Técnico brasileiro nos EUA, Léo Santin fala sobre carreira e passagem pelo Barcelona

(Foto: Divulgação)

O jovem técnico brasileiro, Léo Santin, segue fazendo seu nome no mercado internacional de futebol. Com passagens por Francana e Botafogo-SP, o ex-auxiliar técnico agora busca uma nova jornada em sua carreira, dessa vez nos Estados Unidos.

Em entrevista exclusiva ao Esporte News Mundo, Santin detalha também sua experiência de estágio no Barcelona, onde obteve um grande aprendizado e ampliou seus horizontes sobre o esporte.

Trajetória e início de carreira

-Comecei em dezembro de 2014 trabalhando como auxiliar técnico na Francana, depois tive uma rápida passagem pelo Sub-17 do Botafogo de Ribeirão e Comercial. Vim para os EUA trabalhar na Universidade Alabama A&M. Voltei ao Brasil para o Batatais e ano passado estive na Francana. Esse ano recebi um novo convite e voltei para os EUA como diretor técnico e treinador de algumas categorias no United Soccer Club.

Passagem no Barcelona e aprendizados no clube catalão

-Experiencia fantástica que tive a possibilidade de ter através de um companheiro de equipe que tinha jogado comigo o Nil Vinyals, que era filho do treinador do Barcelona B na época, o Jordi Vinyals. Quando eles ficaram sabendo que eu estava trabalhando em comissões técnicas, me convidaram para passar um tempo la, aprendendo sobre a metodologia, os treinamentos e tudo mais. Tive a possibilidade de estar em reuniões, em treinamentos diários no CT, jogos treino e jogos da liga espanhola. O mais importante foi a possibilidade de trocar ideias e discutir conceitos, aprendi muito com isso e hoje definitivamente sou um profissional melhor por isso. Além disso tudo, fui convidado pelo clube para acompanhar a despedida do Xavi de La liga e partidas de outros esportes como Futsal e Basquete, com certeza o clube tem uma parcela muita grande no profissional que sou hoje.

Desejo de trabalhar no Brasil

-Tive algumas passagens pelo futebol brasileiro como auxiliar técnico e é um objetivo de vida voltar como treinador, acredito que isso leve algum tempo devido a situação aqui nos EUA e também planos de ir a Europa, porem costumo brincar que existem convites irrecusáveis e aparecendo algum deste tipo claro que seria uma felicidade voltar para casa.

Estilo de jogo

-Tive a oportunidade de trabalhar com dois treinadores que me ensinaram muito, o Julio Sérgio, que tem um conhecimento incrível de escola italiana, e o Alexandre Ferreira que tem uma característica bem tecnicista e ofensiva, também a experiencia no Barcelona que me ensinou muito. Então pude absorver um pouco destes estilos, e hoje nas equipes que trabalho busco passar aos atletas uma ideia de jogo de um futebol propositivo, de gostar de ter a bola, com jogadores técnicos e sem medo de executar uma ação, ao mesmo tempo que trabalhamos também a situação defensiva de forma bem estruturada e com conceitos bem definidos.

Crescimento do futebol nos Estados Unidos

-Está em um crescimento absurdo. Hoje em dia a nível de popularidade já esta quase como o basquete. Muito investimento em estrutura dos clubes, mas infelizmente isso ainda não se traduz em qualidade dos jogos. Com a copa do mundo chegando, provavelmente haverá ainda mais investimento no esporte para coloca-los em uma situação melhor de disputa. Porem ainda as categorias de base passam por uma transição e infelizmente eles não têm uma definição de estilo de jogo o que atrasa ainda mais a evolução no esporte. O fato também de dividir atenção com outros esportes interfere diretamente no processo formativo dos jogadores fazendo com que cheguem as equipes profissionais com alguns fatores negativos e falta de lastro técnico, tático e físico que talvez não se tenha mais possibilidade de ser corrigidos.

Falta de oportunidades para técnicos brasileiros no futebol europeu

-Um dos fatores é a língua porem não acredito que este seja o predominante. Existe também o fator da licença junto com a UEFA, e também resultados de experiencias anteriores, que em um conjunto acabam influenciando negativamente na hora da preferencia por profissionais brasileiros. Porem o Brasil tem e teve excelentes treinadores que ajudar a revolucionar o jogo e acredito que esta barreira vai ser quebrada.

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