Futebol Internacional

Presidente da UEFA esboça preocupação com relação à proposta da FIFA de Mundial a cada dois anos

Presidente da UEFA esboça preocupação com relação à proposta da FIFA de Mundial a cada dois anos
Niall Carson via Imago Images

O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, demostrou sérias preocupações com relação à proposta bienal da FIFA para as próximas Copas do Mundo. De acordo com Associated Press (AP), o dirigente da entidade que rege o futebol europeu afirmou estar surpreso com a falta de diálogo do órgão presidido por Gianni Infantino.

– A UEFA e as suas federações nacionais também têm sérias reservas e sérias preocupações em relação aos planos da FIFA -, escreveu Čeferin em resposta a uma carta do diretor executivo do Football Supporters Europe (FSE), Ronan Evain, apresentada à AP.

– Considerando o grande impacto que esta reforma pode ter em toda a organização do futebol, está subentendido que a FIFA está prestes a lançar uma campanha de relações públicas para promover a sua proposta. No entanto, tal proposta não foi apresentada a confederações, associações nacionais, ligas, clubes, jogadores, treinadores, clubes e toda a comunidade do futebol, – completou o Presidente da UEFA.

Além disso, Ceferin também reiterou o seu apoio à FSE e assegurou que a UEFA está do lado da associação para “defender os interesses do futebol”.

Nesta sexta-feira (3), o chefe de desenvolvimento global do futebol da FIFA, Arsène Wenger, declarou em entrevista ao jornal francês L’Equipe que o calendário do futebol internacional pode vir a sofrer alterações após o Mundial de 2024, e não descartou a hipótese de reformular a periodicidade dos torneios nos próximos anos, a começar pelas eliminatórias.

Em conversas anteriores a Čeferin, Ronan Evain já havia argumentado que as propostas da Fifa sobre a realização do Mundial a cada dois anos podem gerar um “impacto adverso no equilíbrio entre as competições locais, nacionais, continentais e internacionais”.

– Isso provavelmente prejudicará torneios como a Copa da Ásia, a Copa das Nações da África, a Copa América, o Campeonato Europeu de Futebol, a Copa Ouro e a Copa das Nações, que têm tanta importância para os torcedores que vão aos jogos quanto a própria Copa do Mundo – continuou Evain.

– Não há dúvida de que o futebol precisa desesperadamente de uma reforma. Do jeito que as coisas estão, o jogo é desigual, caro de assistir e, para os milhões que não têm acesso a instalações de base adequadas, é difícil de jogar. Mas dobrar o número de Copas do Mundo não resolverá nenhum desses problemas. Na verdade, isso inevitavelmente o tornará pior – finalizou.

A primeira vez que FIFA apresentou a ideia de Copas do Mundo de forma bienal foi em maio, deste ano, no 71º Congresso da entidade que rege que futebol ao redor do mundo, e tem , o ex-técnico do Arsenal, Arsène Wenger, como um dos principais apoiadores.

A Copa do Mundo é disputada atualmente a cada quatro anos, com o próximo evento no Catar em 2022.

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