Futebol americano

Treinador do Los Angeles Chargers, Anthony Lynn se pronuncia sobre o racismo e protestos nos EUA

Créditos; Mike Novak/Los Angeles Chargers

O técnico do Los Angeles Chargers, Anthony Lynn falou nesta terça-feira (2), sobre os protestos nos Estados Unidos. Em entrevista ao jornalista LZ Granderson, do Los Angeles Times, o treinador também comentou sobre o caso do ex-jogador do San Francisco 49ers, Colin Kaepernick que, em 2016, já protestava contra a brutalidade policial e o racismo.

                 

Lynn, um dos três treinadores negros da NFL, que tem 32 times, sentiu a necessidade de se posicionar sobre o assunto. Durante a entrevista, o técnico disse que os protestos são resultado de décadas de impunidade.

– Nós temos tantos vídeos de homens negros desarmados morrendo na última década e não há uma prestação de conta, não há consequência, é apenas ok. Eu não espero mais isso neste momento atual. O que estávamos fazendo obviamente não está funcionando e por isto precisamos fazer algo diferente. Se precisar ser radical, será radical. E eu quero fazer parte disto.

O treinador dos Chargers também falou sobre Colin Kaepernick. O ex-quarterback do San Francisco 49ers foi muito criticado ao se ajoelhar durante a execução do hino nacional, em todos os jogos da temporada de 2016 da NFL, como forma de protesto contra a brutalidade policial e o racismo.

– As pessoas não entenderam Colin e o que ele estava tentando fazer. As pessoas falavam em desrespeitar a bandeira. Mas Colin estava se manifestando contra a injustiça e contra o racismo e muitas pessoas não entenderam isso porque estava acontecendo durante o hino nacional. Eles acharam que era desrespeitoso com a bandeira. Fiquei surpreso com o número de pessoas que não sabiam por que ele estava protestando. Eu recebi cartas de pessoas. E eu tive que explicar a eles que Colin estava se ajoelhando pela justiça criminal [reforma] e pelo fim da brutalidade policial.

Para Lynn, foi muito difícil ver que nenhum time queria contratar Kaepernick após os protestos.

– Para mim, um treinador afro-americano, foi muito difícil. Eu não gostei. Quando você olha para 32 quarterbacks da NFL, você percebe que Colin poderia ter sido um dos 32 ou, pelo menos, ele poderia ter sido um reserva de qualidade.

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