Após a derrota do Corinthians por 1 a 0 para o Juventude pela 38ª e última rodada do Campeonato Brasileiro, o treinador Sylvinho concedeu entrevista coletiva na sala de imprensa do Estádio Alfredo Jaconi.
Antes do comandante falar aos repórteres, o diretor de futebol do clube, Roberto de Andrade fez um pronunciamento, no qual garantiu a permanência de Sylvinho para a próxima temporada e anunciou uma coletiva de imprensa para a próxima terça-feira (14), quando falará sobre o planejamento para 2022 ao lado do gerente de futebol, Alessandro Nunes.
— Estamos informando que na terça-feira da próxima semana faremos uma coletiva com todos os órgãos de imprensa. E também informamos a todos a permanência do treinador Sylvinho para 2022. Continuará conosco. Os outros assuntos do futebol, eu e Alessandro responderemos na terça-feira — declarou o cartola.
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Na sequência, Sylvinho deu início às respostas aos jornalistas. Bancado no cargo, o treinador avaliou de forma positiva o trabalho feito nos sete meses que comandou o Corinthians e projetou como será o 2022 do clube.
— As cobranças são absolutamente normais, mas cumprimos o nosso objetivo. Em nenhum momento caímos para a zona de rebaixamento. Muita gente elogia nosso trabalho, é um momento em que uma camisa poderosa se constrói e entra numa Libertadores de forma direta. Foi um grande trabalho, queremos sempre mais. A pressão vem, é normal, mas estamos preparados para 2022 — garantiu o técnico.
Sylvinho também fez questão de negar os rumores de que pediria demissão do Corinthians ao fim do Campeonato Brasileiro. O treinador lamentou as fake news e ressaltou que nunca pensou em entregar o cargo.
— É triste o que a gente está vivendo, notícias falsas das quais a gente tem que perder tempo. Não há [pedido de demissão], nunca houve, nunca passou pela minha cabeça. Estamos tendo resultados, sendo respaldados, com um ambiente ótimo. É irresponsabilidade de quem cria esse tipo de notícia, é ridículo — rebateu Sylvinho, que fechou o ano com 40 jogos à frente do Timão, com 15 vitórias, 13 empates e 12 derrotas.
Confira outros trechos da coletiva de Sylvinho:
Renato Augusto e Willian no banco, e lesão de Cantillo
— Quis trazer todos. Renato Augusto saiu exausto do último jogo, nem pisou em campo nos treinos. Acreditávamos, mas não teve plena recuperação. Willian voltou a campo no penúltimo dia, mas temos preocupação ainda maior, fez algumas partidas, sofreu lesão. Tinha risco de colocar em campo. Cantillo chegou no limite, treinou três dias, ficou na iminência de ser convocado e optamos por não trazer pelo risco grande, havia completado a fase de transição.
Final de Brasileirão em 5º lugar
— Queríamos ficar em 4º, estivemos lá por umas cinco rodadas. Muita gente diz que nosso resultado é muito bom, antes ninguém disse que poderíamos estar na Libertadores com vaga direta. Foi com suor, trabalho e dedicação. Vocês não querem aceitar, mas os atletas têm falado do trabalho correto, honesto e de muita virtude.
Corinthians teve mais vontade de vencer ou de rebaixar o Grêmio
— Somos profissionais de alto nível, se a performance não foi boa, em outros momentos também não foi. No Ceará perdemos, no Maracanã perdemos, outros cenários não foram bons. A gente não controla o resultado, sim a performance. O jogo não foi bom, tivemos dificuldades para criar. Fizemos um gol, se bem anulado eu não sei, não foi visto no VAR. O pênalti foi visto no VAR. Mas somos íntegros no que fazemos.
Pressão por resultados
— Trabalhar no Corinthians, no Barcelona, Arsenal, Manchester City é cobrança. Com 20 anos eu jogava no Pacaembu com 45 mil pessoas, faz parte do trabalho. Desde jovem estamos acostumados, entendemos cobranças e críticas. Algumas a gente despreza, ela tem que ser bem construída.
