, fiquei feliz, mas eu senti o que houve com o clube no domingo. Eu vim para o Vasco com 9 anos por ser Vasco. Então eu entendo a torcida. Ela é impaciente porque ela quer ver o verdadeiro Vasco. Então essa impaciência eu vivi aqui. As pessoas esperavam mais de mim como jogador.

Motivos para a derrota

— Eu acho que a questão física não foi o fator determinante para a perda do jogo. Com a força, ao passar do tempo, indica que terá mais resistência no fim do jogo e na segunda etapa fomos superiores. Fomos um pouco afobados, desorganizados, enquanto a Portuguesa foi mais madura.

MT na lateral-esquerda

— MT em 2019 jogou de lateral-esquerdo com o Marcos Valadares e ele deu uma resposta muito positiva. No ano passado o Ramon usou o MT como lateral em alguns treinos. Por isso ele foi a minha primeira opção. Tínhamos três opções além do MT, como João Pedro e Galarza, que atuou assim no Paraguai. MT joga de segundo volante, camisa 10, falso 9 e também joga como referência. Ele tem um bom entendimento em realizar funções. No primeiro dia de treinamento ele já me convenceu. Ele saiu do jogo porque cansou. Estou absolutamente tranquilo pela escolha do MT para a lateral, mas isso não significa que ele seja um lateral-esquerdo de ofício.

Zagueiros da base para o profissional

— Se o clube entender que a utilização desses zagueiros é a melhor para o clube eu posso te dizer que eu sei que eles possuem qualidade que podem sim dar uma resposta positiva.

Matías Galarza

— Matías é um jogador com muita intensidade. É um jogador de seleção de base paraguaia, com muita personalidade e esse desempenho é um mix de todas essas características. Em off eu comento aqui que ele vai agradar e muito a todos porque quando estiver mal tecnicamente, ele vai dar a vida para cumprir o seu papel em campo. Estou orgulhoso porque ele deu uma boa resposta mesmo com 19 anos.

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