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Vasco tem recuperação judicial aceita pela Justiça; entenda o impacto da decisão

O deferimento do pedido impede que credores tomem medidas restritivas contra o clube enquanto o plano de pagamento é elaborado

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Foto: Dikran Sahagian/Vasco.
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A Justiça do Rio de Janeiro aceitou, nesta terça-feira, o pedido de recuperação judicial feito pelo Vasco. Com a decisão da juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca, da 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, o clube terá 60 dias para apresentar um plano de pagamento aos credores e, nesse período, ficará protegido de cobranças, execuções e penhoras. O clube confirmou a decisão em suas redes sociais e prometeu divulgar mais detalhes em breve.

O Vasco enfrenta uma dívida estimada em R$ 1,4 bilhão e alegou que sua situação financeira é insustentável. A Justiça reconheceu que a gestão da 777 Partners à frente da SAF foi temerária e contribuiu para o agravamento do cenário. Segundo um relatório interno citado na decisão, a empresa fez 35 contratações, mas pagou apenas 18% dos valores devidos, mesmo após um aporte de R$ 310 milhões.

O mecanismo de recuperação judicial tem sido utilizado por clubes de futebol nos últimos anos, com Cruzeiro e Coritiba como exemplos de casos bem-sucedidos. Ambos contaram com a assessoria da Alvarez & Marsal, mesma empresa que agora auxilia o Vasco no processo. A diferença, porém, é que, além da associação civil, o Vasco também precisará submeter sua SAF à recuperação judicial, já que a maior parte das dívidas foi transferida para a empresa criada na venda do futebol em 2022.

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O deferimento do pedido impede que credores tomem medidas restritivas contra o clube enquanto o plano de pagamento é elaborado. Isso dá ao Vasco um fôlego financeiro para tentar reorganizar sua estrutura sem o risco de bloqueios judiciais imediatos. O objetivo é buscar acordos e reequilibrar as finanças, garantindo a continuidade das atividades.

Agora, o clube precisa detalhar como pretende quitar suas dívidas e apresentar a proposta dentro do prazo estabelecido. O caso deve seguir sob acompanhamento judicial, e o desempenho da SAF será um fator determinante para a recuperação financeira.

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