Corinthians

Sylvinho diz que Corinthians fez seu ‘pior primeiro tempo’ e vê Fagner melhor no setor de defesa

Sylvinho tentou explicar derrota do Corinthians diante do Fortaleza. Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians.

Após a derrota do Corinthians diante do Fortaleza por 1 a 0, a terceira da equipe no Campeonato Brasileiro, o treinador Sylvinho concedeu entrevista coletiva na sala de imprensa do Estádio Castelão.

Na avaliação do técnico, o Alvinegro fez uma primeira etapa “abaixo”, porém viu o time conseguir equilibrar as ações do jogo na segunda etapa.

— O time sofreu. Foi o pior primeiro tempo nosso, até em nível de intensidade, abaixo. No segundo tempo acredito que houve um pouco mais de equilíbrio, chegamos mais ao gol do adversário. A gente quer que acerte o gol, mas nem sempre é o que ocorre, a execução dos lances muitas vezes não sai na perfeição, teve dois ou três chutes, cruzamentos por baixo e por cima, alguns passaram na área e não encontraram atletas nossos — explicou.

— Segundo tempo um pouco diferente, potencializou as modificações. Concordo que o primeiro tempo foi abaixo, acredito que é uma situação para corrigir, melhorar. Finalmente vamos ter uma semana de trabalho, a primeira vez desde quando chegamos, em 40 dias. Importante não somente trabalhar, mas que os atletas respirem um pouco mais para seguir em uma maratona de jogos no Campeonato Brasileiro — completou o treinador.

+ Atuações ENM: Fagner faz mais uma boa partida, mas coletivo do Timão vai mal

Sylvinho falou sobre a dificuldade de enfrentar o Fortaleza no Castelão e destacou que o Brasileirão é um campeonato “complicado” de disputar.

— Eu acredito num campeonato duro e complicado como sempre foi. É difícil jogar aqui. Fortaleza é intenso, forte, construído já no ano. No futebol, precisamos entender: há construções, etapas. É um time como outros, se construindo. Não estou feliz, busco mais sempre, buscamos mais. Nós nos exigimos cada vez mais, mas são etapas, não é a todo custo. É com entrega, dedicação, os atletas têm feito, dado intensidade. Campeonato difícil, não é fácil. Resultados que, às vezes, destoam. As distâncias são longas, são jogos ininterruptos, os atletas têm desgaste. Mas, sim, queremos mais. Viemos com um descanso a menos, é do jogo. Pode ser que daqui para frente a gente descanse mais — disse

Siga o Esporte News Mundo no TwitterInstagram e Facebook.

O comandante explicou sobre o posicionamento de Fagner em campo. De acordo com Sylvinho, a presença de Gustavo Mosquito no ataque é um dos motivos para que o lateral fique mais no setor defensivo ao longo das partidas.

— O Gustavo concluímos com ele que a melhor posição era a ponta direita. É um jogador muito agudo que tem dado muito resultado para nós. Entende-se que ele não necessita muitas vezes da passagem do Fagner. Já vimos o Fagner chegar e cruzar. Hoje teve uma ou duas, no jogo contra a Chapecoense mais. Ele tem de construir para o Gustavo, que tem sido uma peça importantíssima. Temos ganho os dois setores. Na parte ofensiva com o Gustavo, que tem sido muito importante, e o Fagner na construção atrás. Não sou eu que estou dizendo, Fagner foi para uma Copa do Mundo em 2018, tem todo potencial de ataque quando puder atacar quando não estiver ali o Gustavo, pode ter um canhoto para entrar e o Fagner fazer ultrapassagem — esclareceu.

— Ele é completo, base defensiva, construção de jogo, último passe. Fagner é um dos melhores laterais brasileiros. Estou muito feliz com as atuações dele. Pode melhorar, ele e o time. Penso no time como um todo, o Gustavo tem nos ajudado muito. Se jogasse pela esquerda talvez abriria corredor, mas o Gustavo se sente muito bem. Eu fazendo isso eu ganho um pouco mais de Fagner e perco um pouco de Gustavo. Não quero perder o Gustavo, quero ganhar os dois — concluiu Sylvinho.

Confira outros pontos abordados pelo treinador durante a coletiva:

Possibilidade de troca do esquema tático para as próximas partidas

— Cada clube tem uma forma de jogar. A gente vê. Temos visto vários jogos, tem 3-5-2, 4-4-2, 4-3-3, são poucos os times que tem variação de sistema. Eu não entendo que há três dias o esquema funcione porque ganhamos da Chapecoense e agora perdendo tenha mudança de sistema. Não sou agarrado ao sistema, quero que potencialize os atletas. Eles têm respondido bem. Não creio em esquema a cada 15 dias, atletas precisam de rotina, de entender como funciona. Creio que seja o jeito mais fácil.

Problemas defensivos

— Houve espaços, sim. O rival aproveitou porque criou situações. A correção é de trabalho, imagens, posicionamento, é dedicação. Sabíamos que seria difícil, rival intenso, arrumado. Queríamos melhor resultado, mas o campeonato é difícil e longo. Temos um próximo jogo e temos que nos preparar para todos. O campeonato é realmente muito difícil.

Falta de poder de fogo no ataque

—  Para potencializar e fazer o time ser mais ofensivo, não necessariamente a resposta está no sistema. Contra a Chapecoense fomos ofensivos, com o mesmo sistema. Temos de pensar não em potencializar um ou dois jogadores, tem de potencializar o time. O Corinthians sofre menos gols, está mais próximo de uma vitória, tem sofrido menos na parte defensiva, acredito que potencializa isso com conceitos, ideias, algumas alterações que podem ser feitas. Temos dois atletas que ocupam o lado externo e interno, hoje conseguimos ter o Felipe. É um atleta jovem, com potencial. Ele pode nos dar uma coisa mais, é um processo de maturação do atleta, é bem jovem. Já está no ritmo e a gente vai usando em algumas partidas.

Na próxima partida, o Corinthians enfrenta o Atlético-MG pela 12ª rodada do Brasileirão no sábado (17), às 19h, na Neo Química Arena. O Timão é o 12º colocado da competição, com 14 pontos.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo