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Sylvinho garante ter apoio da diretoria e lamenta empate no fim: ‘Resultado era nosso’

Sylvinho concedeu entrevista após o jogo. Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians.

Pressionado após mais um jogo sem vitória, o técnico Sylvinho concedeu entrevista coletiva após o empate do Corinthians com o Internacional em 2 a 2 na tarde deste domingo (24) pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Durante a entrevista, o comandante Alvinegro voltou a defender o próprio trabalho, questionado por torcedores, e ressaltou que tem apoio e confiança da diretoria do Corinthians.

— Claro que eu tenho o apoio da diretoria, do presidente. A diretoria acompanha o trabalho todo dia e sabe a demanda de horas, praticamente vivemos no clube. Estou praticamente dez horas por dia, ou mais, lá e defendo o trabalho.

— Joguei futebol por 15 anos em clubes de ponta e estou em comissões técnicas desde 2011. Estive com o melhor treinador da Europa hoje, campeão com a Itália, Roberto Mancini, onde trabalhei por dois anos na Inter de Milão. Trabalhei com o Tite por muito tempo no Corinthians e na Seleção Brasileira. Sabemos exatamente o que nós estamos fazendo — argumentou o treinador.

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Sylvinho também ressaltou que o Corinthians segue na briga pela vaga direta na Libertadores de 2022 e garantiu que as coisas estão acontecendo conforme o esperado em sua avaliação.

— Faz tempo que o time não está na tabela numa posição de briga direta pela vaga de Libertadores faltando dez rodadas. Somos um time que está se construindo, com a chegada de quatro atletas importantes, estamos gerindo, com atletas importantes de base. Estamos num momento importante da competição, defendemos o trabalho, pois sei exatamente o que eu estou fazendo. Não tenho dúvidas absolutas e não sou só eu, toda uma comissão, toda uma diretoria e presidência que é presente no CT. Esse é o trabalho, defendo o trabalho e a condição que o clube está. Nas últimas rodadas, a equipe está brigando em pé de igualdade com equipes como o Inter, que há seis meses estava ali, disputando a final do Brasileiro. Um time forte, um estádio difícil, e estamos brigando pelas vagas diretas da Libertadores e vamos brigar até o final — destacou.

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Por fim, Sylvinho também lamentou o gol sofrido já nos minutos finais do jogo, que garantiu o empate após o Corinthians ter virado o jogo em pouco mais de cinco minutos no segundo tempo.

— O resultado era nosso, com todos os méritos, até o último minuto. Viemos aqui, tomamos um gol e demos a volta no marcador, que é algo muito difícil. Então, não é o pior resultado, mas o melhor era a vitória e trabalhamos para vencer. Acertaram um chute no último minuto e isto você não controla — concluiu o treinador.

Confira outros trechos da coletiva de Sylvinho:

Vitinho titular após três meses:

— O Vitinho jogou pelo lado esquerdo e é um atleta que optamos. É leve, dinâmico, tem bons cruzamentos e uma última bola boa. Na ausência do William, ele nos dava uma composição melhor de meio-campo, dando sustentação a mais em um jogo físico, duro. Ele fez um primeiro tempo muito bom e infelizmente os cruzamentos não chegavam à área. No segundo, ele não começou tão bem e já tínhamos programado a entrada de Gustavo e Gabriel Pereira e isso ocorreu minutos depois. Isso é um conhecimento de grupo, de atletas. Conseguimos o empate e melhoramos muito no jogo, a ponto de fazer o segundo.

Muitos gols sofridos nos jogos recentes:

— Números se interpretam, somos a quarta melhor defesa do campeonato (o time iniciou a rodada assim, mas, com os dois do Inter caiu para o quinto lugar). Óbvio que entramos em campo para não tomar gol e trabalhamos os 11 para defender. Mas existe um adversário do outro lado e não posso combinar com ele nem ele comigo. Vou trabalhar para ser a melhor defesa, tenho a ambição e os atletas também tem. Tenho que falar com todos os atletas para mostrar que sei o que estou fazendo e se precisar ficar 14 horas no clube para isso, eu faço. Gastou meu suor e parte de sangue. Fico ausente de meus filhos e minha mulher pois sei que preciso estar com eles. Eu me preparo para o jogo, para a coletiva e para falar sempre com muito respeito com vocês [da imprensa].

Está faltando raça para o Corinthians?:

— Discordo. Apetite o time tem, ele muda, mas uma coisa é ter um time com atletas mais mecânicos e fortes no meio, como no primeiro turno. Você vai misturando, chegaram jogadores técnicos, mas que disputam. Disputamos todos os palmos de campo. Tomamos um gol no último minuto em um grande chute de fora da área. Não que eles tivessem com domínio e criando chances. Por tudo que entendemos de futebol, era para voltarmos para casa com os três pontos. O time sua e é organizado. Os números se encaixam e quando se interpreta, não se pode tirar do contexto. Se você é a décima quinta defesa do campeonato, não desarma e não defende bem, estou de acordo. Se a minha defesa é a quarta melhor do campeonato, quer dizer que defendemos bem. Defendo os atletas, o suor e o sangue que eles estão dando.

Mudanças táticas:

— O que se gasta a cada dia no clube se reflete aqui. Até descobrir o que faz o Gabriel Pereira, o que o Renato Augusto pode fazer o meio-campo, mas também ser um falso centroavante… É o tempo que os treinadores pedem para ter o conhecimento. Se pode continuar? Isso dá clareza para o futuro, para o futebol, dá entendimento para entender os atletas e eles também te entenderam. Conversamos muito com os atletas para colocá-los nas funções.

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