Na noite desta terça-feira, o juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da 36ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, e outros dez pela tragédia no CT Ninho do Urubu, no início de 2019, quando em um incêndio dez jogadores das categorias de base do Rubro-Negro acabaram morrendo. O Esporte News Mundo teve acesso a detalhes do caso.
Viraram réus os seguintes denunciados: Antonio Marcio Mongelli Garotti, Carlos Mamede Noval, Claudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Edson Colman da Silva, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, Fábio Hilário da Silva, Luiz Felipe Almeida Pondé, Marcelo Maia de Sá, Marcus Vinicius Medeiros e Weslley Gimenes. As penas previstas estão nos artigos 250 e 258 do Código Penal, de 1 ano e 4 meses a 4 anos de detenção, com aumento de pena de um sexto até a metade, em razão do concurso formal.
Agora, os acusados serão citados e terão o prazo de dez dias para responderem as acusações no andamento do processo criminal na Justiça do Rio. A reportagem do ENM tentou contato com os envolvidos, mas não obteve retorno dos mesmos até o momento do fechamento desta reportagem.
A apuração na Justiça é pelo crime de incêndio culposo qualificado pelos resultados morte e lesão grave. No dia 8 de fevereiro de 2019, o incêndio provocou a morte de dez adolescentes e graves lesões em outros três. Em menos de um mês, a considerada maior tragédia da história do Flamengo vai completar dois anos, e uma das maiores críticas de torcedores e envolvidos era justamente a demora do processo criminal ser movido judicialmente.
Na última sexta-feira, o ENM destrinchou toda a petição inicial da denúncia do MP do Rio contra os 11 acusados. Ao longo de mais de 60 páginas, o órgão mostrou ao juízo os argumentos sobre cada envolvido, para qual a denúncia fosse aceita. Imagens da tragédia também foram utilizadas – clique aqui para ler a reportagem na íntegra.
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