Red Bull Bragantino

Vai começar o Brasileirão: relembre a melhor campanha do Massa Bruta na elite

1990-1991: os anos de ouro do Bragantino. Foto: divulgação

Neste domingo (9), diante do Santos, o Red Bull Bragantino faz sua estreia no Campeonato Brasileiro da Série A após 22 anos. Embora tenha figurado em divisões inferiores durante todos esses anos, o Massa Bruta realizou grandes campanhas no início da década de 90, quando viveu seu auge. O vice-campeonato de 1991 certamente foi o mais marcante.

                 

Sob o comando técnico de Carlos Alberto Parreira – futuro tetracampeão mundial – o Bragantino surpreendeu o país em sua segunda participação na elite. A equipe terminou a primeira fase dividindo a liderança em número de pontos com o São Paulo de Telê Santana e eliminou o Fluminense na semifinal, após vencer em pleno Maracanã com mais de 70 mil pessoas e empatar o jogo da volta em casa.

O PRIMEIRO JOGO DA DECISÃO

A glória maior escapou por um triz. No primeiro jogo da decisão, realizado no estádio do Morumbi, bastava ao Bragantino uma vitória para sair campeão. Entretanto, do outro lado, o Tricolor paulista carregava o peso de ter sido derrotado nas duas decisões anteriores e queria acabar de vez com a sequência de vices.

A equipe da capital fez valer o fator casa e venceu pelo placar mínimo. O tento da partida foi anotado por Mário Tilico, logo no início do segundo tempo, o que, além de forçar o segundo jogo no interior, garantiu ao São Paulo a vantagem de jogar pelo empate.

EMPATE AMARGO

No jogo da volta, o time comandado por Telê, ciente da força da torcida do Massa Bruta no Marcelo Stefani, adotou uma postura defensiva. Assim como nos 90 minutos da partida de ida, o esquadrão de Parreira foi incapaz de furar a retranca adversária e o empate sem gols persistiu.

Ainda que o clube tenha ficado com o vice, os números da campanha foram excepcionais. O Bragantino sofreu apenas 3 derrotas na competição e teve o melhor ataque – com 29 gols – ao lado de Atlético Mineiro e Fluminense.

O INTRUSO NO G-20

O Campeonato Brasileiro de 1991 aconteceu no primeiro semestre – de 2 de fevereiro a 9 de junho – e contou com 20 equipes. O Bragantino era o único participante do interior do país. Ademais, em 2020 o cenário se repete: tirando o Santos, clube do litoral, todos os outros 18 participantes são sediados em capitais estaduais.

OS PERSONAGENS DA FAÇANHA

Em 1991, o Bragantino foi o time com mais jogadores na Bola de Prata da Revista Placar – goleiro Marcelo, lateral-direito Gil Baiano, volante Mauro Silva e atacante Mazinho. Além disso, Mauro recebeu a Bola de Ouro como melhor jogador do campeonato. Confira um pouco da trajetória dos protagonistas do Leão.

Marcelo – o goleiro, revelado pelo Taubaté, já tinha sido campeão brasileiro da Série B de 1989 e campeão paulista de 1990 pelo Braga. Pendurou as luvas em 2002 e iniciou a caminhada como técnico, “ganhando” o sobrenome Martelotte. Fora das quatro linhas, foi auxiliar de Dorival Júnior no Santos, além de ter dirigido Santa Cruz, Náutico, Atlético Goianiense, Paraná e Taubaté.

Gil Baiano – cria da base do Guarani, o lateral foi Bola de Prata em 1990 e repetiu a dose na campanha do vice. Também vestiu as camisas de Palmeiras, Vitória, Paraná, Sporting (Portugal) e Seleção Brasileira. O último clube de sua carreira foi o Ceilândia – DF, onde atuou em 2007.

Mauro Silva – assim como Gil, o volante também foi revelado pelo Guarani. Com a camisa carijó, o jogador foi soberano no meio-campo, conquistou prêmios individuais e tornou-se titular da seleção brasileira, vindo a ser campeão da Copa do Mundo de 1994. No exterior, Mauro vestiu a camisa do Deportivo La Coruña por 13 anos, onde encerrou a carreira em 2005 como ídolo do clube. Atualmente ocupa um cargo de direção na Federação Paulista de Futebol.

Mazinho – revelado pelo Santos, passou por São Bento e Athletico Paranaense antes de chegar a Bragança Paulista. O atacante, conhecido por seu faro de gol, disputou a Copa América de 91 pela Seleção Brasileira como jogador do Bragantino. Jogou ainda no Internacional, no Bayern de Munique e no futebol japonês. Voltou ao Massa Bruta em 2001 para se despedir dos gramados.

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